terça-feira, 23 de março de 2010
Por um mundo acessível
Estou achando bem interessante a novela das oito "Viver a Vida" abordar o tema das pessoas com necessidades especiais, através da personagem Luciana, a modelo patricinha que sofre um trágico acidente, fica tetraplégica e passa a utilizar uma cadeira de rodas para se locomover.
Claro que o tema é colocado do jeito Global de ver o mundo: Luciana é rica, linda e isso faz toda a diferença. E se a vida dela já é difícil, imagina a das centenas de pessoas "comuns" que são portadoras de necessidades especiais... As pessoas que não tem grana para fisioterapia, para cadeiras eletrônicas de última geração, para aparelhos adaptados...
Porém, esse não é o pior lado da moeda. O pior lado é que essas pessoas, que mesmo capazes de exercer atividades produtivas e de serem independentes, ainda que interajam com o mundo de forma diferente, encontram em obstáculos simples de remover suas maiores dificuldades: escadarias sem fim, calçadas sem rampas, degraus, portas estreitas, bebedouros e orelhões altos, banheiros sem barras, sem torneiras com sensor e sem vaso sanitário adaptado, etc.
Pelo menos a novela está mostrando a importância do portador de necessidades especiais reclamar os seus direitos. E mostrando como é simples para essas pessoas viverem normalmente, com medidas simples, acessíveis... como uma rampa faz toda a diferença no mundo delas...
Para finalizar o post, vou contar um caso que aconteceu com minha irmã, que é cadeirante: ela estava num ponto de ônibus, e depois de horas esperando, veio um veículo adaptado. O motorista pediu para ela esperar, e mandou que todos os outros passageiros no ponto subissem no ônibus. Quando ela foi entrar, ele fechou a porta, arrancou e foi embora, alegando que o carro estava cheio demais...
Se você estivesse dentro desse ônibus, observando essa cena, qual seria sua atitude? É um caso a se pensar...
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Um comentário:
Mas que motorista ridículo.
O cadeirante deveria ter prioridade.
Sempre.
é numa hora dessa, que se eu estou dentro do ônibus e vejo isso, perco a cabeça, e faço o motorista parar o onibus e ajudar o cadeirante a entrar.
E a vida dessas pessoas seria bem mais fácil se todo mundo tivesse um pouquinho de consciencia, e se pusesse o lugar do outro.
beijocas Nanda
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