segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Em 2012: Fé na Vida!

Crescer é uma forma desastrosa e compulsória de abrir mão de quem somos para nos tornar o que devemos ser. É um processo pelo qual todo ser humano passa, em maior ou menor grau, e olhar para trás, para a alegria e inocência da juventude, para a inconsequência e despreocupação que vivemos um dia, sempre causa a sensação de nostalgia que nos faz questionar se vale (ou valeu) a pena nos transformar tanto.

Uma das maiores perdas do amadurecimento é a forma de encarar o amor, a amizade e todas as coisas que realmente importam na vida, as coisas que nos fazem testar nossa têmpera e nosso caráter. Todas as vezes que falhamos com as pessoas foi mesmo tentando acertar? Quais impulsos egoístas podíamos ter evitado? O que dos nossos erros realmente nos tornou pessoas melhores?

Nem sempre encaramos as decepções e o sofrimento como ritos de passagem para um estágio mais evoluído, mas são eles que nos ensinam a crescer. A experiência da vida se resume a nossa maneira de lidar com as pessoas, em todos os níveis. O desenvolvimento profissional só é possível quando aprendemos essas lições. A vitória pessoal também passa por esse conhecimento. A arte do lidar, de negociar, de convencer, de sentir prazer ou dor, tudo isso é meramente como estamos enxergando o outro e como estamos convivendo. Mas infelizmente, ao aprender pelo sofrimento, além de nos tornarmos mais fortes, nos tornamos mais amargos. É preciso mesmo?

Outra grande perda é a nossa capacidade de acreditar. Eu digo, confiar é um talento para poucos, numa realidade em que tudo nos leva a perder a fé. A fé nas pessoas que se mostram tão imperfeitas, a fé no bem que sempre deveria vencer o mal, a certeza de que dias melhores virão. Nossa fé vai sofrendo danos progressivos, e de pouco em pouco é substituída por uma ironia tipicamente adulta, aquele sorriso amarelo diante das falhas dos outros, como se já contássemos com o desfecho negativo das situações. Crescer é passar a contar com o fracasso com mais certeza do que a vitória.

No filme Uma Linda Mulher, Vivian, uma mulher inteligente e encantadora vive um romance impossível com um homem rico, desacreditado dos relacionamentos. Para ambos, a única forma de sair ileso de uma aproximação com o outro é o distanciamento dos sentimentos. Ela é uma prostituta, com muitos outros talentos que poderiam ter feito dela uma vencedora. E quando Edward questiona isso, ela diz: “As pessoas nos dizem que você não é capaz, e você acredita”. “Eu digo que você é muito capaz”, ele rebate. “Você já notou? É mais fácil acreditar nas coisas ruins.”

Vivian estava certa. É mais fácil acreditar nas coisas ruins, a lógica da vida está em esperar pelo pior. E o pior é algo que vem, independente se esperamos ou não.

Por que então, devemos viver esperando por algo que já está garantido? Por que não mudamos nossa postura, e resgatamos a nossa juvenil fé na vida, no sucesso, no amor, na alegria dos sentimentos verdadeiros? Por que não arriscamos uma decepção ao contrário? Por que não passamos a contar com os sucessos e quem sabe, assim, quando eles vierem, a surpresa seja boa?

É nostálgico, eu sei, é inocente, é quase infantil desafiar você a ter fé na vida. Em você mesmo. Em suas melhores qualidades, ou seja, aquelas que lhes couberam genuinamente, não as que você desenvolveu durante anos para se tornar um adulto responsável e garantir o seu sustento.

Mas é preciso. Desculpe, é imperativo!

Que em 2012, você possa descobrir que ter fé é uma questão de treino. Treine seu olhar para as belezas, para as coisas boas que cruzarão seu caminho. A gente é capaz de ter um ano bom ou ruim. É só uma questão de perspectiva.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amadurecer para Amar

Vivemos ainda sob os ecos do Romantismo, um movimento detonado aproximadamente no fim do séc. XVIII, e que foi o alicerce da sociedade moderna e da mentalidade que prega a valorização do eu. Para mim, esse movimento vive na atualidade o seu apogeu, pois nunca, em nenhuma época, a humanidade se voltou tanto para o individualismo, nunca o homem valorizou tanto suas próprias conquistas e suas necessidades.


Eu é a palavra de ordem da sociedade contemporânea e tudo está baseado nela. O que eu quero, o que eu tenho, o que eu posso. Auto-conhecimento, Identidade, Satisfação Pessoal são somente algumas das expressões super divulgadas pela mídia para nos atrair, pois tudo o que tem a ver com o prazer pessoal chama a atenção e é vendável.

E o outro? O outro é somente uma peça na engrenagem da auto-satisfação, e só tem utilidade enquanto nos identificamos com ele. É por isso que os relacionamentos estão ficando progressivamente insuportáveis. Tolerância e aceitação estão cada vez mais fora de cena, o que importa mesmo nas pessoas é que elas se pareçam com a gente e nos satisfaçam nas nossas expectativas. Quando isso não ocorre, o rompimento é inevitável. É fácil e quase imperativo desistir de alguém que não “combina” com a gente. Como se as pessoas fossem sapatos e meias feitas para se casarem, e não seres únicos e com características originais e inimitáveis.

Com tudo isso, o conceito do amor, tão lindo sob a ética romântica, ficou inalcansável e contraditório. Ainda hoje, pleno séc. XXI, as pessoas usam o amor como mais um ítem da sua satisfação pessoal, e ainda acreditam que ele é algo que se encontra, não algo que se constrói. Assim, seguimos acreditando que para amar alguém, basta que essa pessoa nos apareça como num conto de fadas, com todas as perfeições criadas na nossa mente fértil para nos coroar de felicidade. A contradição é que, ou as pessoas se decepcionam em seus amores, ou elas nunca os encontram, e culpam tudo, menos a elas mesmas e seus ideais absurdos.

É fato que a teoria da atração ainda está ligada à aparência. O amor romântico venera a aparência, e seus reflexos na arte reafirmam isso. Beleza e amor quase necessariamente estão vinculados. Mas é fácil perceber que o amor não se encaixa num conceito material. É impossível manter a estética do amor quando o caráter (que é onde se fixam todas as nossas afeições duradouras) não corresponde à aparência. Podemos ser atraídos pela aparência, mas dificilmente ficamos ligados a um caráter medíocre, a uma inteligência inferior, pois isso se torna incômodo. Mas essa percepção só é possível após o amadurecimento.

Quando crescemos, adquirimos bagagem para avaliar os outros de forma mais segura e completa. Artificialismos raramente nos enganam quando somos maduros emocionalmente. E essa maturidade é construída com base em vivência, em decepções, em superação, e não raramente, com humilhação dos nossos superalimentados egos. Amar se torna uma escolha, uma decisão, uma consequência do crescimento interior, e descobrimos que o amor não se encontra.

O amor só é possível quando somos capazes de desvincular nossos anseios românticos e usar a razão para apoiar os motivos pelos quais escolhemos alguém. É a razão que nos faz admirar uma inteligência e um caráter. É ela que avalia atitudes e julga falhas. No fim, sabemos que não é possível amar um corpo, assim como é impossível desejar uma idéia.

Os casais mais improváveis que eu conheço são também os mais felizes. Eles não tiveram encontros de fábulas, não lutaram contra monstros marinhos, não se apaixonaram à primeira vista. Eles começaram construindo um cotidiano, uma amizade, um caminho em comum, dividindo trabalhos chatos ou se uniram em momentos difíceis, em que precisaram se apoiar. E aqueles impulsivos unidos pelo cupido duraram apenas até o primeiro bocejo da relação.

O amor é a idéia. E só pode satisfazer uma vida quando colocamos o amor no plano que ele realmente merece, onde pode se avaliado e considerado importante, ou seja, o plano da razão. Amar com a cabeça, e não com o coração, é o desafio da nossa era.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

20 Coisas que gostaríamos que os homens soubessem sobre as mulheres


1) Sabemos como é difícil conviver conosco quando estamos de TPM... Então, obrigada por tentar.


2) Não, não acordamos sempre com vontade de transar, mas isso pode mudar, conforme sua habilidade em nos convencer.

3) Nós adoramos cozinhar para vocês, tanto quando adoramos que vocês nos levem para jantar naquele restaurante romântico.

4) Nós temos muito mais disposição para o sexo quando estamos felizes com vocês, por isso não adianta largar a pia lotada de louça suja ou nos ignorar o dia inteiro por causa do futebol e esperar uma noite tórrida de amor...

5) Nós sabemos que vocês são capazes de notar nosso corte de cabelo ou vestido novo por que todos os demais homens, amigos, colegas de trabalho... notam!

6) Quando dizemos: “ele é apenas um amigo” – fique alerta.

7) Adoraríamos experimentar “coisas novas” na cama, desde que haja confiança, companheirismo e intimidade para isso

8) Não vamos trair vocês só por que temos amigas solteiras. Adoramos ter para onde voltar depois de tomar um drinque com uma amiga, rir um pouco e relembrar nossa juventude.

9) Sim, nós apreciamos quando vocês se matam de trabalhar pelo nosso futuro. Só que somos incapazes de não manifestar como sentimos sua falta.

10) Na verdade, não é que a gente se importe que vocês saiam com seus amigos... O que a gente não suporta mesmo é que vocês ajam como idiotas quando estão com eles. Isso faz com que a gente questione sua inteligência.

11) O único motivo pelo qual demoramos horas para nos arrumar é por que queremos estar lindas como uma capa de revista para vocês. Então, reconheçam isso.

12) Quando queremos que vocês usem certa roupa ou cortem o cabelo daquele jeito é por que vocês ficam mais gatos e mais gostosos desse jeito. Confiem em nós, é para seu bem.

13) Se vocês não gostam que uma mulher finja orgasmo, não a obrigue a fingir que vocês não estão olhando para a aquela loura estonteante!

14) Ok, a gente sabe que vocês não lêem pensamentos. Mas sempre ficamos admiradas com a incapacidade de vocês de decorarem padrões de comportamento que nos deixa chateadas.

15) Às vezes só abraçar é o suficiente.

16) Vocês podem ficar perdidos e pedir informação. Isso não fará com que sejam menos maravilhosos e fantásticos aos nossos olhos.

17) Não queremos comparar vocês com nossos ex. Não queremos nem falar no assunto. Nunca.

18) A única forma de nos darmos bem com a sua mãe é tendo você como diplomata. Por favor, nos ajude nisso!

19) Preferir ficar agarradinho conosco no sofá nos faz mais felizes que presentes caros.

20) Quando uma mulher está apaixonada por você, ela te admira, te aceita, te vê como um príncipe encantado, mesmo que você não tenha um diploma de Oxford, um carro esportivo ou um salário de 5 dígitos. Portanto, o mínimo que você pode fazer, é tratá-la como a princesa que ela merece!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Só pra quem tem Peito!






Há algum tempo, discuti aqui no blog a repercussão do caso da universitária de minissaia, Geyse Arruda. E não sei por que esse assunto sempre volta, como o da professora mineira afastada por usar decotes. Sempre me estarrece a frequente saída das discussões produtivas e a concentração de atenção nas coisas sem importância... Por que discutir a violência nos meios elitizados e a má qualidade da educação pública se podemos meter o pau na roupas das mulheres?


Fico pensando como chegamos nesse grau de moralismo retrógrado numa época em que tudo o mais está evoluindo para níveis nunca antes imaginados, como a tecnologia e a comunicação. Enquanto o futuro está acontecendo sob nossas vistas, estamos retomando valores contra os quais nossas avós e mães lutaram arduamente para que hoje pudéssemos ser livres. E isso me dá uma tristeza imensa: será que a luta das nossas antecessoras foi em vão?

Quando Leila Diniz popularizou o biquíni nas praias cariocas, escandalizando a sociedade e libertando nossos corpos de críticas e julgamentos, ela contribuiu para abrir, como tantas outras, portas lacradas. Estamos fechando essas portas para inaugurar novas regras sociais, aquelas que impõem adequações ao comportamento feminino. Estamos refletindo demais sobre onde e quando usar certo tipo de roupa, o que dizer e em qual tom de voz sob o pretexto da elegância. Nossos biquínis estão ficando maiores e nossas mentes mais estreitas?

Será que não há nada incomodando mais que o tamanho de um decote?

Desde quando peitos se tornaram obscenos? Considero muita coisa obscena por aí, mas peitos definitivamente não estão na minha lista. São belos, são femininos, são artísticos, são fofos. O ícone maior da maternidade. Sabemos que algumas idéias são cíclicas no movimento histórico, mas isso foi quando a história levava séculos para acontecer! Faz sentido retomar limites numa era em que tudo muda diariamente?

Quando penso nas sacerdotisas cretenses exibindo os seus seios nos rituais sagrados e religiosos para demonstrar o seu poder, há milênios A.C , vejo como as mulheres atuais não sabem nada sobre o próprio corpo e como estão presas à tirania dos padrões de beleza. Submetemos-nos a eles com uma docilidade que faria vergonha às mais meigas Amélia do pré- guerras.

Claro que num mundo de hoje não cabe mais peitos à mostra. O corpo feminino foi vulgarizado pela exposição descabida da mídia. Foi artificializado pelo boom do silicone. Foi rebaixado ao nível do desejo masculino, como se o nosso corpo só servisse para isso, para provocar o outro gênero, para vender cerveja e revistas de baixo calão.

Se eu pudesse deflagrar uma nova revolução, eu pregaria o uso de burcas no ocidente! Quem sabe vestindo nossos corpos como usamos nossas mentes, pudéssemos compreender que há mais em jogo na simples crítica ao decote que podemos supor.

E viva a ousadia!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Belo Horizonte na era do Amor Virtual

Essa cena é do Filme Medianeiras - Buenos Aires na era do amor virtual... Mas podia ser de Belo Horizonte...


Belo Horizonte é uma cidade que cresce descontrolada, como tantas metrópoles, mesmo sobre o alicerce do progresso e do planejamento. Suas fronteiras já superaram os limites originais da Avenida 7 de Setembro há anos luz, e que nenhum belo horizontino sabe exatamente onde fica, exceto quando a chamamos pelo apelidinho carinhoso de Contorno. O contorno de Belo Horizonte já perdeu seu desenho. Somos um mapa disforme, imperfeito e progressivamente caótico.


Em contrapartida, existe algo sendo criado na mente dos sempre interioranos belo horizontinos, pois em nenhuma metrópole a característica amistosa do povo da roça se observa mais que aqui. Talvez por ser uma cidade adolescente, praticamente todo mundo que vive aqui tem uma família que começou em outro lugar, na maioria das vezes no interior de Minas onde a vida ainda corre lenta, preguiçosa e cheia de intimidade entre vizinhos e familiares. Nessa metrópole ainda se toma café coado na casa dos amigos, ainda se prefere barzinho e violão a balada e o fogão à lenha decora as coberturas classudas do Belvedere.

Aqui os relacionamentos começam mais nos meios de convívio contínuo do que em locais públicos. Aqui se apresentam amigos, se planejam encontros e as pessoas raramente se esbarram ao acaso. As mesmas pessoas vão sempre aos mesmos lugares. A gente acaba acreditando que a população é na verdade, muito menor do que é.

Talvez pela dificuldade de encontrar diversidade nessa cidade bagunçada, ou de se encontrar qualquer coisa, os relacionamentos também migraram para a esfera virtual, e todas essas práticas são agora, preferencialmente, apreciadas sem sair de casa. Não sair de casa parece uma tendência da contemporaneidade, já que a violência, a preguiça e a internet estão fazendo de nós vítimas e prisioneiros dos nossos próprios lares. Namorar, transar, casar, ter amigos, colegas, professores e até mesmo terapeutas pela internet é o hit do momento.

Quando ouvi de uma amiga que ela fazia terapia virtual fiquei realmente espantada. Eu mesma vivo brigando com a internet diariamente. Adoro sites de relacionamento, mas ainda desconfio dos serviços bancários virtuais. Atrevo-me a chamar “amigos” pessoas que nunca vi antes na vida de qualquer parte do mundo, mas não tenho coragem de solicitar um Big Mac pela internet, pois sempre acho que meu pedido nunca vai chegar. Já me apaixonei pela internet, já participei de festa pela internet, mas sou incapaz de enviar um e-mail sem ligar depois dizendo: olha, te mandei um e-mail... Emails podem ainda nunca chegar, não é mesmo? É um jeito bem mineiro de ser geek.

A verdade é que estou a cada dia mais preocupada com as pessoas que se relacionam pela internet, e só pela internet. Nunca consegui fazer uma idéia de alguém sem ter essa pessoa ao vivo, e fico um pouco achando que na internet ninguém existe, aqueles perfis todos do Facebook são projeções das pessoas em outra dimensão... Eu sempre precisei sentir o cheiro das pessoas. É como diz Patrick Suskind no seu ótimo romance O Perfume: o olfato é o sentido mais próximo da respiração, e, portanto, é o sentido que fala mais próximo da essência das pessoas. É impossível esquecer um cheiro, e o cheio faz com que associações da memória aconteçam de uma forma otimizada. O cheiro potencializa a memória e os sentimentos. Como gostar de alguém que eu não sei como cheira?

Mas todos já conhecemos os contras das relações pela internet. Sabemos o risco de estar sempre diante de máscaras, sabemos que um perfil no Facebook pode ocultar um psicopata, sabemos que a superficialidade e a ausência da relação física isola as pessoas e torna tudo insípido.

O que ninguém discutiu são os prós das relações virtuais. Pensemos bem... Também existem riscos que não corremos nas relações virtuais. Como tudo é muito superficial, as pessoas não chegam a extremos. Raramente você vai ter uma discussão violenta com um amigo virtual. As pessoas estão sempre disponíveis virtualmente, não é aquele saco de marcar mil vezes para tomar um chope e não dar certo. Você precisa de uma informação jurídica, ta ali seu conhecido advogado a um clique da sua dúvida. Sempre há gente online 24 horas por dia. Algumas conversas online às vezes são mais produtivas que pessoalmente. A gente não se expõe, ou ainda expõe só o que quer. Estamos sempre com o escudo da fibra ótica nos protegendo.

Será que caminhamos para uma era em que o ser humano será um celular? Isolado, sozinho e único, mas, no entanto, rapidamente acessível a qualquer momento que for solicitado? Será que no futuro vamos nos acostumar a não trocar cheiros, gostos e toques e vamos somente digitar o que estamos sentido?

Será que existirão sentimentos?

E será que Belo Horizonte vai sobreviver a essa dualidade do ser próximo-distante do outro?

domingo, 9 de outubro de 2011

5 homens que não existem, mas deveriam!


1 - WOLVERINE 
     Perigoso, rebelde, esquentadinho, sexy e essencialmente estranho...



2 . JAMES BOND 
              Fino, elegante, bem vestido, inteligente, cheio de truques e ainda por cima entende TUDO de mulheres!


3. KEVIN WALKER
                  Especial para meus amigos gays... Lindo, doce e sarcástico ao mesmo tempo, bem sucedido e com um sorriso perfeito de queixo partido... 

4. JERRY MAGUIRE
                 Que mulher não sonha em transformar um simpático e charmoso fracassado num grande homem vencedor?  E ainda ouvir dele no final: você me completa?


5. PRÍNCIPE ENCANTADO
                       Preciso explicar? Não né...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desabafo de uma obstinada...



E a gente segue batendo cabeça na vida, tentando, tentando... Por quê algumas coisas precisam ser tão difíceis de alcançar? Por que tanta porrada que a gente leva da vida? Tudo bem, somos guerreiros, viemos a isso. Mas às vezes eu acho que a vida exagera, e bate mais do que podemos suportar. Ou não? Ou a carga que levamos é extrema justamente por que somos fortes o suficiente para dar conta?


Eu queria muito acreditar nisso. Sou dessas pessoas abençoadas, para quem tudo é um pouco mais dramático e complicado do que para a maioria das pessoas. Ou isso, ou é como eu enxergo as coisas... Velha história, a grama do vizinho é sempre mais verde... Mas voltando ao assunto, sempre questiono minhas frustrações e penso que, se tem que ser assim, é por que de certa forma eu sou forte, eu dou conta, eu continuo levando porta na cara e tirando força não sei de onde para continuar batendo. Vai entender...

Outro dia, de papo com uma querida amiga, perguntei a ela o que ela achava das pessoas chegarem e comentarem as conquistas dela como se ela fosse algum ser extraordinário. Ela me disse: “Sim, tenho uma vida confortável, um marido companheiro e três filhos inteligentes, saudáveis e que me dão orgulho. Mas é isso o que as pessoas querem ver. O que eu sofri para chegar até aqui e para sustentar isso tudo ninguém vê. Ninguém quer ver ou se importa. Por que o que a gente vende são nossas vitórias, não nosso sofrimento.”

Como será acordar todo dia e não ter uma longa batalha a travar? Fico imaginando essa vida de facilidades que é meramente idealizada. Simplesmente ter um dia inteiro durante a semana para acordar tarde, sem hora marcada, ler um livro, sem hora marcada, ver um filme, sem hora marcada, ver o tempo passar, simplesmente sem ter que me vestir, correr, enfrentar um trânsito, correr, comer sem sentir o gosto da comida, correr... Bom eu não sei o que é isso. Não ter uma vida cheia de responsabilidades e compromissos a cumprir, prazos e complicações.

É isso, eu não me canso. Aliás, eu me canso, mas não tenho tempo para pensar no assunto. Assim que eu levo mais um empurrão, já estou me virando para levantar e continuar. Mal vivo um fracasso e já estou me organizando para traçar outra forma de viver um sucesso. Às vezes acho essa persistência meio estúpida, meio sem sentido. Parece um vício do qual não consigo me livrar. Não consigo largar a mão, desacelerar e ligar o foda-se. Às vezes eu vejo que sou uma puta de uma cagona, tenho medo mesmo.

Às vezes é preciso mais coragem para desistir do que para continuar...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Me gusta Buenos Aires

Uma breve nota sobre minhas curtas férias de meados de ano...


Como uma viajante que se apega à cultura e à costumes mais que à turismo, em cada viagem que faço, curta e simples que seja , procuro ter a experiência verdadeira do lugar. Deve ser por isso que as coisas não me dizem muito, eu prefiro mesmo é ouvir da boca das pessoas. Ouvir toda hora Maradona ou Pelé, e sorrir sem querer começar uma discussão. Mas enfim, para que visitar Buenos Aires se não vamos respirar a rivalidade Boca x River, se não vamos comer tango e cheirar o orgulho cômico dos argentinos, se não vamos ficar num hotel decadente do início do século XX, com salão de baile, pátios abertos ao sol e banheiras de louça no lugar de chuveiros elétricos?


Existem alguns detalhes que definem muito bem um lugar. Uma palavra para definir Buenos Aires? História. Ela está em todos os cantos, em cada esquina, orgulhosamente preservada pelos seus habitantes. Uma história de um passado glamouroso, um presente de crise e um futuro indefinido. Nada mais encantador que ler todos esses momentos nos monumentos, esquinas e praças. É por isso que um ritmo e uma dança se tornaram patrimônio da humanidade...

Outra palavra seria contradição. Como um país falido consegue fazer com que seus cidadãos não atirem um só panfleto na rua no dia de eleições presidenciais... Amor, educação, critério? Escolha você... É por isso que mansões neoclássicas se dão tão bem com grandes prédios em concreto e vidro. É por isso do constrangimento do orgulho arranhado pelo fiasco econômico, representado por crianças esmolando na rua e carros gastos esbatidos circulando nas largas avenidas. É por isso que as pessoas são tão elegantes e nunca saem de casa sem vestir o seu melhor casaco, escovado e engomado por anos a fio.

Mais uma palavra...? Diversão! Uma cidade para se conhecer a pé, sentar sem hora marcada em um café e ler um jornal, jogar conversa fora ou simplesmente não se importar com o tempo que passa, traduz uma alegria toda charmosa de viver. Ou então aproveitar um jardim verde para tomar um excelente vinho e namorar, ao som de músicos que tocam pelo prazer de receber alguns trocados e de despertar alguns sorrisos. E diversão para quem gosta de arriscar a sorte em jogos de azar, ou arriscar a sanidade num dos muitos clubes noturnos. Por fim, diversão para quem gosta de teatro, dança ,música, cultura, todos as noites em cartaz nos muitos teatros da cidade.

Mas talvez a melhor palavra para Buenos Aires seja Paixão. Tudo é extremo em Buenos Aires... Toda dor é profunda, toda alegria é imensa, todo desespero é de morte... Todos gritam o que sentem, as árvores, as crianças nas praças, os guardas de trânsito, os jovens nas boates, os barraqueiros e camelôs, os dançarinos urbanos... Ninguém sai de lá sem deixar parte do seu coração ou levar parte de um coração consigo...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tango ou Valsa?

O início de um relacionamento é uma fase crítica, pois, junto com o sentimento arrebatador da paixão, que nos faz desejar loucamente a companhia de alguém, seguem outros sentimentos contraditórios e perturbadores, que fazem com que tenhamos a sensação de estar pisando em ovos. Ainda não conhecemos o outro totalmente, e a insegurança a respeito de sua personalidade e da intensidade com que ele está correspondendo aos nossos carinhos começam a turvar o doce mar do romantismo.

Todos os livros de auto ajuda que prometem resgatar a nossa vida afetiva são unânimes em afirmar que o ser humano tende a preferir as pessoas que estão o mínimo disponíveis, e dizem que o que é mais raro é mais valorizado. Ou seja, estimulam a gente a dizer não aos nossos pretendentes, roubando-lhes os lances que premeditam, com o intuito de frustrar suas expectativas e nos tornar mais caros aos seus olhos.

Sempre achei essas dicas um tanto quanto cruéis, pois, para mim, tudo o que tem haver com a astúcia é falso e merece desconfiança. Pessoalmente, tenho muita preguiça desses joguinhos de deixar o telefone tocar infinitamente sem atender, mesmo estando louca para falar com a pessoa. Ou então, contar cinco dias depois de um encontro para procurar a pessoa de novo. Não sei se isso é o peso do amadurecimento, ou se é o imediatismo da vida moderna que me deixa com preguiça de “fazer cera” com alguém, o fato é que adoro lances espontâneos do tipo: “sei que acabei de te deixar em casa, mas resolvi ligar mais uma vez só para dizer que o encontro foi maravilhoso!” Não sei se as mulheres de 20 anos tem paciência para tanta espontaneidade, só sei que eu seria incapaz de desprezar um gesto tão carinhoso, mesmo por que, na altura da vida em que estou, sei o que admirar em alguém, e não é um telefonema de mais ou de menos que vai balançar minhas opiniões.

Mas a grande maioria das pessoas se encaixa exatamente no padrão de livros de auto ajuda. Desprezam telefonemas no meio da noite, sentem-se invadidas se alguém as procura muito e caem no pranto da insegurança se o seu affair some por sete dias seguidos, exatamente como os tais livros de auto ajuda rezam.

Fico pensando por que a gente não deixa a vida correr no seu ritmo natural, e por que entramos em joguinhos tão mesquinhos? Mas reconheço, muitas vezes necessários. Por que é tão avassalador dizer, na lata, como uma pessoa é importante para a gente, por que seguramos as palavras, os gestos, os carinhos, tudo para deixar alguém inseguro o suficiente para estar preso a nós? Será que pensamos que isso é uma forma requintada de sedução? Para mim, a sedução já deixou de ser requintada faz tempo, principalmente por que não tem nada menos sexy do que um convite para sair via Facebook.

Uma vez um homem (muito sedutor) me disse que cortejar uma mulher era como dançar um tango... Saber conduzir, saber colocar-se vulnerável na hora certa, fazer uma promessa para logo em seguida causar uma decepção, dar um, dois, três passos em direção a ela, e quando estiver bem próximo, simplesmente recuar e deixar que ela venha atrás...

Muito interessante tudo isso, mas eu prefiro dançar uma valsa... Onde os dois seguem juntos, giro por giro, com movimentos cronometrados... Tango é sexy e sem dúvida nenhuma, arrasador para um coração (sem falar em outras partes do corpo), mas cá pra nós, para dançar uma valsa, é preciso muito mais sinceridade com o seu par... E sem dúvida é uma dança muito, mas muito mais romântica...




sábado, 16 de julho de 2011

Para os Homens

No Dia da Mulher, ganhamos flores, somos paparicadas e homenageadas, reclamamos nosso respeito e dignidade e somos reconhecidas como as grandes mantenedoras da humanidade. Agora inventaram o Dia do Homem. Sinceramente não sei o que o Dia do Homem significa. Não me parece que o homem, gênero que sempre dominou o mundo mereça um dia para ser lembrado, uma vez que os outros 364 dias do ano eles imperam soberbos.


Ainda ontem, no metrô, ouvi, por acaso, uma moça ter uma discussão com o namorado pelo celular. Ela falava em tom meigo e choroso, se humilhando realmente, dizendo que o namorado estava a tratando com frieza, que não suportava ficar sem ele, que o amava, e blábláblá. A acolhida não devia estar sendo boa, por não demorou para que as lágrimas lhe viessem aos olhos. Fiquei penalizada. Por que os homens sempre sabem nos machucar quando querem?

Porém, devo reconhecer a injustiça do meu raciocínio. Os homens fazem parte de um equilíbrio sem o qual nada seria possível. Até mesmo essa “frieza” com que conseguem lidar com situaçãos emocionais é extremamente importante para todos nós. Quando penso em “homem”, como um gênero em geral, penso em força, em razão, em coragem. Reconheço que a maioria dos homens que eu conheço possuem essas características, em menor ou maior grau. Os homens são controlados como nós mulheres nunca poderemos ser. Eles são analíticos. E nem por isso, menos capazes dos sentimentos mais ternos, mais violentos, como o amor, a paixão, o ciúme, a inveja, o desespero.

Dizem que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher. Mas admito que toda grande mulher precisa de um bom homem ao seu lado.

Penso que, na natureza, o gênero masculino da nossa espécie foi o que mais preservou suas características primitivas, como a necessidade de proteger, o instinto violento que o faz competitivo e caçador. Nós mulheres não somos assim. Nós absorvemos características masculinas mais profundamente. Foi o que nos permitiu conquistar posições que antes eram exclusivamente masculinas.

Por isso hoje, fica minha homenagem a todos os homens que podem ser realmente chamados de Homens, assim com H maiúsculo. E meu obrigada aos amigos, colegas, pais, tios, irmãos, namorados, filhos, maridos, amantes que eles são. Obrigada por não caírem no choro quando recebem uma bronca no trabalho. Obrigada por nos protegerem, por cuidarem de nós e nos tratar como princesas, e por, muitas vezes, serem os príncepes encantados que precisamos. Obrigada por não se chatearem com coisas pequenas e saberem evitar uma discussão quando tudo o que queremos é brigar e colocar lenha na fogueira com todos os nossos hormônios em ebulição. Obrigada por trocarem o pneu do carro, por sempre nos lembrarem que precisa trocar o óleo. Por puxarem a cadeira para a gente se sentar. Por ficarem tão surpresos e agradecidos quando cedemos aos seus desejos mais simples. Por fazerem com que a gente se sinta linda, com uma olhada apenas. Obrigada por ficarem tão confusos ao lidar com as mulheres, e por saberem às vezes exatamente o que pensamos. Por trabalharem tão duro pelas suas famílias.

E obrigada por chorarem quando ficam emocionados. Por conseguirem falar dos seus sentimentos. Por sonharem em ter um filho. Por sentirem medo. Por serem o nosso complemento perfeito.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aquelas pessoas tão legais...


Eu admiro muito as pessoas legais.


São aquelas que sabem ser agradáveis e conversar em tons amenos com qualquer um, de forma que quando saem de uma sala, deixam alguém sorrindo em um canto. Ou então, quando é lembrada para algum evento, as pessoas sempre dizem assim: “isso, vamos convidar o fulano, ele é tão legal...” As pessoas legais sabem fazer os outros sorrirem, estão sempre alegrinhas e contando casos espirituosos. Elas não entram em disputas de opinião, tem um jeitinho de colocar as suas sob um prisma que combina com o de todo mundo, sem discordar de ninguém. Elas não polemizam, não ficam de nenhum lado. É comum ouvir uma pessoa legal dizer: “Sei que ele te tratou abominavelmente, mas comigo ele sempre foi gentil...”

Fico na dúvida se as pessoas legais não tomam partido de ninguém por que são justas ou se estão com medo de perderem um admirador, ou ainda, se elas dizem sempre a coisa certa na hora certa por que aprenderam a dizer exatamente o que a gente quer ouvir...

Eu sempre desconfiei de pessoas que não têm uma opinião firme pelo menos, sobre um determinado assunto, ou que estão dispostas, à menor argumentação, a mudar seu ponto de vista, para concordar com o outro. Fico pensando se essas pessoas são de fato dóceis e gentis ou se elas são apenas inseguras, ávidas por aprovação.

O real caráter de uma pessoa legal não precisa de fato ser conhecido, para que ela seja admirada e bem quista. Basta que alguém distribua sorrisos, amabilidades e favores para ser considerada legal? Ou nós  estudamos o interior de alguém antes de elevá-lo a esse status?

A maioria de nós prefere mesmo evitar conflitos e estar ao lado de pessoas leves e divertidas. A solicitude dessas pessoas as fazem ótimas ouvintes quando queremos falar sobre futilidades, intriguinhas sem importância, mas quando temos um real problema, ou quando as requisitamos para as grandes causas, elas fogem como o diabo da cruz. E quando precisamos de um conselho sensato sobre alguma coisa, elas se recusam a opinar, resumindo, uma pessoa legal nunca vai dizer que você está realmente acima do peso, o que seria muito mais proveitoso para você.

Assim, seguimos poluindo nossos relacionamentos com a falsa expectativa de honestidade. Preferimos sugar a alegria de um falso amigo do que suportar as falhas de um amigo que não está disposto a amaciar suas opiniões, mas que será, porém verdadeiro.

E fico pensando se as pessoas que realmente nos amam e se importam conosco são essas que sempre dizem exatamente aquilo que desejamos ouvir, mas que são incapazes de nos segurar no colo quando mais precisamos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Casadas X Solteiras

Quando somos jovens nossa vida tem um formato geralmente padrão: temos suporte da família, todas as nossas obrigações se resumem a estudar e cuidar do nosso futuro (que sempre parece distante demais) e temos uma rede de amigos com os quais construímos nossa história. Somos bombardeados com todas as idéias que representam uma vida adulta, como adquirir bens, segurança, estabilidade financeira e nossa própria família. Mas até certa idade, temos licença para não pensar em coisas sérias, apenas aproveitar a existência, em maior ou menor grau, de acordo com nossa situação na vida.


Eu, como uma das últimas das moicanas do time das solteiras, adquiri a seguinte opinião: nada muda tanto uma mulher como o quesito “constituir família”. Pelo que observo das minhas muitas amigas casadas, casar é quase uma lobotomia. Não me parece muito sensato acreditar que para ser adulta e responsável seja necessário abdicar dos prazeres que tínhamos quando solteiras, mesmo os prazeres mais simples, como ir ao cinema com as amigas. Acuso as mulheres de abandonarem as amigas deliberadamente depois que se casam, e minha acusação fica ainda mais séria quando acrescento um ponto: nossas amigas casadas não só acreditam que estão num patamar de importância superior às meras solteiras mortais, como nos cobram presença como se elas tivessem muito mais o que fazer, e nós muito mais tempo disponível.

Mais de uma vez fui criticada pelas casadas, ainda que em tom de brincadeira, sobre “tomar jeito”. Isso por que vivo uma vida típica de solteira. Gasto dinheiro como que eu quero, viajo quando eu quero, saio e chego na hora que quero. Tenho uma amiga casada que sempre me diz: nunca a vejo desarrumada, sem unhas e cabelo feito, sempre bem vestida... mas você é solteira, tem tempo e mais que obrigação de andar assim". Hein? Desculpe...? Agora é futilidade cuidar de mim, mesma? Isso tudo vindo de uma amiga que, quando era solteira, gastava mais da metade do salário em roupas de grife? Não acho que negligenciar meus compromissos comigo mesma seja ser mais adulta, tanto quanto uma mulher que passa o dia preocupada com os horários dos filhos, com as notas do boletim, com a nutrição da família e com as necessidades do marido. 

Nós, mulheres solteiras, passamos nossas vidas comemorando as conquistas e as escolhas das nossas amigas casadas, mas são raras as oportunidades (de acordo com as normas sociais) em que as mulheres casadas participam das nossas escolhas e conquistas. Por exemplo, fui sete vezes madrinha de casamento de (queridíssimas, diga-se de passagem) amigas minhas. Nas sete vezes eu gastei uma fortuna com vestido de festa, cabelo e maquiagem, presentes, passagens e viagens (quando o casamento era em outra cidade). Quando os filhos nasceram eu fui a chás de bebês e batizados, mais presentes. Se contabilizarmos, quando é que uma mulher solteira tem a chance de ser prestigiada por suas amigas, e contar com a presença obrigatória delas? Aniversário não vale, pois todos, casados ou solteiros, fazem aniversário! E as amigas casadas dão sempre uma desculpa para não vir às nossas festinhas de solteiras.

E a reclamação que as casadas vão achar mais infame da minha parte, mas é legítima, e baseada em algo que sempre ouço de uma querida amiga (que vai se reconhecer ao ler isto) é: "nunca coloque uma mulher bonita e solteira dentro da sua casa". Como assim? Por acaso as mulheres solteiras são maníacas que vão atacar o seu homem assim que você  for ao banheiro por cinco minutos? Será que o fim da vida das solteiras é perseguir os maridos honestos das amigas? Será, pelo amor de Deus, que seu marido é tão gostoso assim? E por fim das contas, será o seu marido um animal anencéfalo no cio que assim que estiver diante de uma mulher solteira vai esquecer todo o amor e compromisso que tem com você? E por último, será que as mulheres casadas que frequentam sua casa são assim tão mais confiáveis que as solteiras? Cuidado... Você pode estar se enganando sobre quem é o inimigo!

Não espero que com esse desabafo eu dê a entender que estou comparando a vida das mulheres casadas e das mulheres solteiras, numa escala de melhor ou pior. O que eu quero dizer é que sim, vivo uma vida plena como adulta, porém, fiz escolhas diferentes das escolhas feitas pelas casadas. Claro que eu também queria ter encontrado já meu grande amor, claro que eu queria ter uma família minha, um bebê rosado para alimentar, fazer românticas viagens a dois e outros prazeres da vida de casada. Mas desconfio que às vezes, essas mesmas amigas que me criticam morram de saudade da época em que eram solteiras e livres. Assim como elas não desejam os problemas que eu vivo, eu também não desejo nem de longe os problemas que elas vivem.

Acredito que as mulheres casadas e solteiras possam viver em paz, e continuar a amizade que desfrutavam na juventude. E sem se criticarem pelas escolhas que fizeram. Basta entender que cada um vive a vida que escolheu viver.

Sinto muita falta das minhas amigas casadas. Mas não quero ser cobrada por ser a única a responsável por manter nossa amizade. Será que elas poderiam, entre uma mamada e outra se lembrarem de me mandar um e-mail? Prometo que, entre uma reunião ou outra, irei responder...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Errou? Deleta!




Não importa onde a humanidade irá chegar com todos os seus avanços tecnológicos... O mais devastador e fantástico deles será o dia em que o homem inventar o botão “delete” para apagar do passado todos os dias ruins da sua vida, todas as conseqüências ruins desses dias, e ser capaz de voltar nos próprios passos para refazer sua história.


Quem não teve um dia ruim?

Alguns dias ruins são culpa nossa, obviamente... São aqueles dias em que podíamos ter feito algo de bom, mas por algum motivo, agimos como completos idiotas. Falamos o que não devíamos falar. Fizemos o que não devíamos fazer. Amargamos um arrependimento que parece destruir nossa alma, nossa autoestima, nossa reputação. Pode reparar, um idiota se apodera de você sempre que você mais precisa ser a pessoa inteligente e equilibrada que é: o dia de uma entrevista de emprego, o dia de um primeiro encontro importante em que você deseja impressionar alguém... É sempre assim. Aliás, isso já foi mais que conceituado por um tal de Murph...

Mas não paramos por aí... Existem os dias em que fizemos tudo certinho. Empenhamo nos. Mas, por causa de um detalhe, de algo que esquecemos ou por um golpe de sorte, acabamos fudendo tudo, ou fomos fudidos pelo imprevisto. Nesses dias, não adianta ter um anjo da guarda. O acaso, o universo, a lei da física, os signos do zodíaco, os planetas, tudo se alinha com o objetivo de acabar com a gente...

É difícil superar os problemas. Aprender com eles. E ficar mais forte depois. E rir do ser ridículo que existe em todos nós...

Mais fácil e romântico seria mesmo o botão de “delete”.

Muitos embaraços, arrependimentos e transtornos seriam evitados.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dia dos Namorados sem namorado!


Caros leitores!


Vocês sabem como detesto momentos “auto ajuda”. Mas esse dia dos namorados vai ser muito especial para mim, portanto eu não poderia deixar de escrever sobre isso. Se vocês estão se perguntando se apareceu um amor avassalador na minha vida, sinto muito, mas no momento não estou protagonizando nenhuma personagem da Julia Roberts. Esse dia dos namorados vai ser muito especial por que é o primeiro, em muitos anos, que passarei solteira!

Como todos os meus leitores sabem, eu passei a maior parte da minha vida sendo a namorada de alguém, ou seja, são muitos e muitos dias dos namorados em que já vivi muitas situações ternas, apaixonadas, decepcionantes e até mesmo odiosas. Com larga experiência no assunto, posso dizer que já vivi meu quinhão de ilusões amorosas, já desenhei coraçãozinho no papel, já gastei solas de sapato em shopping lotado procurando o presente perfeito, já cozinhei jantar romântico, já fiquei horas em fila de restaurante da moda (e horas e horas e horas), em engarrafamentos para viagens românticas, já fui em pizzaria barata quando estávamos sem grana, já passei o dia dos namorados brigando dentro de um carro debaixo de chuva, já fiz uma viagem de ônibus numa madrugada inteira só para passar um dia com alguém... ufa... ser uma namorada perfeita dá trabalho demais, mesmo que seja um dia no ano.

É por isso que o post de dia dos namorados esse ano vai para as pessoas solteiras. As pessoas que passam o ano tranqüilas e felizes, mas caem em depressão nesse tal de dia 12 de junho.

Na verdade, para nós, preparei um dia dos namorados mais que especial. Esse dia em que você está suspirando por um amor platônico, nesse dia que você vai lembrar-se do seu ex namorado com dor no peito, nesse dia que tudo o que você vai conseguir ver são casaizinhos fingindo-se perfeitos e apaixonados (é, pois é, eu sei que essa fachada existe, mesmo por que já fui assim), eu tenho uma sugestão. Faça como eu, passe o dia com a melhor pessoa que você poderia estar na face da terra – você mesmo!

Afinal, todos sabem como é gostoso curtir ao lado de alguém... Mas cá pra nós, é muito, mas muito bom mesmo ser livre! Simplesmente fazer o que se quiser, na hora que se quiser, sem precisar dar satisfação para ninguém. Passar o dia na cama, de preguiça, sem hora para levantar... Tomar café da manhã demorado, lendo um jornal... Tomar banho com tempo suficiente para esfoliar a pele, hidratar o cabelo, massagear as celulites, sem ter ninguém te esperando, te apressando, reclamando da sua demora.

E se é o ritual do presente que te agrada, vá ao shopping (argh, maratona...) e escolha um presente para você mesmo... Peça para embrulhar bem lindo e entregarem na sua casa. Ou coloque sobre sua mesa e abra no dia dos namorados. Escreva-se uma declaração de amor, onde constem todas as suas qualidades maravilhosas. Ah, mime-se um pouquinho... Você vai esperar a vida inteira por alguém que aprenda seus gostos e desejos? Por que não realizá-los já?

Seja a coisa mais importante da sua vida! Você é uma pessoal legal, bonita, esperta. Você tem sonhos, você tem tanto a viver, apesar de todos os pesares! Pelo menos um dia do ano. Não é muito... Mas já é um excelente começo!



E me desculpem a pegada auto ajuda desse texto. Mas é que eu fico tão romântica no Dia dos Namorados...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ah... o amor!

Em Comer, Rezar e Amar, a autora Elizabeth Gilbert conta a história de uma terapeuta, sua amiga, que prestava serviços em regiões onde as pessoas viveram situações extremas como grandes desastres naturais e guerras. É de se esperar que pessoas que passam por esses desastres estejam traumatizadas. Porém, a autora comenta com bom humor que, apesar de terem perdido tudo, de estarem mutiladas e destruídas, essas pessoas discutiam seus relacionamentos amorosos, como se nada fosse tão desastroso quanto um amor fracassado.


A verdade é que as pessoas lutam muito por suas carreiras, seus sonhos, seus objetivos, mas no fundo, no fundo mesmo, o que todo mundo quer é viver um grande amor. O que a grande maioria deseja, não importa o sexo, a religião, a orientação sexual, a idade, é que, após ter construído tudo o que era necessário construir na vida, toda essa tarefa seja coroada com um companheiro (a), alguém para partilhar os lances que vemos em filmes românticos. Alguém para nos acompanhar naquela grande viagem. Alguém para dividir uma taça de vinho junto a uma lareira acesa. Alguém para nos emprestar seus sonhos e seus talentos. Talvez alguém para casar, ter filhos e amenizar a solidão da velhice. Alguém que faça com que nossos dias tenham sentido.

A contradição é que, hoje em dia, a maioria das pessoas que passaram dos 30 anos solteiras, tem dificuldades em se relacionar e encontrar uma companhia legal. Muitos fatores estão aí envolvidos. É claro que nessa idade, as pessoas estão mais exigentes, mais maduras, mais seletivas. Elas buscam um amor mais ponderado e não estão dispostas a abrir mão de muita coisa para que isso aconteça. Já estabeleceram seu estilo de vida e esperam alguém que se encaixe nele, sem precisar fazer muitos ajustes e viverem muitos conflitos.

Mas é aí que todos nós estamos errados. O amor é por definição algo inexplicável, surpreendente e imprevisível. Nem sempre aceita nossas regras e nos trata com rebeldia. E é aí que perdemos grandes oportunidades de vivenciar o tal do amor, em sua faceta mais incrível: a imperfeição. Por que achamos que existe um amor “certinho” para nós?

O amor nem sempre é bem sucedido, e nem sempre vai apresentá-lo para seus pais com orgulho de dizer um título antes do seu nome. O amor pode ser bem chato quanto está de TPM, e muito grosseiro quando está chateado com o trabalho. O amor pode não ser tão fiel quanto gostaríamos, e às vezes pode não resistir à tentação do mundo após uma grande briga. Ah, é, o amor briga. E como briga! O amor não manda flores todo aniversário de namoro ou casamento. O amor pode até morrer de medo do tal casamento. O amor pode ter dificuldade para ter filhos. O amor pode também, viver do outro lado do mundo, e por mais que ele tenha lindos olhos azuis, você vai ter coragem largar a sua carreira, a sua família, os seus amigos, sua língua e sua pátria e de atravessar o Atlântico por ele?

Além disso, desculpe, mas o amor não vai salvar sua vida. Você pode estar perdido, desempregado, frustrado, solitário e deprimido, que o amor não vai resolver nenhum dos seus problemas. Pode viver achando que o que lhe falta é amor, mas nem sempre é isso. Talvez lhe falte auto-estima. Talvez seja o caso de mudar de emprego ou batalhar para um curso de aperfeiçoamento e tentar um emprego melhor. Talvez tudo o que você precise é de terapia... Mas não de amor. Cuidado. O amor tem muitos benefícios, mas não faz milagres em uma vida estragada pelo pessimismo e pela má vontade.

Odeio admitir, mas o ônus do amor é mesmo nos deixar felizes. Mesmo que a gente já seja feliz. É estranho, né... Mas é isso mesmo. O amor é um bônus a mais. Não o tempo inteiro. Mas, às vezes, você teve um dia desgastante, está cansado, já de pijama, rezando para tudo acabar, aí então, você se lembra de alguém, um sorriso, um beijo roubado, uma declaração ao pé do ouvido. E começa a sorrir. Simplesmente.

O amor tem a faculdade de fazer com que uma jornada pareça mais fácil. A gente pensa que é por que tem uma mão para segurar, ou então um ombro para se encostar, e até mesmo pensa que tem outro par de braços para nos carregar. Mas não é nada disso. O bom do amor não é que ele carrega a gente no colo, e sim que ele distrai nosso coração. Dessa forma, distraídos, damos menos importância para nossas dores de cada dia, para nossos problemas. E eles parecem menores. É por isso que os flagelados das guerras nem se lembravam das suas perdas, mas dos seus amores.

É assim com todo amor. Amor de mãe. Amor de amigo. Amor romântico.

O amor é só o amor. O resto é a gente mesmo que faz.

E para finalizar, deixo duas citações para serem pensadas. Lennon disse que tudo o que precisamos é amor. Bom, eu preciso de um pouquinho mais. Mas admito concordar com Machado de Assis quando ele diz:

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar. ...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Beleza é fundamental...



Vejo por aí que a antiga prática de rotular as mulheres com coisas do tipo “mulher pra casar”, “Amélia” e “mulher poderosa” ainda não é coisa do passado. Enquanto alguns politicamente corretos insistem em dizer que mulher tem que ter conteúdo, tem que ser batalhadora, tem que se gostar como é e não ficar neurada com aparência, sabemos, na prática, que ser bonita conforme os padrões vigentes tem sim, a sua glória. Qualquer mulher inteligente sabe como é bom pensar por si própria e que independência traz felicidade... Mas qualquer mulher também sabe que ser bonita e gostosa abre portas. É hipocrisia qualquer opinião que negue esse fato.


Portanto, não adianta dizer que fútil é a ratinha de academia, que faz dieta loucamente e que sonha com próteses de silicone. Por mais perfeita que uma mulher seja, a grande maioria de nós ainda tem algo em seu próprio corpo com o que não está completamente à vontade, mesmo que seja um defeito imaginário, e quer ser desejada e admirada não só pelas suas teses de doutorado. Por mais diplomas que uma mulher tenha, ela ainda vai pirar diante de um sapato incrível na vitrine de um shopping e mesmo sendo super culta, uma mulher ainda vai se sentir insegura quando quiser impressionar um homem por quem esteja interessada. Acho bobagem a gente brigar contra nossas essenciais características femininas.

Desculpem-me as feias, mas desconfio muito da mulher que diz que não tem tempo de passar batom, fazer escova no cabelo ou dar a vida por uma sessão de abdominais. Acho até anti-natural. Gostaria de lembrar que uma das maiores estadistas da história da humanidade tinha uma arma infalível, sua capacidade de seduzir. Sim, estou falando de Cleópatra, a faraó que regeu um dos maiores impérios do mundo, o Egito, e colocou nada menos que dois césares de Roma de quatro. Até mesmo nossa presidenta, Dilma Roussef, precisou de um up na aparência para vir a ser eleita. Meninas, inteligência em uma mulher pode ser uma bênção, mas beleza é nossa fonte natural de sucesso. Nunca descuidem da sua!

O que eu quero dizer? Muito simples! Que não existe a Amélia, nem a Mulher Maravilha! Não mais! As mulheres de hoje podem se dar ao luxo de serem muitas ao mesmo tempo, dependendo do seu humor. Podemos ser mimadas, futeis, intelectuais, moderninhas... Uma a cada dia da semana... Qual de nós nunca acordou com uma vontade louca de fazer mil compras, trocar o esmalte, maquiar até o útero! E qual de nós nunca deixou de ir para a balada para fazer jantarzinho para o namorado, por mais super profissional que seja?

Chega de rótulos. Chega de padrões. A novidade é que as mulheres não precisam mais queimar sutiã na praça para serem ouvidas, muito menos despir dos seus ícones de feminilidade. Nem precisamos nos brutalizar e parecer mais fortes do que somos, nem menos mulheres.

Vamos à luta sim. Armadas e muito bem preparadas. E não importa onde vamos chegar. Chegaremos lindas!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Futebol para Mulheres - De olho na temporada


Muitas mulheres não gostam de Futebol e não acompanham seus companheiros nessa delicada paixão por pura... ignorância! Na verdade, futebol é o esporte mais divertido que existe, mesmo por que há por trás do esporte em si toda uma rica cultura de paixões e rivalidades intolerada injustamente por muitas de nós.


A verdade é que o Brasil não só é o país do futebol, como também o país do machismo... Grandes mulheres nos provam que isso felizmente é coisa do passado, graças a Deus. Depois da Marta (a melhor jogadora do mundo eleita pela FIFA um bilhão de vezes seguidas) da Patrícia Amorim (primeira mulher a assumir a presidência do maior e mais popular time de futebol do Brasil, o Flamengo), Silvia Regina de Oliveira (a primeira árbitra a apitar jogos no Brasil e que hoje é diretora escola de árbitros paulista), o futebol definitivamente é sim, coisa de mulher.

Então, vão aqui algumas informações para as meninas que torcem o nariz para o futebol apreciarem mais o esporte, entenderem e curtirem ao lado dos seus namorados, maridos, amigos, pais e irmãos essa grande paixão.

Nota básica Importante: Você não escolhe o time para o qual vai torcer. Isso geralmente está no seu sangue. É uma coisa irracional mesmo, que remonta sua infância. Uma vez que você torce por um time, você deve ser fiel a ele até a morte. Você pode trocar de marido, de profissão, de emprego, de cor de cabelo, de sexo, mas nunca, nunca trocar de time. Isso é uma heresia futebolística punida com a morte.

Para começar o curso, vamos acompanhar as principais competições que rolam por aqui:

Após as férias de Janeiro, no Brasil, começam os campeonatos estaduais. Cada estado brasileiro elege o seu melhor time. O regional é um bom período para os clubes testarem novos jogadores, árbitros, a sintonia do time, esquemas táticos etc. Nessa época também geralmente acontecem as disputas da Copa do Brasil e A Taça Libertadores da América.

- Copa do Brasil: É o segundão na escala de importância dos campeonatos nacionais. É uma disputa tipo mata-mata. Cada time joga duas vezes com o adversário de sua chave. Fica na disputa quem fizer mais gols na casa do adversário e levar menos gols em casa.

- Taça Libertadores da América: É um importante campeonato interclubes da América do Sul, e recentemente também aceita times do México. O vencedor conquista uma vaga para um Torneio Mundial. Uma curiosidade é que o título da competição é uma homenagem a grandes líderes sul americanos como: Dom Pedro I, Jose de San Martín, Simon Bolívar, entre outros.

Lá para o mês de maio começa o...

Campeonato Brasileiro (mais conhecido por Brasileirão). É uma disputa interclubes por pontos corridos e a mais importante do futebol brasileiro. Cada vitória vale 3 pontos, empate 1 ponto e derrota não pontua. Ganha fechar a temporada com mais pontos.

- Copa Sul-americana: É um campeonato que cresceu aos olhos brasileiros, pois agora vale uma vaga para a Taça Libertadores da América. É como se fosse a Copa do Brasil, mas é uma disputada por vários times da América do Sul. Acontece geralmente no segundo semestre do ano.

(Opinião da Fernanda: para mim, o campeão Brasileiro deveria merecer uma vaga no Mundial. É um campeonato de qualidade técnica muito superior à Taça Libertadores da América, pois é disputado por times de elite brasileiros. E vamos combinar que o Brasil tem o melhor futebol do mundo!)

Vou ficar por aqui com o Futebol para Mulheres.

No próximo post sobre o tema, vou falar um pouco sobre as regras do futebol, ou seja, que raio é o tal de impedimento? O que é esquema tático? Quem afinal são os volantes, os pivôs, os zagueiros, os centro-avantes? Quem o árbitro pensa que é e para quê ele serve? E por que todo mundo xinga tanto a mãe desse cara?

Não perca!



Conceito básico da rodada: “fazer cera” – na linguagem do futebol, fazer cera significa fingir uma contusão e ficar rolando no campo, demorar para devolver a bola para o jogo, cobrar uma falta demoradamente, tudo para gastar o tempo do jogo quando o resultado está sendo benéfico para o time. Nem sempre sai impune. Fazer cera pode render ao jogador um cartão amarelo.

sábado, 7 de maio de 2011

Para minha mãe



(e para todas as mães que são as melhores mães do mundo)

Por que é que as coisas mais importantes nunca são ditas literalmente? Não, elas ficam em algum lugar entre a suspeita e alguns gestos, que falam tudo, mas sempre deixam uma lacuna. Por que eu sempre deixo para dizer que amo você e que a admiro muito nas ocasiões especiais, nunca diariamente, como seria justo e correto? Por que você me ensinou a ser assim. A poupar meus sentimentos para as horas mais apropriadas, como se eles pudessem gastar se fossem usados indevidamente. Assim como eu deveria guardar meu melhor vestido para a melhor festa. Nada mais improvável de se gastar com o uso do que o amor que existe entre nós.

Por mais que eu tenha chorado e jurado que não ia seguir seus passos, vejo muito de você em mim mesma. Parece que a gente não pode mesmo fugir de quem é, e uma mulher é sua mãe, sua avó e todas as mulheres que a precederam. Minha recusa em perder uma discussão e a questão que eu faço de ter sempre a última palavra. A minha força em me manter firme e inabalável mesmo diante do maior desafio. A teimosia (que você tanto tentou repreender quando eu era criança). A secura e a quase arrogância. Um par de joelhos ossudo e veias muito marcadas nos antebraços. Ficar horas perdida na leitura de um livro. Coisas suas impressas em mim, como um controle de qualidade, um selo de proveniência. Só não consigo aprender a cozinhar. Não com a sua perfeição.

Mas algumas coisas eu não sei, eu não consigo sozinha. Por menos que você possa solucionar minha vida, dá uma segurança imensa saber que posso chorar no seu colo, ou que vou ter uma sopinha quente quando ficar doente. Coisas de mãe que tem o condão de colocar a gente num prumo.

E as lições. Não aquelas que você quis me ensinar, mas as que você me ensinou sem querer. Essas que aprendi olhando para você e observando seu comportamento. Obrigada por me ensinar essas lições. Um amor sem limites estava oculto nelas, pois você também nunca foi de declarações explícitas. Eu disse oculto? Injustiça. O amor está explicito em cada prato que você cozinha, no seu desvelo em vasculhar a minha vida para saber do meu bem estar, nas críticas e nas proibições, nas cobranças e até nas vezes que a odiei. Somente um amor assim é capaz de transcender um peito revestido contra intempéries e acostumado à sofrimentos guardados, dores muito profundas. Na superfície você brilha, com humor, risadas altas, longos discursos e até certa ingenuidade.

Ah, meu reconhecimento, sim, vai todo, inteiro, para essa mulher com nome de rainha, que quer dizer “consagrada por Deus”, Elizabeth. Se Deus existe, ele criou as mães. E esse foi seu maior feito.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A pessoa certa... na hora errada!

Um amigo meu acabou de conhecer uma pessoa incrível. Foi numas férias no litoral. Segundo ele, sete dias ao lado de uma garota como ele nunca havia conhecido antes. Uma pessoa totalmente arrebatadora, responsável, independente e charmosa. Obviamente, ele ficou muito encantado e a coisa fluiu magicamente. Ao voltarem de férias descobriram que eram praticamente vizinhos e o romance engrenou de verdade. Até, é claro, ele perceber que estava muito envolvido e resolver “dar um tempo”. Ele queria fazer mais viagens, sair sem compromisso com outras mulheres, passar noitadas em baladas até se amarrar a alguém seriamente, pois vinha de um namoro problemático, de alguns anos.


Uma semana depois do “dar um tempo”, ele esbarra com a moça num restaurante, na companhia de um rapaz simpático. Pois é, ele ficou arrasado! Será que ele achou que essa moça incrível ia ficar disponível a vida inteira, até que ele pudesse cair na real e perceber que tinha algo valioso nas mãos? Não, né...

Como meu amigo, muitas pessoas “deixam de viver”. Elas abrem mão de relacionamentos promissores para “curtir a vida”, e decidem quando é hora de se entregar e quando é hora de viver prazeres momentâneos, como se pudéssemos planejar cada movimento da vida, como se tivéssemos controle sobre o acaso.

Muitas vezes ouvi dizerem a frase: a pessoa certa na hora errada. Confesso que acho isso a maior babaquice. A pessoa certa não tem hora marcada para aparecer. A gente é que decide a hora de viver, como e quando. E relacionamentos são como oportunidades de emprego, ou oportunidades de investimentos. Nem sempre aparecem quando estamos preparados para eles. Quantas vezes nos se apresenta um investimento que não temos como bancar, e se tivéssemos, o lucro seria certo? Lamentamos. Ou então, vamos correr por um empréstimo. Pois oportunidades devem ser agarradas quando aparecem, ou elas podem não aparecer mais.

Com as pessoas é a mesma coisa. Quando deixamos de viver aquilo que a vida colocou no nosso caminho por medo, por achar que “não é a hora certa” ou com a pretensão de “curtir a vida”, estamos arriscando a chance de uma felicidade que pode nunca mais vir. Quando o coração dispara por alguém, é o nosso organismo nos avisando: essa pessoa vale a pena, essa pessoa é especial. Infelizmente, na hora, não vislumbramos o risco que estamos correndo. O arrependimento só vem tempos depois, quando é tarde demais.

Afinal, curtir a vida é algo que pode ser feito ao lado de alguém que amamos. Aliás, nesses casos, a curtição é bem melhor, ou maior. Diferente, mas também satisfatória. O que não vale é deixar de viver. Nenhuma curtição vale adiar as nossas vidas, que como sabemos, são curtas.

Ah, o conselho que dei a meu amigo? Paciência, irmão! A gente tem que saber perder quando não foi competente o suficiente para ganhar...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Chocados com a tragédia de Realengo? Pois é...

Vendo a comoção causada pela chacina do Rio,





Ver matéria

não posso deixar de ter um pensamento: vocês, que estão tão chocados, em que mundo vocês vivem? Será que as pessoas andam dormindo e aí, quando acontece uma tragédia dessa proporção, todo mundo resolve abrir um olhinho e dar uma espiada, e então se lamentar?

Pena que esse olhinho vai se abrir, expressar algumas frases de praxe como “onde é que nós estamos?”, e vai voltar a fechar para o problema da educação no Brasil. Ou vocês não sabem a situação das escolas da periferia brasileira? Vocês não sabem que alunos armados em classe é corriqueiro? Vocês não sabem que vira e mexe alguém é baleado na porta de uma escola, para não ir tão longe, no Palmital por exemplo, ou algum professor é ameaçado pelo líder (que muitas vezes não passa de um menino) de alguma gangue? Vocês não sabem como é comum que a violência e o tráfico ditem as normas nas escolas do Brasil?

Eu é que estou chocada com a sociedade brasileira. Capaz de eleger uns Bussolnaros da vida, capaz de colocar a mão no rostinho e dizer: oh que tragédia, mas incapaz de compreender que esse é só um fato pontual, triste, inadmissível e incompreensível, mas representativo do problema da violência, do acesso às armas, da educação deficiente, da falta de ação dos nossos políticos, de projetos de leis que visam melhor segurança e propiciar o desarmamento do brasileiro parados.

Em 23 de Outubro de 2005 63% da população votaram pelo NÃO ao desarmamento. Agora estamos todos chocados quando um moleque psicopata pega uma arma calibrada com equipamentos de fácil acesso pela internet (fácil acesso inclusive no custo) e chacina crianças inocentes em uma escola.

Parabéns, Brasil!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Perdão: até onde conceder?

“Errar é humano. Perdoar é divino“.






Com essa frase de conhecimento popular, começo minha reflexão de hoje, consciente de que todos nós, em maior ou menor grau, fomos magoados, agredidos ou decepcionados por alguém em quem confiávamos. Em muitos casos, parece que a mágoa atinge níveis catastróficos, pois o mais comum é detonar o fim do relacionamento com a pessoa em questão. Até onde devemos perdoar as pessoas e até onde é possível salvar um relacionamento machucado por uma grande mágoa?

As religiões nos dizem que o perdão enobrece a alma. Vai dizer isso a uma pessoa que foi muito agredida ou machucada por outra, de forma irreversível! O perdão parece uma grande piada quando o efeito da mágoa é avassalador. Parece até mesmo uma coisa errada e injusta. Mas para as situações cotidianas da vida, o perdão é absolutamente necessário. Pois nada mais danoso que o efeito de uma grande mágoa no coração da gente. E o alívio de perdoar aquela dor causada e esquecer. Perdoar e esquecer tem efeito de bálsamo na alma, falo isso por experiência própria.

Mas algumas pessoas tem o péssimo hábito de fazer do perdão uma autorização para continuar um comportamento inaceitável com as outras. Partem do princípio de que, se foram perdoadas uma vez, serão continuamente. E se valem da pré-disposição à benevolência do outro para se safarem de situações desagradáveis. É aí que eu penso que o perdão é inadequado. Afinal todo mundo merece uma segunda chance. Mas não merece uma terceira, nem uma quarta e muito menos uma quinta.

Recentemente estive às voltas com meu coração, sobre um perdão que eu questionava se deveria conceder ou não. Na verdade, a pessoa em questão já havia destruído, com seu comportamento, a maioria dos sentimentos positivos que eu tinha em relação a ela, e não me envergonha dizer que eram os mais nobres e sinceros que já fui capaz de produzir na minha insignificante existência. Eu não podia permitir que ela destruísse também a possibilidade de reproduzir esses sentimentos no futuro, com pessoas realmente merecedoras deles, nem os sentimentos positivos que eu tinha em relação à vida, aos meus próprios sonhos, a minha alegria de viver.

Quem concede o perdão, não raramente, busca a gratidão e o reconhecimento. É um erro. Muitas vezes as pessoas que nos magoam o fizeram pela incapacidade de valorizar o sentimento do outro, e não vão se sentir gratas por terem sido perdoadas. O perdão deve ser um presente para nós mesmos e não para o outro. É por isso que ele é tão valioso...

Se eu perdoei? Estou batalhando firmemente para que isso aconteça. Como? Enviando bons pensamentos à pessoa que me feriu. Desejando de todo o coração que ela seja feliz e que aprenda a valorizar mais os sentimentos dos outros, as graças da vida, o amor, a lealdade e acima de tudo, as pessoas especiais que por ventura aparecerão em sua vida. Incluindo-a em minhas orações. E pedindo, mentalmente, perdão pelas possíveis falhas do meu próprio caráter que possam ter estimulado o mau comportamento a que fui submetida.

Se isso faz bem a essa pessoa eu nunca vou saber. Mas faz bem para mim e para meu coração. No fundo, o perdão também é uma forma de cuidarmos de nós mesmos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mania de Ser Feliz...

Muitas pessoas, se questionadas, não saberão dizer o que é Felicidade para elas. Hoje o ideal de FELICIDADE está tão sofisticado que é quase inalcançável para a maioria de nós, mortais. E tudo o que fazemos e construímos tem um objetivo: alcançar a felicidade. Mas o que se percebe é que cada vez mais as pessoas estão sofrendo. Sofrendo com a violência, com a falta de sabedoria para conduzir suas vidas, com depressões e problemas psicológicos, com frustrações.


Se analisarmos friamente, o que é a felicidade? Um produto criado pela mídia e comprado por nós para divulgar outros milhares de produtos que parecem ser indispensáveis na nossa vida - e consequentemente, nossa felicidade. Um carro novo. Um aparelho de tecnologia ultramoderna. Um apartamento de cobertura com vista para o mar. Uma conta bancária recheada. Pessoas perfeitas, lindas e sorridentes cruzando nossos caminhos todos os dias. Sucesso. Muito sucesso. Em todos os âmbitos da existência. Viagens fascinantes. Beleza incondicional. Paralisação do envelhecimento. Coisas e mais coisas pelas quais podemos pagar. Desde quando a Felicidade se tornou um bem que podemos comercializar?

Se vivêssemos com o objetivo de viver, a felicidade cairia para segundo plano. E existiria, apesar dos pesares. Por que a felicidade é tão somente a maneira como escolhemos enxergar o mundo à nossa volta. Quando eu digo que o nosso objetivo deveria ser viver, quero dar a entender que o que importa na nossa curta passagem pelo mundo, é atravessar cada experiência obrigatória da forma mais intensa possível. Sentir nossas alegrias, nossas tristezas, nossas dores, nossas doenças. Sentir e viver cada minuto, bom, ruim, maravilhoso e desesperador. Por que é para isso que vivemos. Não é para sermos felizes. Não existe um só ser humano na face da terra que não tenha passado pelo seu quinhão de sofrimento e de euforia. E é maravilhoso observar que algumas pessoas tem tanta consciência disso, que se consideram muito felizes, mesmo que não se enquadrem em nenhum modelo pré estabelecido.

Mas se estamos tão obcecados pela tal Felicidade, como viver? Como apreciar as coisas simples e cotidianas que nos são dadas, se estamos de olho em algo sempre idealizado, sempre futuro, sempre fora do nosso alcance? Que obrigatoriedade é essa de ser bom, feliz, pleno, agradável, constante, forte?

Vejo pessoas batalhando incansavelmente para cumprir um objetivo e logo que o alcançam, partem para a próxima batalha. É insano como as coisas mais almejadas perdem o valor quando conquistadas. Por que fazemos da nossa vida uma eterna procura, por que não estabelecemos o momento de parar? Por que estamos esperando a vida COMEÇAR, se nos aproximamos da morte no momento em que nascemos?

Também estou procurando a felicidade, como vocês. Nem sei o que ela é. Às vezes estou em paz, em casa, vendo tudo ao meu redor em seu perfeito lugar. E me sinto ansiosa de repente. Como se estar parada atrasasse minha busca pela tal felicidade. Mas se eu pensar melhor, se eu fechar os olhos e enxergar dentro de mim, vejo a felicidade lá, sorrindo marota, e me dizendo: Aquiete-se, eu estou bem aqui! Eu sou esse momento de paz que você está vivendo em sua casa, sou o programa de televisão chato que você pode assistir jogada num sofá, sou o barulho do vizinho que você pode ouvir por que tem ouvidos, sou seu coração batendo nesse exato momento, vivo!

Então seguro a mão da Felicidade e vamos dançar!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sobre celulite, cafonice e ser gay

Nós mulheres vivemos brigando com a nossa aparência. É só mais uma das nossas guerras. A culpa não é nossa, naturalmente. Existe, por trás da nossa fixação em manter nossas bundas livres da celulite, muito mais filosofia do que pode parecer.

A natureza nos dotou do estrógeno e da incumbência de gerar bebês. Sim, muitas de nós acham que ter bebês é a principal função de todas as mulheres e não lhes tiro a razão. É maravilhoso ser capaz, tão facilmente, de gerar um bebê, quando para a metade da população do planeta isso é impossível. É a prova maior de que existimos acima da dominação masculina ao longo da história da civilização. Mas com o estrógeno vem a celulite. E quando nossos hormônios se retiram da cena, nos abandonam com todos os inconvenientes da menopausa. Às vezes eu penso que não somos mulheres, somos produtoras de hormônios. Eles determinam quem somos. Nosso bom humor. Nosso mau humor. Nossa disposição. Somos quase movidas a hormônios.

Mas ainda assim, lutamos contra a celulite. Se ter celulite é uma qualidade exclusivamente feminina, por que lutar contra isso? Seria uma revolta contra a nossa condição feminina? Não é mais ou menos como ir ao médico e pedir: Doutor, retire-me esses seios, não gosto deles. Seriam os tratamentos contra celulite mais uma revolução feminista?

Homens que não gostam de bunda com celulite, atenção. Uma bunda sem celulite é biologicamente antinatural. Os únicos homo sapiens do planeta que não tem celulite na bunda são os homens. Logo, vocês, que têm fixação por bunda sem celulite, preparem-s e para conviver com seu lado gay. Sim, por que uma bunda sem celulite e bem durinha é uma coisa masculinizada. Mas tudo bem. Ser gay não é mais uma opção sexual. É uma filosofia de vida.

O mundo hoje em dia é gay! Eu mesma sou bem gay... Não, não sou lésbica. Sou gay mesmo. Ser gay é ser in, é estar em dia com as novas linhas de pensamento vanguardistas, é acreditar num mundo mais alegre, menos sisudo, muito glamoroso. É gostar de beleza, é lidar com a sexualidade sem fantasmas, assumindo o que você é com orgulho: freira ou puta. É explorar o lado fashion e sensível do ser humano. Isso é ser gay. Muitos homens com H que conheço, héteros de carteirinha, são gays. E muitos gays que eu conheço são tão cafonas que nem podem ser gays (no meu conceito).

Ah, também estive pensando um pouco sobre ser cafona. Novo conceito para cafonice. Cafona geralmente é algo ultrapassado, gasto, que cheira a naftalina e faz a gente ter sobressalto de desgosto. Imagina uma calcinha da sua avó... Então, isso é cafona. Agora, no meu repaginado conceito de cafonice está tratar mal as pessoas. Sabe aquela frase assim: “você sabe com quem está falando?” usada geralmente para intimidar pessoas humildes? Nossa... nada mais cafona... Parece ter saído do vilão da novela do Gilberto Braga. Aliás, novela é algo cafona, né? Vamos combinar... Do Gilberto Braga então... festival de cafajestes, piranhas, banalização da perda da virgindade, salafrário passando enfermeirazinhas boas para trás, homem velho rico tendo caso com novinha alpinista social, mulher respeitável caindo na cama do irmão safado do marido legal... Ou seja, nada que eleve a alma! Num mundo normal, tudo bem, novela entretém. Mas num país sem referência para a ética e a honestidade, fora de propósito!

Bom, agora que apresentei a vocês minhas novas idéias sobre celulite, sobre ser gay e sobre ser cafona, deixo vocês refletirem sobre a necessidade da celulite para a afirmação do ser mulher, a necessidade de ser gay para ter uma vida mais leve e a necessidade de evitar novela do Gilberto Braga para não acabar cafona!