segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rio 2016 - Com muito orgulho!

Tenho que confessar: o discurso do presidente Lula defendendo a candidatura do Rio para sediar as Olimipíadas me arrancou lágrimas dos olhos...

Lá se foi aquele antigo operário trevestido de presidente, desafiando o mundo a incluir a América Latina e seus milhões de habitantes no mapa... E o melhor? Não era um líder mundial se acabando em lágrimas por ter “ganhado do Obama”, como ele mesmo declarou, mas um de nós... Eu me senti o Lula, um brasileiro apaixonado por seu país... De que outro presidente poderíamos falar isso com tanta propriedade? Emocionado por conseguir o que nenhum outro conseguiu: conquistar um espaço (e que espaço) perante as maiores nações do mundo!

Se eu aprovo as Olimpíadas no Brasil, mesmo que o país necessite investimentos milionários para custear um evento de tal magnitude? Lógico, e infeliz de quem não aprova. Ora, os pobres sempre existirão, disse Jesus Cristo quando foi criticado por receber um tratamento dispendioso de uma fiel, quando ela poderia dispensá-lo aos menos favorecidos.

Porém pode ser uma oportunidade para os pobres se sentirem menos pobres, os analfabetos menos analfabetos. Eles serão vistos. Vistos. Todas as milhares de favelas do Rio de Janeiro vistas. E não ignoradas como fazem (ou fazemos?) a maioria de nós. Só por que temos pobres e favelados não podemos fazer parte do mundo? Ao contrário. O Brasil tem muito mais a mostrar do que seus miseráveis, tem a riqueza dessa gente que não se compara a nenhum PIB monstruoso, a nenhuma taxa de desenvolvimento humano elevadíssima: sua música, sua cultura, sua alegria... O Brasil tem mais de 150 milhões de sobreviventes diários.

E isso o mundo merece ver.

“É mais uma barreira de preconceito quebrada”. Faço das palavras do Presidente as minhas, e a de todos nós, Josés da Silva: brasileiros!

6 comentários:

Danielle Luciano disse...

Você vai me chamar de insensível, mas não me toco nem um pouco com toda essa história, pra mim, as olimpíadas serem no Rio ou na Conchichina, faz pouca diferença...

Fernanda Fiuza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda Fiuza disse...

As Olímpíadas são o evento de maior integração entre as nações da atualidade. O esporte, como sabemos, promove inclusão social, estimula o trabalho em equipe, a superação do indivíduo como ser humano e é o único momento em que valemos o que somos, o que lutamos para ser, não a cor da nossa pele, nossa classe social, nossa cultura, ou nossos preconceitos. A vitória é o momento de glória, mas somente nas Olimpíadas observamos como competir vale mais que a medalha, o vencedor comunga com o vencido e não se torna superior a ele. As Olimpíadas não pregam a perfeição, e nas Paraolimpíadas observamos como pessoas diferentes e especiais podem ir muito mais longe que mossa mentes limitadas supõe. Isso tudo acontecendo tão perto de nós realmente é maravilhoso! E sua indiferença ou insensibilidade não muda esse fato, amiga lindaaaaa! Bjos!

sophie disse...

Belo discurso.
Postei minha opinião em meu blog na postagem "Rio 2016...No país das maravilhas?"
nã oapoio esse evento.

Andressa disse...

Eu concordo com você Nanda. O Brasil só é visto lá fora por seus problemas sociais e todos os outros defeitos. O Lula conseguiu que fossemos vistos por outro angulo. As belezas do nosso país tropical serão vistos pelo mundo todo. E que outro engravatado conseguiu o que ele, vindo de baixo, conseguiu?

Fernanda Fiuza disse...

Pois é Andressa!
Sei que o Lula pisou na bola um bocado. Tantos escândalos de corrupção, Sarney etc... E quando ele foi eleito pela primeira vez, todos nós lulistas esperávamos uma grande revolução! Eu pelo menos esperava mudanças ultra radicais e sociais no país... Mas é inegável sua história de luta e vitória. E o grande líder que ele é. Outra coisa que não dá para duvidar: a paixão deste homem por esse país e por vê-lo transformado. Mas o que nós brasileiros ainda não compreendemos para transformar o Brasil: esta não é uma luta de um homem só, mas de uma nação gigante. Quando vamos entrar nessa luta? Podemos responsabilizar somente os políticos (que aliás elegemos nós mesmos)?
Um grande abraço!