Uma das cenas mais fofas do cinema é a Judy Garland batendo seus sapatinhos de rubi, com os olhinhos fechados, em O Mágico de Oz, dizendo: There is no place like home...
Para entender, basta ficar longe de casa por algum tempo...Começamos a dar valor às coisas mais corriqueiras, que nem reparamos... o cheiro do nosso quarto, da nossa cozinha... a mancha da infiltração no teto... os sons que cercam nosso cotiano, e até as pessoas que comumente nos irritam, se tornam pesadas ausências...
Talvez esteja saudosista assim por estar escrevendo de uma espelunca no fim do mundo, sem aquecedor no quarto, em pleno inverno do Rio Grande do Sul... Mas também já experimentei a sensação de chegar de um hotel cinco estrelas, num paraíso tropica,l depois de férias deliciosas e pensar, ao desabar na minha caminha: ahhh não há cama melhor que a minha... não há lugar melhor do que minha casa...
Muitas coisas levam as pessoas a chamar um lugar de lar... Para mim, lar é o sotaque mineiro ( ouvir esses gaúchos já está me dando dor de cabeça, bah!), é o arroz com feijão que minha mãe faz... é o galo do vizinho me acordando de madrugada... é a água quentinha do meu chuveiro à energia solar auto sustentabilíssimo, é olhar para o horizonte e ver a serra do curral abraçando minha cidade inteira... Eu poderia viver sem tudo isso, claro... E poderia até ser feliz sem tudo isso...
Mas dificilmente conseguiria chamar outro lugar que não fosse esse... de lar...
(ps - uma marmanja de 31 falando que adora morar com a mamãe...? putz, devo estar na melancolia da tpm mesmo...)
Um comentário:
É Nanda... nada no mundo se compara a estar em casa. Por mais que você deteste tudo em volta... a sua casa é o melhor do mundo. Sei beeeem disso!
E quanto a me matar por trair nossos segredos femininos... Só achei que eles deviam saber de algumas coisas pra ver se começam a fazer as coisas direito!
hauahhahuaha
bejocaaas!
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