quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"nada é pior que ser comum..."




A maioria das pessoas vive tentando se convencer de que suas vidas são perfeitamente satisfatórias, e gastam muito tempo tentando nos provar isso. Elas discursam sobre como suas viagens são emocionantes, como seus empregos são o máximo e como seus amores são os ideais... Essas pessoas colocam fotos sensacionais em suas redes de relacionamento e só expõe o que pode ser admirável...

Porém eu acredito piamente que quem quer provar alguma coisa para alguém, geralmente está tentando convencer a si mesmo.
Vejo que a maioria de nós vive uma vida sem maiores emoções. Sai para trabalhar todos os dias, vive algumas frustrações, chora, ri, e jamais pisou em Paris, ou jamais fez safári na Africa. De repente, ser normal é surpreendentemente chato...
Hoje em dia, o ideal de felicidade está tão sofisticado que ser feliz com pouco é quase um absurdo! Só que nos esquecemos que o extraordinário é para poucas pessoas... E não a regra. A regra é ser comum mesmo!

Quando a personagem de Mena Suvari declara, no filme Beleza Americana (drama de 1999, dirigido por Sam Mendes) que "não existe nada pior do ser comum", uma adolescente que vive uma realidade projetada por ela para parecer algo que não é, o extremo esforço do ser humano em representar a pantomima da felicidade se descortina. Por que não existe nada pior do que ser comum? Viver de aparências não seria um pouco pior que isso?

Pessoas comuns: rejubilem-se! Parem de sofrer com a pressão imposta pela mídia e pela sociedade e pelo Facebook! Sua vida não precisa ser um filme hollywoodiano com trilha sonora, efeitos especiais e performance de galã. Você é um ser-humano, não uma personagem com roteiro a representar. Filme no sofá em pleno Sete de Setembro? E dai? Passar as férias com a avó no interior? E daí? Ter um emprego que você odeia e viver apertado de grana? E daí? Você não tem idéia de quantas pessoas no mundo são felizes vivendo dessa maneira.

Existe uma felicidade que está dentro de nós. Li isso num dos livros do Dalai Lama, acho que A busca da Felicidade. Valeu, Dalai Lama... Você me mostrou algo que meus olhos acostumados ao espetáculo não conseguiam ver... No backstage, a vida comum... E feliz!

Um comentário:

sophie disse...

Nanda como sempre fala TUDO! =)
Adorei o post.