Outro dia, batendo aqueles papos deliciosos em que lembramos as coisas boas do colégio, com uma amiga daquela época, comentei como estava orgulhosa de ter uma amiga tão jovem, vencedora, bem profissionalmente e ainda por cima fazendo planos ambiciosos, como ir fazer doutorado na Europa.
A amiga em questão me olhou um pouco surpresa, dizendo que eu fui uma boa inspiração para ela, que fui eu quem a estimulou a gostar de estudar e ler, por que eu sempre estava carregando um livro debaixo do braço, e sempre falando com entusiasmo das coisas que aprendíamos na escola.
Tive consciência de que fui uma colegial CDF, argh! Não sei como não usava óculos fundo de garrafa... Mas além disso, lembramos de um livro, ou antes, uma série de quatro volumes, que líamos na escola, e que era uma fissura entre nossa turminha...
As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley.
A lenda do Rei Arthur e dos cavaleiros da távola redonda foi um hit dos anos 80, por que foi contado sob um prisma muito original pela escritora americana, ou seja pelo ponto de vista das mulheres da história. Então, aqui temos a narrativa da bruxa (chamada carinhosamente por Marion de fada) Morgana, a mãe de Arthur, Igraine, a rainha Guinevere (que tem um nome mais exótico na trama)...
Os romanos deixaram na Bretanha medieval uma forte semente, o Cristianismo. Mas a antiga religião dos Celtas e dos Duidas ainda persiste, mantida obstinadamente pelos magos e feiticeiras da Ilha Sagrada, e pela manutenção dos rituais de passagem das estações e das colheitas, pelos gentios. Em meio a essa dualidade, os ataques dos nortistas ameaçam a integridade da Bretanha.
Só um Rei forte e fiel poderia unir os povos para lutarem contra os invasores, e garantir a paz. Esse rei pré-destinado, um jovem louro e destemido, descendente das duas linhagens, nasce, e é educado para ser o Grande Soberano. Com a ajuda do povo antigo e empunhando a mágica espada Excalibur, é entronado.
Obrigado a fazer alianças, Arthur se casa com uma jovem cristã, e funda a Sociedade da Távola redonda, formada por doze cavaleiros. O mais bravo deles é seu primo e melhor amigo, o formoso e puro Galahad.
Conseguirá Arthur manter a promessa de manter os povos unidos, e fazer coexistir as religiões de seu povo?
Conseguirá a maga Morgana trazer seu irmão Arthur para o lado do Povo Antigo?
Conseguirá a rainha Guinevere gerar um herdeiro para o trono e fazer prevalecer o cristianismo, mesmo estando perigosamente apaixonada pelo braço direito do Rei?
Complicadas intrigas, mulheres poderosas, muita magia e guerras épicas fazem dessa história irresistível, até para os crescidinhos. Imaginem então para nós, pirralhinhas da sexta série?
Boa lembrança da minha companheira de colégio, e conta com um dos meus Dez Livros Preferidos, mesmo sendo quatro volumes...
Achei uma crítica muito boa nesse blog, para quem quiser saber mais: As brumas de Avalon, mas o bom mesmo é ler o livro!
6 comentários:
JÁ ASSISTI O FILME!Mas tá na lista de mais um pra ler... você também me inspira a ler bons livros amiga!
Beijos!
eu assisti o filme, gostei, mas os livros sao completos, baixei e li pelo computador, devorei cada linha, estava gravida e tinha insonia e passava a madrugada na frente do pc lendo!! Eu literalmente estava lá nas minhas encarnaçoes passadas....
ummm deu vontade de ler novamente...
Inclusive o titulo do meu blog é uma alusão ao livro, por que cada parte é iniciada com uma introdução de Morgana, entitulada, Morgana Fala...
AMO este livro!!!
=)
Alguém tem pra me emprestar? rs!
so tenho o primeiro...
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