segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Amar Dói, Transar diverte!
Num desses breves períodos de ócio, me cai às mãos uma revista cujo único conteúdo aproveitável era uma dessas crônicas do Arnaldo Jabor. Aproveitável, leia-se, um texto com mais de dois parágrafos. Assunto: amor e sexo.
Muitas pessoas práticas, que não consigo deixar de olhar com certa inveja (ainda que coberta de incredulidade), colocam o amor e o sexo em potes separados, e vivem muito bem com isso. Na verdade, analisando friamente, amor e sexo são coisas tão distintas quanto o dia e a noite, mas para mim, essa distinção ainda é nebulosa.
Amor é alma, sexo é matéria, diz Jabor. Claro, não se pode amar um corpo, assim como não se pode desejar uma idéia. O sexo pode até ser o alívio do amor, mas o amor não alivia nada, às vezes só pesa no coração da gente, da mesma maneira que o cair de um muro de concreto. O sexo tem cheiro, gosto, dimensão e é baseado na finitude. O amor busca a plenitude e é feito de memória.
Mas... o ser humano não funciona com tanta precisão. Às vezes sequer enxergamos as linhas tênues que separam o amor da amizade, do desejo, da simpatia, e até mesmo da carência. Sexo é escolha e amor é sorte. Será mesmo? Para mim está mais pelo contrário. Amor é escolha. Tão difícil, tão trabalhoso, tão sofrido e tão desgastante que não há como entrar em seu caminho sem uma boa dose de decisão. Mas o sexo? É experimento. Tem tanta probabilidade de funcionar ou não como um bilhete de loteria.
Filosofar sobre isso é gasto, eu sei. E certamente por isso, as conclusões são falhas, mesquinhas e sem propósito. Bom mesmo é conjugar os verbos sem procurar suas significações.
Alguém já havia postado aqui no Blog:
- Muito difícil o jogo do amor. Prefiro jogar paciência.
Há quem argumentará: Muito difícil amar. Prefiro transar.
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