sexta-feira, 5 de junho de 2009

Campanha: Stay Sean!!!

Primeiro eu queria imaginar por que uma mulher abandona seu confortável sonho americano, larga o marido bonitão e sai, fugida, com um filho pequeno... Não me parece que uma mãe em sã consciência deseje destruir o lar do único filho, afastando-o do pai se não julgasse e até temesse por essee filho. Não é verdade que as mães sacrificam tudo pelo bem dos filhos?

Talvez isso tenha pouca importância para a decisão dos tribunais, já que forças muito maiores, como a autonomia de uma nação-monstro como os EUA, estão envolvidas... Mas a meu ver, tem toda relevância do mundo. Afinal, é para o lar desse pai que o menino Sean Goldman deveria retornar, caso assim fosse determinado pela justiça. Para um lar do qual sua mãe fugiu por julgá-lo inadequado para que o menino crescesse.

Sean Goldman nasceu nos EUA, mas sendo filho de uma brasileira, é tão brasileiro quanto americano. Ainda mais, pois a vida que conhece e a cultura na qual convive há cinco anos é a brasileira. Aqui ele tem família, tias, tios, avós, padrasto, amigos, escola... Aqui é a verdade dele. Imaginem o que ele passaria se, de repente, fosse arrancado disso tudo, sendo apenas uma criança de 9 anos, e fosse jogado num país estranho, com pessoas estranhas. Sim, ele tem um pai biológico... O que não pode ajudar muito, já que esse pai parece estar agindo num impulso egoísta sem considerar o que é bom para o filho.

Acho inaceitável que o presidente Lula, Barack Obama, Hilary Clinton, e quantas mais personalidades, virem bradar isso ou aquilo sobre leis e convenções e tornar a vida de uma criança um instrumento de autonomia de uma nação sobre outra. Não ocorreu a ninguém questionar do menino o que ele gostaria. Talvez ele dissesse: sim, quero conhecer e conviver com pai. Mas será que ele precisa ficar no meio dessa guerra?

Eu penso, como ser humano, que Sean tem que ficar no Brasil sim, com sua família, como desejou sua mãe. Claro que ele também tem o direito de conviver com o pai biológico, vê-lo conhecê-lo, até um dia ter idade suficiente para decidir por si o que é melhor para ele.

Ah, e um aviso para David Goldman, pai de Sean: Afeição e confiança se conquistam, mister. Isso não se pode ganhar num tribunal....

Um comentário:

Danielle Luciano disse...

Pobres crianças... Os adultos não sabem o que estão fazendo com a cabeça desse pobre garotinho!