Minha mãe já dizia: Filha, você tem uma boca e dois ouvidos, use nessa proporção...
Mas por que as filhas são programadas biologicamente para a desobediência, eu me acostumei a falar as coisas exatamente do jeito que elas me vêm à boca, e com isso crio uma porção de confusões perfeitamente evitáveis se eu mantivesse a língua trancadinha onde ela deve ficar...
Se isso me preocupa ou me causa desgostos? De forma alguma. Sou feliz por ser como sou, e até me orgulho muito da minha sinceridade. A maioria dos meus amigos me agradece a confiabilidade. Eu jamais vou te contar aquela mentirinha para fazer você se sentir melhor. Acho uma babaquice a pessoa se sentir melhor com uma mentirinha do que com uma verdade. Ou seja, eu nunca vou mentir a respeito daquele vestido verde horroroso que minha amiga quis usar na festa... Eu prefiro contar logo para ela que ela não está abafando do que vê-la passar pelo constrangimento de achar que está... Sendo minha amiga, ela não vai se magoar. E ainda, claro, que sendo minha amiga, ela tem personalidade e auto estima o suficiente para usar o que bem lhe aprouver, sem se sentir abalada por uma crítica bem intencionada.
Mas nem todas as pessoas aceitam minha língua afiada com tanta parcimônia. Algumas na verdade abominam meu jeito de ser. Acham ofensivo, agressivo e exagerado. Não as culpo, claro... Nem todo mundo teve o mesmo tipo de educação, ou conseguiu se livrar de seus recalques. Eu também fui criada para falar baixinho, cruzar as pernas e ser “boazinha”. Mas tive coragem de agir como acho melhor. Considero esta minha maior conquista. Mas entendo que muitas vezes as pessoas simplesmente se irritam por que discordam. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, e é isso que enriquece a vida. Ouço várias críticas. Algumas são muito carinhosas e bem vindas... Mas não me importo muito com isso... Sei o que valho, não é o que falam de mim que me define!
Coisas que falam de mim:
“Você é uma pessoa muito egoísta.” Danielle, minha irmã mais velha, por eu me recusar a tomar conta da minha sobrinha uma noite que ela quis ir ao supermercado, e eu estava muito cansada.
“Você pensa como um homem, e age com um também”. Melissa, grande amiga, chateada por eu estar cansada de ouvi-la lamentar de sua vida sentimental.
“Você me critica por não fazer algo da minha vida, por que não faz algo da sua?”. Marcelo, ex-namorado, depois que expressei estar nervosa por ele sempre se acomodar em trabalhos abaixo da sua capacidade profissional.
“Não sou eu que sou grosso, é você que fala demais!”. Enrico, meu melhor amigo, nervoso por eu chamar uma amiga dele de metida.
“Você está se achando né?” Antonio, meu pai, furioso por que insinuei que ele é um pouco machista, a despeito de ter apenas filhas.
“Você tem que perceber que às vezes magoa as pessoas” Júnia, minha prima, por eu brincar que ela é muito minuciosa nos casos que conta, e dizer que ela conta uma viagem à Guarapari como se fosse Paris.
“Você acha chato as pessoas falarem de mim, mas me critica da mesma forma.” Gizelle, amiga, chateada por eu ironizar sobre ela levantar o tom de voz e ficar agindo como boba diante de um rapaz bonito.
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Mas por que as filhas são programadas biologicamente para a desobediência, eu me acostumei a falar as coisas exatamente do jeito que elas me vêm à boca, e com isso crio uma porção de confusões perfeitamente evitáveis se eu mantivesse a língua trancadinha onde ela deve ficar...
Se isso me preocupa ou me causa desgostos? De forma alguma. Sou feliz por ser como sou, e até me orgulho muito da minha sinceridade. A maioria dos meus amigos me agradece a confiabilidade. Eu jamais vou te contar aquela mentirinha para fazer você se sentir melhor. Acho uma babaquice a pessoa se sentir melhor com uma mentirinha do que com uma verdade. Ou seja, eu nunca vou mentir a respeito daquele vestido verde horroroso que minha amiga quis usar na festa... Eu prefiro contar logo para ela que ela não está abafando do que vê-la passar pelo constrangimento de achar que está... Sendo minha amiga, ela não vai se magoar. E ainda, claro, que sendo minha amiga, ela tem personalidade e auto estima o suficiente para usar o que bem lhe aprouver, sem se sentir abalada por uma crítica bem intencionada.
Mas nem todas as pessoas aceitam minha língua afiada com tanta parcimônia. Algumas na verdade abominam meu jeito de ser. Acham ofensivo, agressivo e exagerado. Não as culpo, claro... Nem todo mundo teve o mesmo tipo de educação, ou conseguiu se livrar de seus recalques. Eu também fui criada para falar baixinho, cruzar as pernas e ser “boazinha”. Mas tive coragem de agir como acho melhor. Considero esta minha maior conquista. Mas entendo que muitas vezes as pessoas simplesmente se irritam por que discordam. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, e é isso que enriquece a vida. Ouço várias críticas. Algumas são muito carinhosas e bem vindas... Mas não me importo muito com isso... Sei o que valho, não é o que falam de mim que me define!
Coisas que falam de mim:
“Você é uma pessoa muito egoísta.” Danielle, minha irmã mais velha, por eu me recusar a tomar conta da minha sobrinha uma noite que ela quis ir ao supermercado, e eu estava muito cansada.
“Você pensa como um homem, e age com um também”. Melissa, grande amiga, chateada por eu estar cansada de ouvi-la lamentar de sua vida sentimental.
“Você me critica por não fazer algo da minha vida, por que não faz algo da sua?”. Marcelo, ex-namorado, depois que expressei estar nervosa por ele sempre se acomodar em trabalhos abaixo da sua capacidade profissional.
“Não sou eu que sou grosso, é você que fala demais!”. Enrico, meu melhor amigo, nervoso por eu chamar uma amiga dele de metida.
“Você está se achando né?” Antonio, meu pai, furioso por que insinuei que ele é um pouco machista, a despeito de ter apenas filhas.
“Você tem que perceber que às vezes magoa as pessoas” Júnia, minha prima, por eu brincar que ela é muito minuciosa nos casos que conta, e dizer que ela conta uma viagem à Guarapari como se fosse Paris.
“Você acha chato as pessoas falarem de mim, mas me critica da mesma forma.” Gizelle, amiga, chateada por eu ironizar sobre ela levantar o tom de voz e ficar agindo como boba diante de um rapaz bonito.
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Danielle – Agradece a governanta inglesa que eu indiquei.
Melissa – Foi resolver seus problemas sentimentais com um terapeuta, de forma que agora está sendo orientada por um profissional de verdade.
Marcelo – Conseguiu um cargo importante e está dando um up na vida profissional.
Enrico – Continua e continuará sendo meu querido amigo.
Antonio – Acabou de ganhar mais uma mulher em sua família, a netinha, que manda e desmanda nele.
Júnia – Foi conhecer Paris.
Gizelle – Está cada vez mais popular.
2 comentários:
HAHAHAHA.
Lembro de ti sim! Demais.
Ow.. eu tb sou viciado desde sempre. Já tive milz, onde eu ia de textos próprios a críticas. Agora to querendo focar em um só, com tudo que faço, vejo e ouço e acho bacana compartilhar. Vamu ver se vai pra frente.
Apareça sempre. Sempre bem vinda! :)
Te linkando lá.
Meu Deus! Como esta figura combinou com o texto... rs
Pimenta malagueta perfeita!
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