sábado, 30 de maio de 2009

Eternal sunshine...para uma mente articulada!


Um amigo meu que concorre heroicamente para uma vaga do mestrado da UEMG, Mestrado em Design (o máximo, né?), vem me dizendo sobre a importância de ser "articulada" no meio acadêmico.


"Articulada", segundo sua definição é "alguém que escreve artigos". rsrsrs


Então, como a revista da UEMG está recebendo artigos para publicar, pensei em escrever algo, e até resolvi ler uns artigos da Adélia Borges, da Gazeta Mercantil, para me inspirar, por que acho que ninguém escreve sobre design de uma forma tão jornalística como ela, clara, objetiva e inteligível por qualquer leitor. Eu descobri que gostaria de ter escrito aqueles artigos da Adélia Borges...


Quando eu estava nos primeiros períodos da faculdade, fui assistir a uma palestra da Adélia, ao fim da qual ela respondeu a perguntas dos alunos... Lembro de ter levantado o braço e perguntado, e ela disse: "essa é uma boa pergunta por que..." e falou longos minutos sobre minha dúvida... Qual era não importa, o que importa é que naquela época eu tinha lampejos de criatividade e sabia tocar em questões realmente relevantes... Hoje sentei para pensar em algo para o tal artigo, pois também sinto necessidade de ser articulada, e não saiu nada, exceto esse desabafo para o blog...


Então eis que surge a questão da criatividade. Fui ao salão onde passei horas fazendo luzes e quando já estava para ficar louca, achei numa revista Superinteressante no meio de todas aquelas Caras, uma reportagem sobre a criatividade! Fiquei fascinada ao ler que a criatividade não é um espírito santo baixando na pessoa, mas sim o resultado de uma malhação cerebral, de um exercício diário, de um treinamento que fazemos com o cérebro desde a infância. Todas as respostas para todos os nossos problemas, e para todos os problemas do mundo, estão dentro da nossa cachola, em algum lugar, o desafio é organizar aquelas informações, fazer links e associações que nos permita uma solução para o problema. E esse link surge justamente quando estamos "desligados" daquele problema. Podemos ficar horas pensando num jeito de resolver uma questão, mas quando a deixamos de lado e vamos tomar um café, ver um filme ou tomar um banho, é que a solução nos aparece, prontinha, como se o cérebro tivesse "acordado" de um sono! Aposto que isso já aconteceu a você, comigo também sempre acontece!


Decidi que vou escrever um artigo sobre isso para a tal revista, pois a criatividade é a questão mais sofrida que o designer enfrenta. Já imaginaram o desespero de ter que ser criativo e imaginativo pelo resto da vida? É uma grande responsabilidade, que outros profissionais, embora necessitem ser criativos em qualquer área, não sofrem por pressão. O Administrador pode ser criativo, pode não ser, melhor que o seja, mas não é uma característica fundamental para sua atuação. O designer deve ser sempre criativo, e quanto mais souber sobre ativar sua criatividade, melhor! Principalmente quando ele descobre que a Criatividade não é um botão de on/off e sim um aprendizado ao alcance de todos!


Bom, depois que eu escrever, posto aqui o artigo, mesmo se ele não for selecionado para a revista!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Medo da China...

Atrocidades existem em todo o lugar do mundo, isso é uma verdade inquestionável, e muito justa, já que todo o planeta é infestado por esse parasita chamado homem, e que destrói e explora até a exaustão qualquer recurso que encontre e que possa ser convertido em capital.

Porém hoje vou ter que fazer das palavras de Saramago minhas, quando ele criticou outro dia em seu blog o fato de o homem ser um dos poucos animais capazes de torturar e submeter seus semelhantes a condições degradantes.

E é com esse sentimento de revolta que penso na situação dos trabalhadores chineses. Todo o mundo usa e consome produtos Made in China, sabendo que são produzidos a preços ínfimos e vendidos a valores exorbitantes. Grandes marcas como a Nike, a Adiddas, os produtos do mega grupo Luis Vuitton, isso só para citar alguns poucos, não passam de produtos chineses, elaborados por mãos escravas. De fábricas que não têm compromisso com o trabalhador, que pagam salários de fome e que oferecem condições absurdas de trabalho.

Todo o mundo sabe que a situação na China é esta, todo o mundo sabe que a China será uma grande potência à custa da escravidão, e mesmo assim, todo o mundo continua consumindo os produtos fabricados na China, sem o menor escrúpulo de estarem sustentando uma situação odiosa e desumana.

E então me deparo com uma reportagem corriqueira no site Terra, “Doentes mentais são escravizados na China” . Se existe um lugar onde Marx e Engels corariam de vergonha é a China... Todos aqueles ideais de igualdade levados à escravidão... Se eles não corariam, eu me envergonho por eles. E por todos os líderes mundiais que permitem atrocidades como esta. E por todos os que usam bolsas Luis Vuitton!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu amo!!!

Para aqueles dias em que estamos incrivelmente bem humorados...

As coisas deliciosas que a Nanda ama:

Brincar e correr com a Luíza

Acordar tarde no sábado

Ler algumas páginas de qualquer livro maravilhoso antes de dormir

Um telefonema daquele tipo "só liguei para ouvir sua voz"

Sair com amigos para jogar conversa fora


Descobrir que minha mãe fez estrogonofe de frango com bastante champignon ou que meu pai fritou uns bifes acebolados na chapa

Deitar na minha cama com os lençóis recém trocados

Perceber que todas aquelas horas extras fizeram a diferença na minha conta bancária

Tomar um banho quentinho e me bezuntar de hidratante perfumado depois

Desenhar

Ficar quietinha em casa vendo televisão quando está chovendo

Ver um filme enroscada no meu namorado com um balde de pipoca

Tomar uma cerveja gelada no fim de um dia bem quente

Banho de mar e de sol

Sair pra dançar

Tagarelar com uma amiga

Ficar sozinha quando estou de mau humor

Videokê (tá, mas eu gosto, dá licença?)

Pessoas que sempre estão com o celular ligado (afinal serve pra isso né?)

Massagem nos pés

terça-feira, 12 de maio de 2009

Só uma mulher sabe o que é...




- Passar a vida lutando contra o próprio cabelo
- Lavar a calcinha no chuveiro e pendurá-la ali mesmo
- Comprar uma blusa que não combina com nada só porque o preço estava bom
- A impossibilidade de compreender qualquer manual de instrução
-Fazer de tudo para não ser vista de óculos
- Acumular coisas inacreditáveis dentro da bolsa
- Ter que convencê-lo a usar camisinha
- Ser tratada feito idiota pelo mecânico
- Fingir naturalidade durante o exame ginecológico
- Fazer depilação a cada 15 dias
- Ficar infeliz por que não tem uma roupa que preste
- A menstruação ter atrasado
- Chorar na festa de fim de ano dos filhos
- Fingir que não bebe água no gargalo
- Não contar que já namorou 2 ao mesmo tempo
- Ele nunca querer discutir a relação
- ADORAR fazer compras
- Sonhar em ter um marido rico
- O poder de uma calça jeans para rediagramar a escultura do corpo
- Ter que parecer natural após 2 horas no salão
- Disfarçar uma noite de amor sem graça que ele insiste em perguntar se foi boa
- Ser chamada de tia...
- Comer quilos de chocolate e chorar com uma comédia romântica
- Passar a vida criticando a mãe para descobrir que no final ela tinha razão
- Uma sogra
- Usar OB
- Odiar uma rival
- Desenterrar fatos de milênios atrás numa briga com o namorado
- Ter que brigar com o parceiro pelo controle remoto da TV
- Entender tudo quando há cinco mulheres falando ao mesmo tempo
- Entender cada tipo de choro diferente de um bebê
- Ser chamada de gostosa no meio de um supermercado
- Ter que passar a semana comendo salada por causa de um churrasco no sábado
- A agonia de esperar o telefone tocar
- O milagre de um creme anti-sinais e de um creme anti-celulite
- Sentir uma vida dentro de si
- Gastar o salário com fraldas descartáveis
- O poder de um decote para se conseguir o que quer

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sobre Meninas e Homens

É de Ernest Hamingway a célebre frase em que se avaliza as relações amorosas entre mulheres mais velhas e homens muito jovens: mulheres com passado e homens com futuro fazem o par ideal. Na verdade, na sua época Hamingway causou certa polêmica, pois em meados do século XX, tal comportamento não era usual, até mesmo sendo visto com preconceito...

Também Balzac celebrou a preferência por mulheres maduras, dizendo que não se deve confiar em ninguém que tenha menos de 30. Confiar aqui tem mais o sentido de confiar a, delegar, depositar. Ele jamais depositaria suas esperanças numa moça de 20.

Hoje está tudo liberado, e a sociedade aceita, até mesmo aplaude Suzanas Vieira da vida, que tornam uma ridícula comédia seus arroubos irrefreados com rapazes com idade para serem seus filhos. Por exemplo, interessou mais o fato de que o jovem (22) namoradinho da Madonna é brasileiro do que sua diferença de idade com a mega estrela.

Bem, eu posso falar que o amor não é um cálculo. Não se sai por aí escolhendo a dedo, embora devêssemos, por quem vamos nos apaixonar. E uma vez apaixonados, qualquer romance tem chance de ser feliz ou infeliz, seja qual for a idade dos envolvidos, sua posição social, religião ou raça. Até penso que a diferença atrai, fascina e promove riqueza de experiências.

Já o fetiche dos coroas por garotas jovens que não só sempre foi aceito, como celebrado em verso e prosa (cujo exemplo de ótima prosa é o clássico Lolita de Vladimir Nabokov), tem sido visto hoje em dia com um ligeiro nariz torcido pela sociedade. Claro, pois numa época de sexo livre, em que as moças podem sair, namorar, escolher e experimentar, parece irracional que se envolvam com coroas, já que os rapazes da sua idade estão acessíveis e disponíveis. Outra razão é o culto à juventude eterna e da plenitude, que torna incompreensível a possível preferência das meninas por homens mais velhos. Mas permanece, seja pela busca por proteção, estabilidade financeira, o fenômeno psicológico do complexo de Electra, ou ainda, a necessidade de também exibir um troféu. Não sei... Só acho que se as meninas esperam encontrar mais maturidade nesses senhores, sinto decepcioná-las... Quase estou a ponto de crer que um homem nunca deixa de ser um adolescente, de uma forma ou de outra, e o fato de fazerem questão de exibirem suas conquistas juvenis é mais uma prova disso.

Outra prova é um exemplo real, que aconteceu sob minhas vistas: outro dia, numa agradável recepção com amigos, me apresentaram um casal muito atraente. Ele, um alto empresário bem sucedido, vestindo um terno poderoso, cabelos grisalhos e bronzeado das praias de Ibiza, ela, uma moça miúda, de longos cabelos dourados, a carinha de criança reforçada pelas várias sardas na pele branca do rosto, que ela não conseguiu disfarçar nem com todo o excesso de maquiagem que passou.

Conversa vai, conversa vem, fico sabendo que ele tinha 45 e ela 19. Achei engraçadinho que o amor fosse tão abrangente, mas ao longo do papo, percebi que a menina não falava muito, ficava só observando com os olhinhos vivos, que iam do namorado para mim, como se tentasse entrar na conversa de alguma forma. Com pena dela, comecei a falar de filmes, uma vez que a menina era estudante de cinema, e então ela se pôs a falar com muita propriedade do assunto, aliviada e feliz de poder mostrar que não era só um rostinho bonito. Eu estava quase orgulhosa dela, quando o namorado bonitão de meia idade comentou:

- Não entendo como alguém pode estudar Cinema! Que coisa mais fútil!

A moça ficou vermelha, e acho que se não fosse todo seu esforço para parecer senhora de si, teria chorado ali mesmo na nossa frente. E ele disse isso com um ar de superioridade tão pedante, enquanto acariciava os cabelos dela... Fiquei realmente revoltada, e quis responder à altura. Mas pensei que em briga de marido e mulher não se mete a colher, e se ela se sujeitava a sair com o próprio Poderoso Chefão, então merecia o tratamento...