quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano novo: vida nova





Uma grande amiga minha está com uma gigantesca barriga de 9 meses, esperando que sua filha venha ao mundo quando ela desejar. Não marcou uma cesariana, como a maioria das mulheres hoje em dia. Quer tudo natural, sentir as contrações, fazer força, provar as dores do parto.

Confesso que acho heróica essa vontade dela. Dor é uma coisa com a qual não gosto de conviver, e acho plenamente desnecessária. Ela argumenta que era assim desde o início dos tempos, e que ser mãe é isso, e que as mulheres foram preparadas pela natureza para essa experiência, que ela considera emocionante e única (só espero que na hora H ela não amarele, implorando e dando a vida por uma epidural).

Isso me faz pensar que a vida é um constante estado de renovação e continuidade. Um ano se finda e imediatamente nasce outro. Uma vida se acaba e milhões de outras surgem. Uma estrela explode e outras são criadas. Um amor se acaba (ou é perdido) e logo vem outro mais forte, mais vivo, renovar um coração.

Nada realmente muda, e nada permanece.

É por isso que apesar de todos os pesares do ano de 2009, acredito que 2010 será uma perfeita repetição, e uma perfeita renovação. A virada do ano me faz pensar que sempre é tempo de crescer, melhorar, renovar, renascer. Sempre existe um ano novo, uma oportunidade, uma esperança de alcançar algo que julgamos perdido, ou querido, ou desejado.

É para isso que nascemos. E é por isso que vamos um dia acabar. E continuar... E acabar...

UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS! GRANDES REALIZAÇÕES!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tamanho é documento?

Muitos se lançaram em busca de uma definição para essa milenar questão filosófica. Eis-me para esclarecer os fatos e quem discorda que atire a primeira pedra.

Desde que Vinícius se desculpou com as feias e afirmou que beleza era fundamental, as mulheres esperam uma vingança à altura. Se beleza é fundamental, tamanho é documento sim. E os pouco dotados que me desculpem...

Aliás, essa história de que tamanho não é documento só pode ter sido inventada e divulgada por algum infeliz pouco privilegiado pela natureza, e o pior é que toda mulher sabe que isso é uma balela, mas nenhuma dá o grito. Amigas, sejamos sinceras com os rapazes, e vamos esclarecer logo isso, para que não haja nenhuma esperança em vão.

Também tem aquela história de não saber usar. Não saber usar é mesmo um problema, mas convenhamos, ninguém nasce sabendo. Se o homem tem potencial, há que se educá-lo. E pronto! Caso solucionável. Mas o problema do tamanho do documento não tem saída. Aliás, tem. Basta seguir a luzinha vermelha da placa "emergência" e cair fora!

Mas... até chegar aos finalmentes, como podemos saber? Não se sai perguntando isso para ninguém, muito menos partindo para o exame assim de cara, não é mesmo? Então, como identificar um moço que passe pela alfândega, sem ter os documentos barrados?

Pode-se seguir algumas receitinhas básicas, mas confesso que não sei a eficácia delas. Vocês vão ter que experiementar e me contar depois. Dizem que homens de mãos e pés pequenos são candidatos a não passarem no teste. Também existe a história do nariz pequeno... A do nariz é ótima, basta olhar na cara do sujeito para tirar as conclusões necessárias. Mas mesmo que essa receita não seja muito segura, ninguém merece homem de mãos pequenas... Sabe aquelas mãos másculas, angulosas, compridas, que seguram sozinhas tudo o que precisa ser segurado? São um bom sinal. Nem macias, nem muito ásperas.  São as mãos ideiais de um homem ideal.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O primeiro fio branco



Hoje encontrei meu primeiro fio de cabelo branco.
Claro que eu sabia que eles viriam, cedo ou tarde. E desejei que fosse mesmo tarde.
Na minha família eles costumam aparecer com 25, 26 anos. Às vezes até bem antes disso.
Logo não foi nenhum choque, nem surpresa.
Mas, claro, para nós mulheres os cabelos brancos tem um significado além da vaidade...
Por que nós simplesmente pifamos biologicamente com o passar dos anos. As mulheres pagam um pouco caro por toda a fertilidade e vitalidade dos anos de juventude com a paralização hormonal e genética.
Nossos ossos enfraquecem e nosso viço murcha, perceptivelmente, até se apagar como uma chama.
Por que os homens continuam férteis até o fim da vida, mesmo perdendo todos os cabelos? Por que eles são como o vinho, só aprimoram com o tempo? Por que um homem grisalho é charmoso e uma mulher grisalha é VELHA?
Claro, não pretendo ficar grisalha. Hoje em dia, e mesmo há séculos, temos o recurso da cosmética que permite que haja um disfarce para o que não tem remédio.Há relatos históricos da antiguidade, que narram como as mulheres utilizavam a henna para pigmentar seus cabelos brancos.
Em algumas culturas, a maturidade é respeitada e admirada. Mas não no meu mundo onde os rígidos padrões capitalistas de beleza regem nossa sanidade: ou nos enquadramos ou nos colocamos à margem.
Mas algumas mulheres corajosas e que estão se cagando para esse tipo de imposição social andam assumindo seus cabelos brancos sem neuras e sem L´oreal, suas rugas com orgulho sem desespero por botox, e continuam inexplicavelmente (e talvez por isso mesmo, obviamente) belas e admiradas.
Nunca parei para pensar como gostaria de envelhecer. Talvez porque quando se é jovem, a palavra envelhecer parece algo como a distância entre a Terra e a Lua, ou seja inimaginável.
Mas esse fim de semana eu estava sem maquiagem, o cabelo enrolado e preso de qualquer jeito, acredito que com olheiras por ter passado mal a noite, e por isso indesejável na minha cabeça, quando conheci um rapaz que, durante toda a nossa conversa, foi ostensivamente galanteador, ora elogiando meus lindos olhos, ora comentando como eu tinha o corpo bonito (a namorada dele é norueguesa, logo, deu para entender o que ele quis dizer quando relacionou o meu "corpo bonito" ao fato de eu ser brasileira), ora incapaz de desviar o olhar enquanto eu falava...

Então descobri como eu quero envelhecer: ligando o foda-se. Não me preocupando exageradamente com minha aparência, só o suficiente para me cuidar e me sentir bem - de dentro para fora.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Inocentes...



- Ninguém é realmente feliz!
Essa foi a conclusão óbvia a que uma amiga chegou, após uma dessas noitadas em que sentamos para beber e falar das nossas vidas... Os problemas que se avolumam, as desilusões constantes, os fracassos, nada parece estar no lugar nesses momentos, e quanto mais nos lamentamos, mais arranjamos motivos para nos lamentar.
E não satisfeitas com nossas agruras, começamos a lembrar de todas as desgraças que aconteceram com pessoas conhecidas. "A mãe de fulano tá mal". "Sicrano perdeu o emprego". "Beltrano sofreu um acidente". E por aí vai, chope por chope, uma lista de lamúrias das mais variadas, como se estivéssemos decididas a passar pela nossa mesa de bar, cada infelicidade do mundo.
E ficamos pensando como seria nossa vida, se pudéssemos escolher todo detalhe dela, cada infinitésimo segundo. Dizem que se pode escolher o tipo de vida que se tem, ou o tipo de pessoa que se quer ser, mas o que eu acho é que só podemos tentar sobreviver da melhor maneira com o que temos.
Eu cheguei a conclusão que teria mais dinheiro. Muito mais dinheiro.
"Mas e se você fosse uma pessoa doente?" questiona minha amiga como se dinheiro não trouxesse felicidade.
Eu iria fazer os tratamentos mais caros e mais sofisticados. E ainda que não pudesse resgatar minha saúde, compraria uma cobertura com vista para o mar e morreria ali, felizinha da vida.
"E se você não tivesse amigos ou família?" Continua ela, disposta a me fazer perceber que minha opção por riqueza não era a mais sensata.
Todo mundo tem família. Ninguém nasce de chocadeira. E a minha família e rede de amigos é numerosa demais para que eu tivesse a infelicidade de me considerar solitária. Além disso, com mais dinheiro, eu ia dar uma vida mais confortável para todos que me cercam de forma que todos seriam mais felizes...
E vamos noite a fora pensando: Eu iria fazer compras em Paris, eu iria abrir um hospital para tratamento do câncer, eu iria criar uma instituição de apoio a crianças carentes, eu iria montar um time de futebol (meu time tem até nome FFC - Fernanda Futebol Clube, que também são minhas iniciais: Fernanda Fiuza Calado), eu iria comprar um caminhão de sorteve, eu iria passar férias em Ibiza, eu mandaria a megera da minha cunhada para um SPA...
E então ficamos distrbuindo felicidade e graça entre as pessoas que conhecemos, ou não conhecemos, imaginariamente, como papai Noel...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Resenha!



Fim de semana último assistimos já saudosos a derradeira rodada do Brasileirão, que foi dos mais emocionantes da década! Até ontem, o campeão ainda não havia pintado! Ponto a ponto, vimos arrancadas espetaculares de times que já estavam praticamente de férias, e ainda, a derrocada de times que seguraram a liderança para depois morrerem na praia...




Mas futebol é isso aí.



E quem levou a melhor foi o urubuzão do Flamengo, que num Maracanã lotado, quebrou um jejum de 17 anos!



Bom, para mim, o campeão moral é o Internacional. O time gaúcho brigou desde o início, mostrou raça, compromisso e não teve altos e baixos como a maioria dos participantes. Mostrou uma regularidade incrível. E uma torcida digna de mérito!



Ficamos então com o G-4: Flamengo, Inter, São Paulo e Cruzeiro. Falando em Cruzeiro, foi a zebra do campeonato... O time que entregou a Taça Libertadores vexamosamente no início da temporada para o argentino Estudiantes veio capengando, até deslanchar na etapa final e aproveitar cada pontinho! Oportunista como ele só, teve embates muito tranquilos e acabou conquistanto uma vaguinha para a Libertadores de 2010, desbancando o Palmeiras, o Galo, o Goiás e o Corinthians.



O Corinthias foi minha aposta furada: jurava que esse ano era dele... Que nada!



O Galo... Fez uma primeira etapa exemplar do campeonato, permaneceu entre os quatro primeiros colocados boa parte do tempo, e a torcida monstruosa lotando estádio com uma média de público fenomenal, acabou abrindo as pernas. Culpado: o técnico pode abraçar uns 60% dessa responsabilidade. Celso Roth com escalações desastrosas, acabou modificando demais o perfil do time que levou o Atlético à liderança do campeonato na primeira fase. Jogadores sem perfil atleticano não se encontraram no time e não destacaram, exemplo, Rentería e até mesmo a grande aposta Ricardinho (repararam como o Galo caiu de produção depois que ele veio?). Outros co-responsáveis: jogadores como Tiago Feltri, que eu não sei o que estão fazendo no Atlético, pelo amor de deus, e Carlos Alberto, que tem garra mas não tem técnica... Até Diego Tardelli, o quase artilheiro do campeonato, decepcionou, mostrou corpo mole, ficou ligado demais no estrelismo. O Atlético não deu sorte nem com o goleiro! Enfim, o Galo entregou um campeonato que não quis ganhar, por que todos os dedinhos foram movidos para o clube levantar a taça, menos a vontade dele próprio.



Menções honrosas para o Fluminense e o Botafogo, que escaparam do rebaixamento no sufoco, Fluminense inclusive com vitórias espetaculares!



E troféu bola murcha vai para o Coxa, o Coritiba paranaense, que depois de cair para a segunda divisão, ainda teve que assistir à quebradeira da sua torcida, que se portou sem nenhuma dignidade ao dar vazão à violência e revolta... Nota zero!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Aquelas nossas promessas!

 Este ano eu vou emagrecer 15 quilos, ou vou viajar para o exterior, vou parar de fumar, vou encontrar um grande amor...
Chegou de novo a época das nossas promessas vazias, porém, nenhuma outra época é mais compatível do que o fim do ano para elas...
Nós precisamos de um rito de passagem, de repetir uma mesma prática, de mostrar a nós mesmos que estamos deixando coisas para trás...E começando uma vida nova, ainda que nada realmente mude.
Eu gosto de usar branco, não sei bem por que, sinto-me bem passando o ano assim. Dizem que branco é paz, mas em algumas culturas é também luto, de certa forma estamos enterrando um ano inteiro.
Meu ano de 2009 começou completamente diferente do que está terminando, e fico feliz em perceber quanta coisa boa aconteceu em tão pouco tempo...
Eu pisei em 2009 à beira do mar, carregando algumas feridas que teimaram em não cicatrizar, mas cheia de vontade para o que desse e viesse. E deu. E veio. Na verdade eu mal precisei fazer esforço algum. Tudo se encaixou suavemente em seu nicho, como se eu só estivesse esperando o giro propício do universo.
Talvez a vida seja mesmo simples assim...
O mundo gira e você está onde não quer estar.
E gira de novo e coloca você exatamente onde você desejava.
Tudo é uma questão de tempo, de fé, de paciência, e de perseverança.
Nenhuma situação, por mais desesperadora, é definitiva para quem acredita num mundo em movimento.

Em 2010 eu só quero que todos a quem eu amo estejam em paz e felizes.
Quero poder ver que as coisas têm mudado e melhorado continuamente.
Talvez eu espere que meu time seja campeão.
E também que China e EUA assinem o tratado da emissão de gases poluentes.
São desejos simples, mas para mim, suficientes.

E desejo tudo de melhor para todos que me acompanharam esse ano inteiro pelo Blog, que também comemorou um ano de vida!