A delícia de ler esse livro começa pelo título. Raramente se pode julgar um livro pela capa, ou pelo título, mas tenho um apego especial pelos títulos. Minha vontade de ler um livro passa pelo título, e também pela capa. Hoje em dia, com tantas mídias brigando por nossa atenção, tenho que dar o mérito a todos os produtores editoriais e designers que tornam o prazer de ler um bom livro ainda maior: elaborando a programação visual atrativa para nós, leitores, saborearmos.
Depois, o prazer de ler o livro só acaba mesmo com o fim dele. E mesmo assim, ainda fica aquele suspiro final, quando a autora, numa sacada de mestre, termina a história profundamente triste com um capítulo belíssimo, narrando uma cena de amor como eu raramente vejo ser contada: pura prosa poética...Ou seja, o livro é permeado de flashes, e a narrativa não é linear, com idas e vindas pela história.
O Deus das Pequenas Coisas se passa na Índia, e conta a história de como a vida de duas crianças, irmãos e gêmeos, é alterada drasticamente, e definida pela força de pequenos acontecimentos presentes e passados. Uma simples decisão, uma partida, uma carta escrita, a visita de uma prima, palavras e mal pensadas ditas do outro lado de uma porta, coisas que parecem insignificantes, mas influenciam com grande peso os acontecimentos da vida, fazem com que os pequenos Rahel e Estha sejam atirados ao destino.
Além de uma bela história, O Deus das Pequenas Coisas nos deleita com uma literatura permeada de poesia, cenas singelas, que parecem terem sido retiradas com um pincel da mente de uma criança...
Arundathy Roy nos apresenta, apaixonadamente, as leis do amor, que determinam quem deve ser amado... e como... e quanto.
" - Rahel, você sabe o que acontece quando magoa alguém? Essa pessoa passa a gostar de você um pouco menos."
2 comentários:
Hum... deu vontade de ler.
Bacana.
Guarde para me emprestar e te emprestou outro, Os Samurais, da Júlia Kristeva, que ainda não terminei.
oba, mariaaaa!!! vou querer! beijos...
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