quarta-feira, 31 de março de 2010

A Camisa Rosa

Alexandre Kalil e cia conseguiram tudo o que desejavam com uma grande sacada de marketing, como jamais vista no Futebol Brasileiro: a camisa rosa de treino do Clube Atlético Mineiro.

"Camisa rosa é para quem pode! Pergunte a sua mulher ou namorada se ela gostaria de te ver usando. Ela foi feita pra agradar nossas atleticanas", escreveu Kallil no seu twitter.

A novidade causou frisson em seu lançamento, foi recorde de vendas, liderou o assunto no twitter, caiu na mídia e foi mais que falada, comentada, gozada, exaltada. Nas primeiras duas semanas após o lançamento da camisa, os maiores jornais do Brasil mal falavam de futebol, nem o Flamengo, que é o queridinho nacional, nem o São Paulo, que é o papa título do Brasil, tiveram vez, o assunto era o Clube Atlético Mineiro, pela inusitada camisa rosa!

Bom, muito se fala da camisa rosa, que desviou a atenção do principal assunto da jogada: o início tortuoso do Atlético no mineiro e a derrota para o Chapecoense, arriscando a posição na Copa do Brasil. O torcedor Atleticano não sacou que o Luxa tá bem meia boca no Galo, e que essa camisa rosa toda é pra diminuir a pressão do novo técnico? Até agora, mesmo com todos os méritos individuais do Galo, como o oportunismo de Obina, as boas aparições do experiente Júnior, enfim ter acertado no zagueiro, a indiscutível estrela do Tardelli, a verdade é que o Atlético ainda não mostrou futebol esse ano, não trouxe um goleiro que presta, não passou segurança pra torcida e título nem cheira ainda...

Claro que todo mundo tem que ter uma "camisa rosa" na manga! Mas espero que essa camisa rosa do Atlético não sirva somente para movimentar os as "briguinhas" das torcidas e os sets do jornalismo esportivo no país, muito menos para encher os cofrinhos dos fabricantes. Queremos a camisa rosa coroada, por favor!

sábado, 27 de março de 2010

Os Nardoni


Após o exaustivo julgamento do casal Nardoni, o sentimento que resta é de absoluta desolação e pena. Por que, ainda que condenados os réus, há a sensação de que a estrita justiça não foi feita... Que jamais haverá justiça nesse caso.

Como poderia haver justiça? Se duas famílias foram dilaceradas por uma desgraça... Uma jovem mãe para sempre sem a filha querida, duas crianças afastadas dos pais de que precisam, pais obrigados a frequentarem uma penitenciária para visitar os filhos condenados, e todos os outros com essa lacuna insuportável que deve ser a ausência do sorriso de uma criança...

A estrita justiça seria um pai capaz de amar e proteger a filha, de cuidar para que ela crescesse saudável. Uma mulher capaz de aceitar uma enteada, senão com afeto de mãe, pelo menos com a solidariedade que as mães sabem muito bem oferecer às outras mães. Seria uma criança não ser ameaçada dentro da própria casa, e não sofrer uma agressão capaz de levá-la à uma morte trágica... Seria um casal poder criar os filhos e conviver em família sem nunca se tornarem criminosos...

A estrita justiça seria que nada disso tivesse acontecido, porque num caso como esses, não restam réus e vítimas, são todos vítimas...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Desse mal eu não morro!



Sempre haverão pessoas que, ou por incapacidade de alcançar o que desejam em seus caminhos, ou por incapacidade de valorizar o que conquistaram, trabalharão para destruir as outras, para diminuir, para semear um pouco de infelicidade onde só enxergam prosperidade.

Sempre haverão pessoas limitadas, incapazes de ver o sofrimento alheio, que supervalorizarão suas próprias dores, que colocarão pedras para os outros tropeçarem.

Sempre haverão intrigas, fofocas, mentiras. Sempre haverão palavras jogadas na reputação de uma pessoa de bem, com o intuito de manchá-la.

Sempre haverão pessoas que, incapazes de formar o próprio julgamento, se deixarão levar por palavras tolas e sem fundamento. Sempre haverão pessoas que, cegas pela própria estupidez, condenarão antes de julgar.

A felicidade momentânea com a desgraça alheia pode satisfazer esse tipo de pessoa. Mas após o momento de euforia, a amargura e a dor continuarão a roer as entranhas desses seres infelizes, que estarão prontos a fomentar mais misérias...

E assim caminha a humanidade, contaminada por esse verme arqueroso chamado INVEJA.

terça-feira, 23 de março de 2010

Por um mundo acessível


Estou achando bem interessante a novela das oito "Viver a Vida" abordar o tema das pessoas com necessidades especiais, através da personagem Luciana, a modelo patricinha que sofre um trágico acidente, fica tetraplégica e passa a utilizar uma cadeira de rodas para se locomover.

Claro que o tema é colocado do jeito Global de ver o mundo: Luciana é rica, linda e isso faz toda a diferença. E se a vida dela já é difícil, imagina a das centenas de pessoas "comuns" que são portadoras de necessidades especiais... As pessoas que não tem grana para fisioterapia, para cadeiras eletrônicas de última geração, para aparelhos adaptados...

Porém, esse não é o pior lado da moeda. O pior lado é que essas pessoas, que mesmo capazes de exercer atividades produtivas e de serem independentes, ainda que interajam com o mundo de forma diferente, encontram em obstáculos simples de remover suas maiores dificuldades: escadarias sem fim, calçadas sem rampas, degraus, portas estreitas, bebedouros e orelhões altos, banheiros sem barras, sem torneiras com sensor e sem vaso sanitário adaptado, etc.

Pelo menos a novela está mostrando a importância do portador de necessidades especiais reclamar os seus direitos. E mostrando como é simples para essas pessoas viverem normalmente, com medidas simples, acessíveis... como uma rampa faz toda a diferença no mundo delas...

Para finalizar o post, vou contar um caso que aconteceu com minha irmã, que é cadeirante: ela estava num ponto de ônibus, e depois de horas esperando, veio um veículo adaptado. O motorista pediu para ela esperar, e mandou que todos os outros passageiros no ponto subissem no ônibus. Quando ela foi entrar, ele fechou a porta, arrancou e foi embora, alegando que o carro estava cheio demais...

Se você estivesse dentro desse ônibus, observando essa cena, qual seria sua atitude? É um caso a se pensar...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cigarro?


Então, a partir de Abril, nada de fumar em lugares fechados e públicos, bares e boates em BH.
Muito bem, essa medida é muito válida. Na verdade, ela pretende coibir o tabagismo através da pressão psicológica. O fumante acaba ficando constrangido de fumar diante das pessoas, como já ocorre muito hoje em dia: as pessoas têm vergonha de fumar, pois está sendo difundido na mídia como fumar é feio, é burrice, é coisa de gente demodé e ignorante.

Mas eu realmente não concordo com os fumódromos, locais fechados onde os fumantes são obrigados a se confinar para fumar, nos locais públicos. Isso me lembra uma zona de quarentena, onde os leprosos era colocados para não contaminarem as outras pessoas, e isso é um ato extremo de segregação que fere tanto os direitos humanos quanto o livre arbítrio do indivíduo. Restringir os locais para fumar não levaria à tolência a outros tipos de restições, como liberdade de ir e vir, como a liberdade de expressão?

Tudo bem, quem fuma não pode incomodar os não-fumantes, mesmo por que quem está perto de um fumante acaba inalando a fumaça tóxica, o que faz mal à saúde. Se o fumante quer prejudicar sua saúde, que o faça longe dos outros. Mas, e o fumante não tem direito de fazer o que quiser, sem encheção de saco dos outros, mesmo que faça mal à si mesmo?

Tanta gente incomoda a gente, sendo grosseiro, mal educado, falando alto nos restaurantes, ouvindo som inadequado em locais em que as pessoas querem sossego?  Enfim, incomodar os outros é uma coisa mais complexa do que acender um cigarro em público, certo?

Então, prometo não implicar com o cigarro de ninguém, desde que ninguém venha ser incoveniente comigo...
E acho que a lei da civilidade começa por aí...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Como ser uma Periguete

O termo Piriguete tem sido usado de forma exaustiva nas rodas sociais, porém de forma incorreta e quase sempre pejorativa. Ser uma periguete nada tem haver com galinhar e dar para qualquer um, ainda que eu particularmente não tenha nada contra quem faz isso, uma vez que Deus deu a vida para cada um cuidar da sua...  E também, se tem uma coisa que uma periguete não faz é dar para qualquer um...

Ser Periguete é dominar a arte de procurar (e muitas conseguem) um marido, noivo, namorado, companheiro rico, para realizar o sonho do alpinismo social, chegar à posição de socialite e viver comprando roupas de grife, andando em carros importados (com motorista) e frenquentando praias das quais, nós, meros mortais nunca ouvimos falar, como Punta Cana, no Caribe.

Por isso, para ser Periguete, a mulher precisa de muita persistência, inteligência e muito trabalho. Requer andar sempre bela e bem vestida, estar 24 horas em dia com o salão de beleza, unhas feitas, cabelo impecável, maquiagem e sobretudo, 365 dias por ano em dia com a malhação. Periguete gasta muita grana, pois marido rico é investimento alto. Elas têm que frequentar os lugares que os ricos frequentam, mas como são espertas, quase sempre conseguem fazer isso sendo patrocinadas por alguém. Precisam praticar esportes que os ricos praticam, como velejar e jogar golfe. Precisam falar línguas, pois têm que impressionar não somente pelo carisma, além de garantir o "alvo" estrangeiro.

Conheço moças que têm somente biscoito água e sal no armário, mas frequantam altas festas, andam de carro novo, ganham jóias, tudo isso sem precisar "dar" para ninguém. Elas sorriem e pronto, surgem os convites. Altos executivos e ricos adoram mulhes belas em seus eventos, e daí as periguetes tiram seus cachês. E homens ricos não precisam de muito blábláblá, basta uma massagenzinha (no EGO) deles e pronto, estão conquistados.

Se você é jovem, bela, inteligente e esperta, se conhece o mundo da alta sociedade, se por algum motivo (na aula de balé que sua madrinha pagou para você, por exemplo) conheceu alguma herdeira que ficou sua amiga e pode te colocar na fita dos grandes eventos, invista na carreira de Periguete. Você pode ser dar bem!

sábado, 13 de março de 2010

Escrava da Moda...

Desculpem meus amigos que defendem que moda é um mercado monstruoso, que emprega milhares de pessoas, que o jeito de se vestir é um retrato antropológico de uma época, de uma cultura, que é atitude, e tudo o mais que se diz sobre a moda.

Mas eu aqui estou de saco cheio da moda!

Se eu compro um sapato, quando termino de pagar, ele já não está mais na moda! Aí as pessoas vão me falar que eu não tenho personalidade, que não devo seguir moda, que tenho que ter meu estilo e ser fiel a ele independente do que as marcas famosas pregam.

Mas não é para a gente ter a própria personalidade e estilo que a indústria da moda gasta bilhões de dólares em publicidade. Eles querem é vender milhares de pares de sapatos que serão usados uma vez e depois esquecidos nos closets das madames. Isso enquanto contratam mão de obra infantil e escrava na China para fabricar os tais sonhos de consumo de toda mulher!

E depois, como ser fiel ao meu estilo? Se eu gosto de sapatos marrons e o marrom não é a tendência do verão, não há loja no mundo em que eu consiga encontrar um sapato marrom! Se eu amo calça saruel, quando acabar a moda, nunca mais vou achar uma calça saruel! Minha nova mania é o tal esmalte laranjinha neon do verão. Mas eu já estou em pânico por que sei perfeitamente que no inverno os tons neon vão ser very old fashion e aí eu vou ter que sucumbir ao sem graça branquinho...

E pior ainda quando você tem uma profissão que exige que esteja sempre de cabelo arrumado, unhas feitas e "estilosa". Você é advogada? Ótimo, basta ter um terninho preto no guarda roupa e tá bom! Agora vai ser designer! Vai... você vai ter que provar o tempo todo que é criatva e competente com a cor do seu esmalte...

Tudo isso por que vivemos num mundo incapaz de ir além das aparências...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Maníacos e absurdos!


Eu estava bem de férias quando vi a reportagem: pegaram o maníaco estuprador de BH. Vi, assim como todo mundo, chocada, o perfil do cara: nem um pouco cara de marginal. Bonitão, lindos olhos verdes (Porra, se esse cara me abordasse na rua eu ia dar o maior papo! Isso não é justo!)... E pensei que pegar esse safado era uma questão meio que de honra para as autoridades mineiras, que já deixaram ele ir longe demais.

Enquanto o maníaco esteve solto, um certo clima de pânico se instaurou na cidade. A gente ficava morrendo de medo de andar sozinha, chegar tarde em casa, parar no sinal de trânsito à noite, essas coisas. É muita sacanagem uma mulher não poder levar sua vida normal por que tem um bando de psicótico nas ruas!

Uma noite, por exemplo, estava eu correndo na avenida Portugal, umas 20 hs mais ou menos, e um Golf preto começou a me seguir bem devagar. A princípio achei que fosse alguém pedindo informação, mas num segundo lembrei dos casos do maníaco, e dei um jeito de atravessar rua. Parei numa lanchonete, falei com o balconista e ele pediu que eu ficasse lá alguns minutos. Quando saí da lanchonete, estava tremendo, aos prantos, morrendo de medo. Eu, uma cidadã que trabalha pra burro, paga seus impostos, contribui para o PIB, que ajuda o próximo, que não causa problemas para as autoridades, eu, um ser humano livre que paga suas próprias contas, não pode sair para fazer seu exercício físico diário, porque algum louco, ou alguém com um senso de humor funesto, tem que vir me incomodar?

Estou aguardando de camarote o inquérito sobre o maníaco de BH. Sinceramente, não sou de desejar mal a ninguém, pois somos todos filhos de Deus. Mas é nessas horas que lamento a inexistência da pena de morte no Brasil!

domingo, 7 de março de 2010

Etiqueta Virtual


Essa semana fiquei sem internet por algumas horas no trabalho, devido à queima do meu modem. Fiquei totalmente em pânico, sem ter o que fazer literalmente, sem poder ler meus e-mails, sem me comunicar! É, a internet se tornou não só útil, necessária, como a gente não pode mais viver sem ela! Não dá! Nem que se queira, é impossível.

Porém, tenho notado como a comunicação pela internet é informal, o que muitas vezes se torna inadequado para o ambiente profissional, às vezes até mesmo para a vida pessoal.

Por isso vão algumas dicas para não cair no relaxamento, e prejudicar relacionamentos devido à comunicação virtual. Por que a net serve para facilitar e agilizar a vida, certo? Vamos lá:

NO TRABALHO
- Sempre seja formal ao escrever e-mails, observando as normas da gramática da língua portuguesa. Nunca comece um e-mail com: "Olá, Fulano, tudo bem?" Prefira o clássico: "Prezado senhor Siclano". Não pergunte se vai tudo bem. A vida pessoal da pessoa não interessa, e sim o assunto profissional que levou você a escrever o e-mail. Se quer pedir alguma coisa a algum funcionário, "solicite". Se está escrevendo a alguém num alto cargo na empresa, use o cargo na frente do nome, a pessoa vai se sentir respeitada. Por exemplo: Presidente Fulano de tal, solicito entrar em contato com o setor Financeiro para ... etc, etc...
- Nunca, jamais, em hipótese alguma, use termos abreviados, como conversa no MSN, como: vc, tbm, tdo, blz, etc etc etc.
- Termine o e-mail de forma respeitosa: Subescrevo-me atenciosamente, Fulana de Tal. Coloque um carimbo automático no seu e-mail com seu nome, seu cargo, seus contatos e o nome da instituição para qual trabalha.
- Nunca se esqueça de colocar no campo Assunto, o motivo do e-mail. Não mande e-mails sem assunto jamais. É capaz de nem serem lidos. Não mande e-mails de rotina com alta prioridade.
- Algumas empresas utilizam programas de bate-papo na comunicação intena. Nesses ambientes, é possível ser mais direto, pois o programa serve juntamente para otimizar a comunicação. Não vá ficar batendo papo com sua amiga sobre a festa de sábado! Sempre que estiver online, coloque um status de ausente quando sair da sua mesa. Sempre que chamar alguém para uma conversa, pergunte antes se a pessoa pode lhe disponibilizar um segundo. Ex: "Flávia, pode falar agora?" Eu não recomendo ficar mandando informações importantes por esses programas, a menos que seja possível salvar no computador a conversa mantida, para sua segurança, é claro! Vai que um fornecedor lhe pede o número da conta para um depósito, você passa por um programa de bate-papo, o fulano não faz o pagamento e alega que você não passou a conta? Você precisa provar que se comunicou. Por isso, salve as conversas.

NA VIDA PESSOAL
- Muitos casais brigam por causa de sites de relacionamento. É muito indelicado ficar destrinchando o perfil do seu parceiro em busca de amigas que você não conhece ou eventos que você não participou. Se você está num relacionamento bacana, seja elegante: procure evitar o Orkut e o Facebook do seu parceiro!
Ao adicionar um novo amigo, mande uma mensagem: "Olá, fulano, sou a Siclana, que estudou com você na sétima série, gostaria de me adicionar?" Diga quem você é, e por que está adicionando a pessoa. Muita gente não gosta de adicionar desconhecidos.
- MSN - não é por que você está online que precisa conversar com toda a sua lista de contatos. Se não puder falar com ninguém na hora, coloque o status de "ocupado" e pronto. Nunca chame alguém "ausente" ou "ocupado" para um bate papo.
- Se você está teclando com alguém, e precisar sair por algum motivo, se despeça. É muito chato estar conversando com alguém e de repente aparecer no status da pessoa: offline.
- Com seus amigos, use e abuse das expressões abreviadas, das carinhas, do que você quiser. Desde que tenha certeza que eles estão compreendendo. Mas tenha o cuidado de não conversar assim no trabalho.

Espero que as dicas melhorem sua comunicação via Net!