Como a gente vive num mundo absurdo, fico muito intrigada com os casos de excomunhão da semana passada!
Dois médicos e a mãe de uma menina pernambucana estuprada pelo padrastro, pelo aborto dos gêmeos que a menina esperava, com 9 anos, sendo franzina e desnutrida e a gravidez de risco. Leia aqui tudo a respeito.
Dei um Google na palavra excomunhão, que já me aterrorizou nos idos anos da infância, quando fazia Catecismo e achava que ia sufocar até morrer se fizesse algo errado na primeira comunhão, como mastigar a hóstia ou algo assim...
Excomunhão é a punição máxima para o integrante oficial da Igreja, que implica excluí-lo de receber os Sacramentos, e o nível máximo prevê até mesmo não receber os Sacramentos fúnebres, sendo o ex fiel considerado amaldiçoado.
O aborto é um dos casos descritos no Código de Direito Canônico de 1983, em que são listadas as faltas gravíssimas passíveis de punição com a excomunhão.
Com todo o meu respeito pela fé Católica, e com minha paixão por igrejas levada ao ponto de colecionar fotos de igrejas por onde passo, e não sossegar enquanto não entro dentro delas para conhecer os altares e as obras de arte, penso que assassinos, estupradores, terroristas, corruptos, que roubam vidas tão preciosas quanto o par de gêmeos infelizes que não veio ao mundo, esses não são passíveis de excomunhão. Esses podem comungar, sentar-se ao lado dos inocentes que agridem numa igreja e prestar sua devoção, podem casar-se e serem enterrados em solo sagrado.
Toda a sabedoria divina têm que estar muito misericordiosa e muito paciente para tolerar toda a burrice humana, mesmo daqueles escolhidos por representantes Dele. E também pela necessidade que certo membro da Igreja teve de colher seus quinze minutos de fama, à custa de homens que empregam sua profissão em salvar vidas.
Lamentável, mas perdoável. Jesus nos ensinou, entre outras coisas, a não julgar nossos semelhantes.
Um comentário:
Nanda, como eu disse lá no "Buteco" em comentário ao post da Rafa sobre o mesmo assunto, a muito tempo questiono valores da igreja católica. Não frequento mais,prefiro crer em Deus da minha maneira, no meu coração, não confio em "intermediários" da igreja, não acredito que precise deles, pecadores como eu, para fazer com que Deus conheça minha fé. E a cada dia ouvimos mais e mais barbaridades como essa. Sei que não devo julgar. Mas isso está além das minhas forças. Isso me revolta. E creio que se Deus estivesse aqui, entre nós, isso seria diferente.
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