sábado, 30 de outubro de 2010

Top Cinco - Como Morrer de Preguiça dos Homens em 5 Parágrafos

Ultimamente estou falando o que penso, doa a quem doer. Essa vai doer em alguns marmanjos, mas se alguma mulher discordar, que atire a primeira pedra! Comportamentos masculinos que me dão preguiça:



Comportamento 1 -  A necessidade da carreira: Outro dia conheci um moço que nem se formou ainda na faculdade e já tem a vida profissional inteira planejada: do programa de treinee até a aposentadoria. Esse desespero por ser o melhor na carreira significa muito estresse, muitas horas extras, muitas esposas, namoradas e filhos negligenciados e muita gordura localizada na região do abdômem e nem sempre mais dinheiro na conta. Não conheço uma mulher, bem sucedida ou não, que prefira fazer cerão a dar assitência a alguém querido. Se os homens se empenhassem dessa forma em TODAS as áreas de suas vidas, o mundo seria mais Humano. Mas é como se diz, um homem não é capaz de mais de uma coisa ao mesmo tempo.

Comportamento 2 - O tal do futebol. Gente, palavra, não existe alguém que ame mais futebol do que eu,e que seja mais fanática por seu time. Mas sinceramente, acho deprimente quando um homem chega em casa, abre uma cerveja e fica zapeando pelos canais à procura de uma bola rolando. Aí, acha um jogo da terceira rodada do campeonato da quinta divisão da Várzea e fica lá, delirando, como se fosse Real Madrid x Milan na final da Liga dos Campeões... Mais deprimente ainda é falar que falta ao enterro da mãe para ir ver seu time jogar. Homens podem e devem gostar de futebol, mas de forma alguma precisam ser alienados do resto do mundo e tão patéticos quanto a isso... Tão mais interessante ler um bom livro ou assistir a um bom filme...

Comportamento 3 - Mania de paquerar. A neim... Morro de vergonha alheia quando vejo um homem dando aquela espiadinha na mulher dos outros, na moça que atravessa a rua, na vizinha, na namorada do amigo... Gente, o mundo está tão evoluído em termos de comunicação, todo mundo tem acessoa peito e bunda na hora quer, por que um marmanjo ainda precisa sair na rua chamando as mulheres de gostosas como se fossem neandertais? Aí quando chega na boate e tem aquele tanto de mulherão semi-vestida dando mole, fica lá igual pastel, sem fazer nada... Vai entender!

Comportamento 4 - Homem adora dizer que não é consumista. E adora criticar nossas comprinhas tão básicas... Mas vocês já perceberam o tanto de tranqueira que um homem é capaz de amontoar? É aparelho disso, aparelho daquilo, coisas que eles nunca vão usar, parece que compra só para ter o gosto de ler o manual (mais uma vez indico um bom livro no lugar).

Comportamento 5 - Criticar Sexy and the City. Os homens odeiam e nós amamos. Por que? Por que é a vida que a gente (num fundo iluminado bem oculto da nossa alma) gostaria de ter: ser bem sucedida, linda, solteira e bem vestida em NY. Então, é a velha história, odeie o que você não consegue compreender. Mas nenhuma mulher precisa e deseja a companhia de um homem para curtir seu seriado preferido. Aliás, na hora que elas estiverem assistindo, arrumem um futebol de várzea para acompanhar e desapareça!



domingo, 24 de outubro de 2010

Para minhas amigas...

Hoje eu quero falar para as mulheres. Principalmente para as jovens. Quero dizer a elas o que é importante para suas próprias vidas, se é que elas ainda não descobriram. Mas acho que sim, pois estamos diante da mais incrível geração de mulheres que a humanidade já produziu. As idependentes.
Quero falar para minhas amigas, minhas primas, minhas conhecidas e minhas desconhecidas.

Quero dizer que espero que vocês concentrem todos os seus esforços, que são ilimitados, em estudar e acumular seus próprios bens, materiais e espirituais. Pesquisas demonstram que 60% da população idosa e miserável do planeta é composta por mulheres. Isso por que durante tempo demais, as mulheres se preocuparam com suas famílias, com seus filhos, seus maridos, mas nunca se preocuparam em garantir suas próprias vidas sem eles. E o que acontece é que os filhos vão cuidar de suas vidas, os maridos morrem ou pedem o divórcio e as mulheres que dedicaram suas vidas àquele núcleo não podem mais contar com ele.


Quero dizer que anseio por vê-las presidentes, diretoras, supervisoras. Isso é muito mais importante do que manter a casa limpa, o jantar na mesa e a roupa passada. E dá muito mais prazer. Mas quero que sejam atentas aos seus filhos, pois uma vez que decidirem tê-los, aí sim, vale o esforço do sacrifício da carreira. Por que ter um filho é o ponto máximo da vida de uma mulher. E se você tem talento para ser mãe, explore esse talento. Goste de criança e esforce-se em educá-la com todo o amor possível. Pois eles crescerão e se tornaram boas pessoas. Cuide do caráter dos seus filhos, pois isso é mais importante que fazer a vida fácil e segura para eles.


Entendam de uma vez por todas que vocês não precisam dos homens. Libertem-se da idéia opressora do romantismo com que vocês cresceram. Parem de valorizar as comédias romanticas e sejam mais objetivas nos seus relacionamentos, sabendo o que querem e o que esperam de alguém. Sejam menos infantis ao avaliar um pretendente. Descubram de uma vez por todas que o que vale a pena em um homem é a capacidade dele de cuidar de você, de te amar, de ser altruísta e leal. E pelo amor de deus, parem de esperar que aquele galã que você ta cansada de saber que é o maior galinha ligue, pois ele vai até ligar, mas quando não tiver ninguém para transar. Homens não mudam. Não queiram "produzir" um homem.


Entendam também que esse não é um manifesto feminista. Não é uma disputa com os homens. É apenas um trabalho de conscientização para que vocês sejam mais felizes. Por que nada melhor que poder comprar uma dúzia de sapatos com seu próprio dinheiro (ou seu carro novo, ou seu apartamento). Nada como  ver seu filho crescer saudável e inteligente. Nada como sair com os amigos para dançar no lugar de ficar sentada esperando um babaca que não te valoriza te ligar.


E meu último desejo, mulheres, parem de competir entre si e unam-se. Todas as mulheres são irmãs diante da Deusa!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sex Shop????

Ontem fiz um programa diferente.
Fui com uma amiga a uma sex shop. Ela quer ter um encontro inesquecível com seu namorado e pensou em abusar de alguns brinquedinhos. Lá fui eu de companhia.
Nunca tinha entrado em uma sex shop na vida... Tinha aquela curiosidade...
Marcamos na porta, e cheguei primeiro. Não entrei. Fiquei esperando por ela, toda sem-graça. Quando ela finalmente chega, vai toda cheia de desenvoltura subir as escadinhas que levam à entrada principal. Eu olhei para os lados e quando achei que ninguém estava olhando, entrei. Assim, como se estivesse fazendo alguma coisa errada... Senti que estavam todos os passantes olhando para mim e pensando alguma sacanagem a meu respeito...
Lá dentro, mais sem-gracês. As vendedoras agem com tanta naturalidade, até mesmo com certo tédio, que chega a ser desconcertante. Somos bombardeadas com uma infinidade de lingeries absurdas, plumas, paetês... Pênis de borracha de todos os tamanhos, kits eróticos, vibradores, fantasias de dominatrix... Tudo como a gente vê nos filmes mesmo.
Amadoras que somos, pedimos para que a vendedora sugerisse um gel de massagem, ou algo assim. E lá vem aquele tanto de potinho colorido, prometendo os maiores orgasmos do mundo! Fico meio desconfiada. Será?
Então entra na loja um moço muito bem vestido, de terno e gravata. Não pude deixar de olhar para ele com curiosidade. Foi tanto que ele ficou um pouco sem-graça também. Meus deus, um bando de adultos extremamente sem-graças de desejar dar uma garibada na sua vida sexual! Me senti uma pervertida...
O moço escolheu um preservativo com bolinhas texturizadas. Achei interessante por que era impossível que ele sentisse prazer com aquilo. Deve ser encomenda da namorada, claro.
Os vibradores... Tantos modelos, tantas opções... Particularmente acho vibrador uma coisa meio triste. Fico imaginando uma mulher extremamente solitária, com síndrome de pânico, passando seus sábados à noite com seu vibrador de velocidade regulável... Quase chorei só de pensar... Também, um vibrador custa tão caro que só de pensar no preço me deprimo. Mas a vendedora dá um sorriso maroto e diz: Queridas, o prazer custa caro...
Para não passar batida, comprei um gelzinho e uma lâmina de menta para sexo oral.  Não ia sair de uma Sex Shop de mãos abanando, certo?
Na saída eu estava mais relaxada. Saí numa boa, com minha sacolinha, para a noite quente e úmida de Belo Horizonte.
Até que foi divertido!

sábado, 16 de outubro de 2010

Ao Mestre com carinho...

Ao longo da vida tive muitos professores marcantes. Muitos. Alguns se tornaram inesquecíveis pelo apego aos ideais, por sua luta diária com o ensino público no Brasil, pelas dificuldades enfrentadas e vencidas com muita criatividade. Outros serão lembrados pelo seu jeito inusitado de ensinar, e muitas vezes bateram de frente com o sistema, com as regras, com a sociedade e sua concepção engessada da educação, com nossos próprios preconceitos. Ainda haverão os que se fizeram recordar pela antipatia, pelo rigor desnecessário, pelo relacionamento ruim que tive com eles. Porém, cada um deles conseguiu me ensinar muito mais que somente o programa escolar sugerido. É impossível que um professor, ainda que mal formado, incompetente ou insatisfeito, não dê algo de si mesmo numa sala de aula, além dos seus conhecimentos.

Lembro-me de um professor no colégio, meio doidão, da cadeira de Filosofia. Eu estudava numa escola municipal, uma das pouquíssimas de alto padrão existentes no país. O professor, nem lembro mais o nome. Magrelo, barbudo, daqueles intelectuais pré-Lula, esquerdistas ferrenhos. Os discursos inflamados dele eram inspiradores, e ele colocava lenha na turma inteira!

Havia um trabalho em grupo cujo tema era Liberdade de Expressão. A apresentação também era livre: a gente podia escolher como abordar o tema da forma que quisesse, com um ensaio, uma dissertação, uma peça de teatro, enfim...Obviamente que a turma ficou eufórica querendo apresentar o melhor trabalho. Meu grupo eram uns 5 meninos e eu, e eles todos tocavam algum instrumento e curtiam rock. Resolvemos explorar o talento dos meus colegas e anunciamos que nossa apresentação seria no auditório. Os caras montaram uma banda no palco, e escolhemos direitinho a música: Sexo - do Ultraje a Rigor. Quando os meninos começaram a tocar  no auditório que era somente uma sala muito grande com cadeiras, sem nenhum isolamento acústico, a música alcançou a escola inteira, e de repente o auditório foi ficando cheio, cheio, cheio, e todo mundo abandonou as salas de aula para protestar com a gente:

E só porque
Aparecia uma coisa
Que todo mundo conhece
Se não conhece
Ainda vai conhecer
E não tem nada de mais
Se a gente nasceu
Com uma vontade
Que nunca se satisfaz
Verdadeiro perigo
Na mente dos boçais...

A confusão gerou uma proporção incontrolável... Como controlar uma multidão de adolescentes decididos a valer seu direito à liberdade de expressão? Só lembro que o professor malucão era o que mais se divertia e cantava e pulava, de pé sobre uma das cadeiras... Foi um momento glorioso!

Claro que a história não acabou bem para ele. Tomou uma ferrada do Diretor, obviamente. O que só fez valorizar o caso, pois no dia seguinte, lá estávamos todos, nós alunos, empunhando cartazes de protesto e usando um esparadrapo na boca. Usamos o esparadrapo uma semana, uns mil jovens, e a coisa cresceu tanto que o conselho estudantil foi assediado pelo Estado de Minas e pelo MG TV. Aparecemos em primeira capa: Alunos da rede pública fazem valer seu direito à Liberdade.

Sei que muitos colegas meus daquela época são hoje médicos, advogados, publicitários, engenheiros... Não posso deixar de pensar que um pouquinho do que somos hoje devemos à mente livre daquele professor meio maluco e meio maconheiro.

domingo, 10 de outubro de 2010

Porque o aborto precisa ser legalizado

Assuntos polêmicos como o debate do aborto e mais uma necessária reforma da previdência devem, por regra, serem evitados em época de eleição. Dilma Roussef por exemplo, está amargando a perda de alguns importantes votos por conta de seu posicionamento em favor do retorno do debate em torno do aborto. Isso demonstra mais uma vez a imaturidade do eleitor brasileiro, é a consequência lamentável de um país que não prima por investimentos na educação.

Ser contra ou a favor do aborto é muito diferente de ter uma legalização do aborto. Ser contra ou a favor do aborto é uma questão pessoal, que deve ser baseada na experiência de vida, na religião e na consciência de cada um. Eu, particularmente, sou contra. Não faria em hipótese alguma. Mas penso assim hoje, que sou uma mulher adulta, madura, independente e que tem as decisões baseadas na minha própria consciência. Porém sou a favor da legalização do aborto sim, e penso que é um absurdo e uma falta imperdoável de colhões da câmara brasileira manter o projeto parado há tantos anos (19, para ser precisa).

A questão não é levada a sério no Brasil pelo mesmo motivo que uma mulher não pode tocar um homem estranho nem acidentalmente na Arábia Saudita. Naquele país, a mulher é considerada inferior ao homem, e portanto, um ser impuro. Aqui, os direitos de todos prevalescem sobre os direitos das mulheres. Tudo é questionado no debate sobre o aborto: o direito à vida do feto, a posição dos padres, a opinião dos médicos - menos o direito da mulher sobre o próprio corpo.

Só por que eu sou contra o aborto, devo negar a milhares de mulheres o direito a um atendimento adequado, quando por algum motivo que para elas faz muito sentido, decidirem interromper uma gravidez? Por que os padres (que são todos homens), tem tanto a dizer a respeito, quando não fazem a menor idéia do que significa não aceitar estar grávida sem ter desejado estar? Não deveria ser uma decisão pessoal chegar ao ponto de fazer o aborto, e não uma proibição e um crime? Será que por ser ilícito, algum aborto deixa de se realizar no Brasil? Nos países onde é legalizado, se realizam mais abortos que aqui? Será que saber que poderia optar por um aborto legal não daria mais tranquilidade a uma mulher numa situação difícil de decidir manter a gravidez, pois é sabido que muitas vezes o aborto acaba sendo um ato de desespero?

Bom, se a Dilma vai restaurar o projeto sobre a legalização do aborto e levá-lo ao plenário, mais um motivo para merecer meu voto. Só uma mulher poderia viabilizar essa importante questão no Brasil. Sem discursos religiosos e demagogos. Aliás, quanto mais a religião estiver fora da política, melhor para todos nós. Anseio por um país maduro, e não por um país governado pela ignorância e pelo pseudo-moralismo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Deus das Pequenas Coisas

Para finalizar a série Meus Dez Livros Preferidos, O Deus das Pequenas Coisas, livro de estréia da roteirista, ativista e escritora indiana Arundathy Roy.

A delícia de ler esse livro começa pelo título. Raramente se pode julgar um livro pela capa, ou pelo título, mas tenho um apego especial pelos títulos. Minha vontade de ler um livro passa pelo título, e também pela capa. Hoje em dia, com tantas mídias brigando por nossa atenção, tenho que dar o mérito a todos os produtores editoriais e designers que tornam o prazer de ler um bom livro ainda maior: elaborando a programação visual atrativa para nós, leitores, saborearmos.

Depois, o prazer de ler o livro só acaba mesmo com o fim dele. E mesmo assim, ainda fica aquele suspiro final, quando a autora, numa sacada de mestre, termina a história profundamente triste com um capítulo belíssimo, narrando uma cena de amor como eu raramente vejo ser contada: pura prosa poética...Ou seja, o livro é permeado de flashes, e a narrativa não é linear, com idas e vindas pela história.

O Deus das Pequenas Coisas se passa na Índia, e conta a história de como a vida de duas crianças, irmãos e gêmeos, é alterada drasticamente, e definida pela força de pequenos acontecimentos presentes e passados. Uma simples decisão, uma partida, uma carta escrita, a visita de uma prima, palavras e mal pensadas ditas do outro lado de uma porta, coisas que parecem insignificantes, mas influenciam com grande peso os acontecimentos da vida, fazem com que os pequenos Rahel e Estha sejam atirados ao destino.

Além de uma bela história, O Deus das Pequenas Coisas nos deleita com uma literatura permeada de poesia, cenas singelas, que parecem terem sido retiradas com um pincel da mente de uma criança...

Arundathy Roy nos apresenta, apaixonadamente, as leis do amor, que determinam quem deve ser amado... e como... e quanto.

" - Rahel, você sabe o que acontece quando magoa alguém? Essa pessoa passa a gostar de você um pouco menos."



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sem perder a ternura jamais...



A crítica política no Brasil está longe de ser coerente... As pessoas ou generalizam tudo ou se alienam completamente dos fatos no nosso país.


Frases como “todos os políticos são corruptos” e “nada no Brasil vai pra frente” são de uso fácil, principalmente em época de eleição. Mas os brasileiros não querem tomar partido de nada que concerne à administração do país, nem em uma esfera menor, em suas cidades, por exemplo. É muito fácil criticar quando não se participa de nada. É muito fácil condenar e repetir frases prontas e gastas. A verdade é que o brasileiro ainda se faz de vítima, se posiciona como coitadinho colonizado, sem ânimo para nenhum tipo de protesto ou revolução, vai aceitando a robalheira, e tirando proveito quando pode do que pode...

Todo povo merece o governo que tem: isso se aplica ao nosso país. Porém, penso, toda vez que me mobilizo junto com o país para participar de uma eleição, que há tempo e espaço de transformarmos nossa história. Fomos formados como um povo corrupto e sem ética (fama internacionalizada do nosso país), mas não precisamos seguir com esse péssimo estigma pelo resto dos nossos dias. Mesmo porque, não somos somente corruptos, mas também criativos, batalhadores, temos tecnologia de ponta em várias áreas, temos uma cultura riquíssima, temos a nossa respeitadíssima vanguarda musical, temos talentosa gente, o melhor futebol , o melhor vôlei, a melhor natação... Temos riquezas naturais infinitas, temos combustível sustentável e não poluente, temos petróleo também, temos tanto mais para nos orgulhar do que para nos envergonhar.

Ontem, quando fui às urnas dar meu voto, tinha levantado o currículo dos meus candidatos, tinha pesquisado a vida deles, tinha analisado suas propostas e pensado muito: o que eu quero para meu país? Tinha me recordado dos governos anteriores e puxado das minhas aulas de história os passos que rumamos até alcançarmos o terceiro milênio como um dos países emergentes mais prósperos do mundo. Tudo o que eu fiz pode ser visto pela maioria dos brasileiros como uma chatice... Mas me orgulha saber que entre os três melhores colocados à candidatura à presidência da república, dois deles eram mulheres.

Orgulho de ser brasileira. Orgulho de ser mulher...

Só de pensar que em alguns lugares do mundo às mulheres não é permitido exercer um cargo público e muito menos participar de um processo democrático, senti-me imensamente privilegiada. Emocionei-me ao apertar a tecla CONFIRMA. Lembro de o meu pai ter chorado nas primeiras eleições diretas para presidência da república. Só quem viveu numa época de opressão sabe o que vale viver num país democrático. Onde um Tiririca pode ser Deputado Federal. Onde um operário pode mudar a história de um país que caminhava para a falência moral, levando níveis vergonhosos de analfabetismo e miséria...

Sim, orgulho de ser brasileira. Mas só um brasileiro que ama seu país tem o direito de se orgulhar. Os outros seguem reclamando de tudo e não agindo em nada...