- Fernanda Fiuza!
Pronto! Quando ouço isso num lugar público sinto um friozinho no estômago, o prenúncio de um constrangimento: por que sei que estou sendo abordada por alguém que me conhece (nome e sobrenome) e eu não tenho a mínima idéia de quem seja!
Geralmente é algum colega dos tempos da escola, quando eu tinha seis anos, que tem aquela memória de adolescente e não sei por que comete a deselegância de se lembrar da época em que eu era uma menina cabeçuda e magricela no colégio. Aliás, mudei viu? Não sei por que as pessoas me reconhecem...
Não foi diferente outro dia no shopping, eu correndo com um embrulho do Mc donald´s na mão e um copo de suco de laranja na outra, atrasada para o trabalho, sabendo que nada podia ser pior que encontrar um conhecido pra me embananar... Mas ouvi a exclamação enfática, nome e sobrenome, e quando estaco com um sorriso amarelo, não me lembro, absolutamente, da pessoa que me interpela.
- Ah... Aposto que ela não se lembra de mim! Diz a moça, assim, como se estivesse falando com uma terceira pessoa.
Abro os braços e a encaixo, preocupada em esperdiçar meu suco de laranja na blusa alvíssima dela.
- Nossa, mas você está maravilhosa!
Ixi... Sou péssima com elogios. Não sei como reagir... Ainda mais vindo de alguém que poderia estar pensando coisas como: puta que pariu, você já foi pior! Além de ser mega constrangedor receber um elogio que não podemos retribuir...
O papo fica naquela... E aí como vai a vida? Tem 25 anos que nao a vejo, mas que importa, vamos resumir tudo em três fatos fundamentais: Você se formou? Se casou? Tem filhos? Pronto, respondo sim, não, não e minha vida está resumida em uma afirmação e duas negativas. Aí por maldade rebato as perguntas, e como que para me humilhar, ela exibe uma aliança dourada na mão direita: "Noiva! Finalmente vou desencalhar"...
Olho para ela com a mesma possibilidade de sentir inveja de alguém que diz: vou desencravar as unhas do pé, dou os parabéns e trocamos telefones. Ela anota o meu, aliás, como se fosse me ligar algum dia...
E tenho permissão para continuar em frente, correr para o trabalho, correr, correr, correr, não sem a sensaçãozinha de orgulho de ter conseguido levar uma conversa perfeitamente polida e social com alguém que eu até hoje não consigo me lembrar o nome...
Mas não é mais constrangedor do que encontrar uma ex colega de faculdade (gente, mal tem 5 anos que nos formamos, aliás na mesma turma), e a figura me olhar como se eu fosse um etê ou coisa pior! Visualizar a sensação de pânico no rosto da pessoa, tentando desesperadamente pensar se aquilo é um assalto, uma pegadinha da tevê ou se ela está mesmo sofrendo de Alzheimer...
Coisas da vida...
2 comentários:
E dos colegas do curso de Flash, vc lembra? Hehehe...
Nossa, falando nisso já tem mais de dois anos q aconteceu o curso. Como o tempo passa... Se é assim então, é melhor comemorar, né? Depois vamos ter q tomar aquela cerveja q era pra ter sido tomada no começo do ano pra comemorar...
Abraços!
Eitáaaaaaaaaa
Prcisamos marcar urgente!
Colocar o papo em dia!
Bjooo
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