segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nua



Não sou mística, nem estudo os astros ou coisa parecida. Mas aprecio os ritos de passagem por que eles dizem ao nosso subconsciente que estamos virando a página. Assim estamos abandonando más escolhas, superando decisões desacertadas e buscando crescer e encontrar um novo caminho. Para mim, é isso que a passagem de ano significa. Elegi esse momento para trocar minha pele, como as cobras fazem.


Sempre passo a virada do ano de branco. O branco é puramente simbólico para mim. Significa que estou vestida como eu gostaria de passar a virada do ano: nua.

Nua mesmo, de pensamentos, de julgamentos, de questionamentos, de inquietude. Nua e em paz. Nua como uma página em branco prestes a ser rascunhada, criada e acabada. Como um instrumento que ainda não foi tocado nem testado. Como uma base pronta para sustentar novos planos, metas, sonhos, esperanças e bons pensamentos.

Acredito que todos nós precisemos de algo em que nos apoiar, para não ruir. Existem muitos rituais prontos, mas passei a inventar os meus. Vestir-me de branco, fechar os olhos e pensar nas pessoas que eu amo, ouvir o mundo a minha volta e o que ele tem a dizer e, se possível perdoar o ano que passou. Essa parte é a mais difícil. Por que é tão difícil que a gente se perdoe?

Gostaria também de fechar o ano agradecendo. A todos que fizeram e fazem desse blog minimamente interessante. A todos que perdem cinco minutos do seu dia para lerem o que eu tenho a dizer. A todos que me trazem boas idéias e me dão excelentes feedbacks. A todos que mesmo não me conhecendo, acabam se identificando com o que eu penso.

Desejo que o ano de 2011 seja muito bom para todos vocês. Cheio de metas alcançadas, prosperidade emocional e material. Desejo também que possam se perdoar, pois só assim é possível se livrar dos fantasmas e construir uma nova história.

Naked
I´m not a mystical person, I haven´t studied astrology or things like that. But I like the rites of passage becouse they say to our subconscious that we are turning the Page. We are abandoning bed choices, overcoming wrong decisions, growing up and finding a new way. In my opinion, it´s means the new year. I elect this moment to change my skin, like the snakes does.


I use to pass the new year eve dressed by White. White is only symbolic. White means that I´m dessed like I would like to pass the new year eve, naked.

Yes, naked, without thoughs, without judgments, without questions, without disquietude. Naked and in peace. Naked like a White Page that is going to be drafted, made and finished. Naked like a musical instrument that wasn´t touched and tried. Naked like a base ready for support planes, goals, dreams and hope, and good thoughs.

I believe all of us need something to support us to not fall. There´s many ready rituals, but I have invented my own. Dress by White, close my eyes and think about Who I Love, listen to the world around me, and if is possible, forgive the last year. This is the hardest part. Why is so difficult to forgive ourselves?


I´d like to end the year saying thanks. Thanks to everyone Who made this blog a little interesting. Thanks to all that has spent Five minutes a Day reading what I have to say. Thanks to all that brought me good ideas and gave me excelent feedbacks. My thanks to all that even don´t know me identify with my ideas.


I wish you all a happy new year, full of conquests, material and emotional prosperity. I also wish that you can forgive yourselves, couse only this way is possible to leave the ghosts and build a new life!

sábado, 11 de dezembro de 2010

O melhor de ...




O melhor do sorvete é a casquinha...
O melhor do dia é o pôr do sol...
O melhor da festa é esperar por ela...
O melhor de uma música é o solo de guitarra...
O melhor do namoro é o início...
O melhor do amor é a amizade...
O melhor do presente é a surpresa...
O melhor do livro é o cheiro do papel...
O melhor do esforço é a conquista...
O melhor do trabalho é o descanso...
O melhor da dor é o consolo...
O melhor do arrependimento é o perdão...

The best of

The best of ice cream is the cone...
The best of day is sunset...
The best of party is wait for it...
The best of some music is guitar solo...
The best of dating is the beginning...
The best of love is friendship...
The fest of gift is the surprise...
The best of a book is the scent of paper...
The best of toil is the conquest...
The best of working is rest...
The best of sorow is consolation...
The best of regret is the forgiveness...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Rede Social


Não gosto muito de resenhar sobre filmes, não sou uma grande cinéfila apesar de amar cinema, não sou boa crítica, já que não acompanho as temporadas de lançamentos com tanta avidez quanto gostaria. Cinema é quando tenho tempo, como lazer.


Mas que prazer quando consigo ver um filme bom! Assisti ao excelente A Rede Social ontem e tive que vir correndo escrever sobre essa experiência por dois motivos: primeiro, o filme é realmente bom, bem produzido, bem dirigido etc... Segundo por que a história me atraiu particularmente, por falar sobre minha rede social preferida o Facebook.

Alguns números sobre o Facebook ajudam a compreender a dimensão da importância dessa rede. Mais de 500 milhões (2 vezes e meia a população do Brasil) de usuários que juntos somam mais de 700 bilhões de acessos por mês. No Brasil as redes sociais são muito populares, tanto que o Orkut “pegou” por aqui por bastante tempo. O Facebook, por ter uma origem mais “elitizada”, era uma rede exclusiva para universitários de grandes escolas como Harvard, demorou um pouco mais para chegar por aqui, infelizmente. Mas chegou!

A façanha da idealização da rede por dois jovens estudantes de Harvard, que hoje estão bilhonários é a história do filme, baseada também no livro Bilhonários por Acaso. Mark Zuckerberg, um jovem brilhante mas falido socialmente, leva um fora da namorada e decide rackear o cadastro de alunos da maior universidade americana para debochar da garota. O feito chama a atenção de um par de gêmeos mauricinhos e do seleto clube "dos populares" que têm a idéia da criação de uma rede social exclusiva para alunos de Harvard. Aqui entra minha opinião sobre os nerds que escrevi outro dia no post “Como conquistar um Nerd”. O personagem do filme é o típico garoto nerd que sempre quis fazer parte do clube dos populares, que fazem sucesso com as garotas e participam de festas exclusivas, mas nunca têm acesso a esse hall. Ajudado pelo amigo Eduardo Saverin, Mark pega a idéia e transforma na genial rede social.

A produção tem alguns clichês de filme high school, que sempre achei divertidíssimos. O roteiro é muito bom, a direção de David Fincher dispensa comentários. As interpretações dos atores novatos também estão bem legais. A participação de Justin Timberlake é uma surpresa agradável. O filme que tem pouca ação, mas prende pela inteligência e vivacidade dos diálogos, é um retrato fiel de uma geração capaz de absorver com avidez e rapidez instantânea as novidades da tecnologia, que se interessa por informação, em grande quantidade e não importando com a qualidade, e que se adaptou à interatividade virtual, sem convivência, para se relacionar.

Se você não participa de alguma rede social, se não está a par das notícias no momento em que elas acontecem, se não acessa a internet o tempo todo pelo celular e se não acompanha o desenvolvimento das relações interpessoais que usam o veículo virtual cada vez mais, será inevitável sair do cinema com a sensação de ter “perdido alguma coisa”. Para corrigir esse probleminha, comece elaborando seu perfil no Facebook
 e enjoy!

Nota da Fernanda: Gente tem homem bonito demais nesse filme! #prontofalei

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Todo mundo ama os Beatles!


Vi o frisson gerado pelo show do Paul McCartney e me pergunto: o que é isso? Porque as pessoas amam tanto os Beatles? O que eles tem e tiveram de tão bom que fascina tanto várias gerações uma após a outra? Bom, já deu para perceber que Beatles não são assim uma paixão minha, apesar de eu ser encantada com todo o fenômeno pop que eles desencadearam.
Lembro das primeiras músicas que ouvi dos Beatles quando criança. Na vitrola dos meus pais rolava as coletâneas (lançadas em 1973, The Beatles 1962-1966 e The Beatles 1967-1970) Nessa época boa do vinil, gostava da fase iê iê iê, que é bem divertida... Mas quando se ouve as músicas da fase Sgt. Peppers, Abbey Road e Let it be, a gente tem a impressão de que não é a mesma banda. A evolução musical é incrível, mas (caramba!) não é essa a questão. Música boa muita gente faz e fez com muito menos reconhecimento. A questão é: qual é a desses Beatles?
Eu diria que os rapazes de Liverpool estavam no lugar certo na hora certa. O mundo pós guerra estava efervescendo de filosofias, comportamentos, transformações tecnológicas e descobertas científicas nunca vistas ou imaginadas. A popularização e abrangência das novas mídias como TV e cinema contribuiu para o alcance de novos movimentos artísticos e intercâmbios culturais.  Não sei se isso é de fácil apreensão para quem nasceu e vive num mundo globalizado pela internet, em que um vídeo postado no youtube tem alcance mundial em 3 segundos. Mas num mundo sem internet, algo tem que empurrar uma banda inglesa para todo o globo: o mundo era um campo fértil para o estilo dos Beatles.
Outro fator que contribuiu para o “boom” da beatlemania foi a sacada de que as pessoas precisam se identificar com algo para apreciar. A atitude globalizada desses moços fez com que seu ritmo permeado de influências (como o skiffle, o rock ´n roll, a música clássica) caísse no gosto geral. Eu diria que, naquela época, isso foi um toque de genialidade visionária. Os Beatles falaram para o mundo como se falassem a língua de cada um.
A capacidade dos Beatles de se superaram e evoluírem a medida que seus fãs crescem e amadurecem também é um fator decisivo. A música e a atitude dos Bealtes poucos anos depois de seu primeiro sucesso, Love me do, está tão transformada que é quase irreconhecível. De 1966 a 1969, a banda viveu a fase estúdio e denunciou uma espiritualidade que tudo tem haver com o momento histórico mundial. Fortemente influenciados pelos horrores do Vietnã, as letras falavam de paz e amor,  o que transmitia otimismo num mundo de medo.  Quem teve o privilégio de ouvir All we need is Love gravada ao vivo e transmitida via satélite para 26 países, com participações de grandes nomes da época como Mick Jagger e Eric Clapton sabe do que estou falando.
Pois bem, os Beatles acabaram. Com muita atitude, senso de oportunidade e uma legião de fãs ensandecidos, que vão se multiplicando por várias gerações, temos o maior (o primeiro?) megafenômeno pop do mundo.
Acho que é preciso esse contexto todo para entender o fenêmeno! Ícones são criados todos os dias em cada época.  Mas parece que os Beatles mudaram o mundo. Ou, como eu acho mais correto afirmar, mostraram a todos como o mundo estava mudado.

Everyone loves The Beatles!
I saw the impact  coused by Paul McCartney´s show and I asked to myself: what is this? Why do people Love Beatles so much? What so great about them? Altought I admire all pop phenomenon they put on.

I remember listen to The Beatles´ songs when I was a child. My parents used to listen to the old long plays records (Beatles Colection up to 1973). That time I really liked ie ie ie craze wich was a lot of fun... But we listen to the songs by Sgt. Peppers, Abbey Road and Let it be period and it doesn´t like the same band. The music evolution is amazing but (fucked!) this is not the point. Good songs lot of people wrote even though they had less knowledge. The question is: what´s The Beatles?
I´d say Liverpool´s boys were at the right place and time. The post-war times was bursteling with philosofie, behaver, technologic transformations and scientific  discoveres never seen or imagined before. Popularity of new midia like TV and movies contribuited for reach new artistic tendences and cultural exchanges. I´m not sure It is easily to be understood by people Who were born and live in a global world by Internet, in which a vídeo posted on youtube reachs the whole world in about three seconds. But in a world whithout Internet something had to push an english band away. The world  was fertilgrounds for the rebellious stile of The Beatles.
Another factor that contribuited to the beatlemania boom has been understood that people need to identify themselves with something to appreciate. The global atittude of these guys made that their rhytm full of inluences (as skiffle, rock´n roll and classical music) would be appreciate globaly. I´d say that, that time, it was a brilliant and visionary touch. The Beatles spoke to the world as if they spoke everybody languages.
The capacity of The Beatles to over do themselves as their fans grow and get older is also a decisive factor. The music and atittude of The Beatles a few years after their first hit ‘Love me do’ has been completely changed and it´s almost impossible to recognize. From 1966 to 1969, the band passed throw a Studio fase wich showed a way that has to do with the world history. Quite influenced by the Vietna war horrors the lyrics talked about piece and Love, wich pourred optimism in a world guided by the fear. Who ever head the privilege to listen to ‘All we need is love’ recorded live via sattelite to 26 countries, with participation of great names from that time such Mick Jagger and Eric Clapton knows what I mean.
Well, The Beatles are through. With a lot of atittude, and getting oportunities, and a litlle push from mídia and also a legion of crazy fans with had mutiplied several geaneration we have the biggest (it was the first?) phenomenon of the pop world.
Needless to say, we need this context to understand the phenomenon. Icon are made in the own times. Seems The Beatles changed the world, or correcting: showed the world that everything had been changed.

sábado, 13 de novembro de 2010

Como conquistar um Nerd

Nerd era um termo usado para designar, de forma pejorativa e quase sempre depreciativa, pessoas que exercem atividades intelectuais rotineiras, sendo fixadas em tecnologia, antissociais e solitárias. Surgiu no final da década de 50, e uma das versões, segundo a Wikipédia é que a palavra é a sigla para Northern Electric Research and Development, ou seja, aqueles indivíduos que trabalhavam no departamento de tecnologia da Nothern Eletric, uma companhia canadense.

Se você foi um adolescente nos anos 80 e 90, provavelmente você conheceu muitos nerds, ou foi um deles. Naquele tempo os nerds eram conhecidos como os losers da escola. Ultimamente porém, o mundo está mudado e, holofotes acendam: ser nerd tá na moda!

Exemplo é o sucesso do seriadinho da Warner Bros, The Big Bang Theory, onde os nerds deixaram os papéis de coadjuvantes e passaram a ser atração principal.  Mesmo sendo neuróticos, extremamente críticos, um pouco autistas e obsessivos, quem resiste à Leonard e Sheldon?
O novo nerd é sexy. E como tudo que está no auge, conquistar um nerd não é nada fácil.  Se você pensa que garotos nerds gostam de garotas nerds está enganada. Os nerds gostam de garotas “populares”, aquelas bonitinhas, mas ordinárias, que na escola os desprezaram quando eles eram os losers. É como que uma revanche social.  Não se engane, não é por que o cara é nerd que ele valoriza a beleza interior. Antes de ser nerd ele é homem.
Seja muito paciente pois os nerds são meio obsessivos. Não pense que seu namorado nerd vai dar fé da sua existência antes de 1) conseguir fazer o programa de computador rodar 2) pesquisar um assunto que o interessou incansavelmente  3) conseguir aquele número que não tem da sua coleção de revistas em quadrinhos 4) Escrever um ensaio sobre seja lá o que for. O lado bom é que quando ele quiser ser romântico 1) vai compor uma sinfonia para você 2) vai escrever um soneto clássico para você 3) vai até o fim do mundo para conseguir aquela “flor rara do gênero da latheolitas australis e que só floresce uma vez a cada conjunção da lua com o sol e que os antigos usavam para selar o amor no sec. II A.C. para presenteá-la no seu aniversário”.
Como conversar com um nerd? Essa parte é interessante, pois eles sabem praticamente de tudo. Então, assunto é o que não vai faltar. Mas não tente discutir com um nerd. Ele vai acabar com você, com sua retórica poderosa, permeada de referências eruditas. Minha dica é que, quando a discussão começar, você a encerre dizendo que prefere a definição de Protágoras sobre a Verdade, e que acha Sócrates um pederasta pedante com sua noção rígida de Verdade. Acho que isso deve calá-lo por alguns dias, até que ele tenha tempo de escrever um longo ensaio sobre isso.
Não espere que um nerd a acompanhe em programas como sair para dançar, caminhar no parque etc... Os nerds costumam desprezar a literatura médica que fala sobre os benefícios do exercício físico e acham que tudo isso é perda de tempo. Na verdade, se você pratica esportes ou frequenta academia será alvo de pesadas críticas. Mas não se importe. É da boca para fora. Nerds curtem mulheres gostosas, lembra?
Por fim, gostaria de pedir desculpas se pareci preconceituosa ou se de alguma forma estou esteriotipando as pessoas. Só estou fazendo uma brincadeirinha com dois amigos queridos!

How can you get a Nerd



Nerd was a term used for designante pejoratively and almost always depreciatingly people who performes routine intelectual activities, being crazy for technology, not outgoing and lonely. It appeared in the end of fifties , and one of version, as Wikipedia, is the word comes from Northern Electric Research and Development, in the words, It was the the employees from tecnology departure of Northern Eletric, a canadian company.


If you were a teenager in 80´s or 90´s probably you´ve known many nerds, or were one. By that time, nerds were known by losers of school. Lalety, though, the world is changed and, litgh up the spootlights: be nerd is fashion!


For example, the sucsses that from the Warner Bros show does, The Big Bang Theory, that nerds left the supporting role and started being main acttraction. Even though being neurotics, very criticals, a little autists and obssessive, who can resist to Leonard and Sheldon?


The new nerd is sexy. And as everything is on the top, get a nerd is not easy. If you think that nerd boys likes nerd girls you´re wrong. Nerds likes popular girls, beautiful but cretin, who despised them in the school. It´s like a social revanche. Don´t be fooled, it´s not why the guy is nerd he valorizes interior beautiful. Before being nerd he is a man.


Be very patient ´couse nerds are obssessive. Don´t think your nerd boyfriend will notice that you existe before 1) make the computer program run 2) resarch about something interesting for him 3)get that number from the magazine cartoon he haven´t 4)write a tese about something. The good new is, when he wants be romantic he will 1)compose a simphony for you 2) write a classical sonnet for you 3) go until the end of the word for get that rare blossom of the latheolitas australis genus, that only grows once when sun and moon are aligned, and that ancient used for seal the love in sec II B.C. for present you in your birthay.


How to talk with a nerd? This is interesting ´couse they can talk virtually about everything. So, It will not be lacking something to talk. But try don´t discuss with a nerd. He will finish you with his powerful rhetoric, full of classical references. My tip is, when the discussion begin you close it saying that you prefer Protagoras´s definition about the true, and you think Socrates a priggish faggy with his immutable version of true. I think this must shut him up for some days, until he has time to write a great essay about it.


Do not expect that a nerd follow you for going out to dance, walking in the park etc... Nerds use to ignore the medical literature that talks about the benefit of excercise and they thinks all this is lost of time. Actually, if you sport ou go a health club this will be very criticized. But don´t mind. It´s lip service. Nerds like hot women, do you remember?


Finally I´d like to apologize If I sound predjudiced, or If someway, I am stereotyping people. I´m Just teasing two friends of mine.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A natureza do Homem


Sempre me debati com a seguinte questão (e acho que não só eu, mas todos os filósofos do mundo): o ser humano é naturalmente bom ou naturalmente mau?

Segundo Rosseau, o homem nasce bom e a sociedade o vicia, e segundo Hobbes o homem é mau e a educação e a cultura é que refreiam seus impulsos perversos.

Baseando-nos no nosso dia a dia, temos tudo para concordar com Thomas Hobbes, afinal, basta abrir um jornal para ver do que o homem é capaz. As piores atrocidades estão descritas ali, cotidianamente, e de uma forma tão repetitiva que nem nos choca mais. "Mãe afoga filho", "avô estupra neta", "homem mata cinco e incinera os cadáveres", são apenas algumas poucas manchetes corriqueiras que vemos por aí. Isso só para falar das pessoas que chegam muito longe. Ainda nem citei os mentirosos, os salafrários, os desonestos, os corruptos, os traidores, os mau humorados, e por aí vai. E ainda nem citei os piores atos de animalia cometidos em guerras, penitenciárias etc (talvez chamar de animalia seja um tanto quanto ofensivo ao reino animal).

Pois bem... as duas maiores religiões do planeta também discordam nesse ponto. Para a religião cristã, o homem é herdeiro natural do pecado de Adão e Eva. Ele nasce do pecado e com o pecado, e só pode se purificar através dos dogmas da religião para merecer a vida eterna.

Já o Islamismo é mais otimista nesse assunto. Segundo o islã: "Saído da mão criadora de Allah, o homem é inocente, puro, veraz, livre, inclinado à retidão e à virtude, e dotado de verdadeira compreensão quanto à sua posição no universo...Essa é sua verdadeira natureza, assim como é da natureza do cordeiro ser manso, do cavalo ser veloz. Porém, o homem é apanhado pelas malhas dos costumes, das superstições, dos desejos egoísticos e dos falsos ensinamentos. Isto tudo o torna beligerante, impuro, falso, servil, desejoso daquilo que é errado ou proibido, desviado do amor para com os seus semelhantes, e da pura adoração ao Único e verdadeiro Allah..." (comentários dos signifs. dos versícs. do Alcorão Sagrado (pg 493\1247).


Li um livro que me trouxe idéias de grande alívio para o meu coração, novos estudos sobre a natureza do homem. Aliás, o livro é muito interessante, indico, é o best seller da psicanalista Ana Beatriz Barbosa Silva - Mentes Perigosas,o psicopata mora ao lado.

Conceitos magníficos são apresentados nesse livro. A autora, por exemplo, porpõe o conceito de consiência como sendo a capacidade que temos de amar.

A autora também fala que recentes estudos comprovam a natureza benigna do homem. Geneticamente, a maioria de nós é "progamada" para ser boa, solidária e se preocupar com o próximo. Testes feitos com macacos, inclusive, comprovaram que essa boa índole está presente também nos primatas. E que essa característica foi a herança de uma seleção natural, pois somente os indivíduos cooperativos podiam viver em sociedade e assim ajudar a perpetuar a nossa espécie.

Todo ser consciente nasce com a capacidade de identificar o bem e o mal. A educação é capaz de aprimorar esses conceitos. Tendemos pelo "correto" num certo nível da consciência, ainda que outros valores, sentimentos e influências nos levem para decisões, pensamentos e atitudes "incorretas".

Pensando por esse prisma, não conseguimos compreender como há tanta discórdia no mundo. Se proporcionalmente as pessoas "boas" do mundo estão em muito maior número que as más, e se a bondade é genética, raro excessões de distúrbios de personalidade, psicopatia e casos em que a cultura propicia o contrário, quer dizer que estamos deixando que a minoria comande nosso planeta e faça grandes estragos.

Fica aqui a frase de Martin Luther King, que resume tudo isso em poucas palavras: O que me preocupa não é o grito dos mausE sim o silêncio dos bons....

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma Sra. presidente...

"Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!" Dilma Rousseff

Que o Brasil é um país de vanguarda, isso ficou mais uma vez óbvio. Um país que cresce em importância aos olhos do mundo acabou de eleger uma mulher para Presidente da República.

Dilma Rousseff tem uma história de vida bastante ativa politicamente, embora tenha sido divulgada sua "pouca experiência" no exercício de cargos públicos. Há aqui um terrível equívoco por meio dos eleitores e da imprensa. Exercer um cargo público, por si só, não constitui experiência política. Experiência política é estar participativo nos processos democráticos no país, lutar contra desigualdades e participar do diálogo que visa o bem comum. Nisso, Dilma dá um banho.  Como se não bastasse, presidiu o Ministério brasileiro mais importante, a Casa Civil.

Alvo de pesadas críticas e até acusações severas, vista com nariz torcido e imenso preconceito pela classe média brasileira, a candidata do presidente Lula conquistou a massa brasileira, que a meu ver, não se deixou manipular pela mídia das elites. Ofereceu seu voto à princípio relutante e no segundo turno, de bom grado, reafirmando a aceitação de um governo que ajudou a transformar o perfil do nosso país.

Foi extremamente emocionada que assisti ao primeiro pronunciamento da presidente eleita. Confesso que tenho muitas críticas ao governo Lula, e não sei muito bem o que esperar de Dilma. Claro que conforme um conhecido ditado, mais prudente é esperar pelo melhor, mas nos preparar para o pior. Mas considero sua eleição uma vitória para o Brasil, em muitos aspectos. Antes de ser uma vitória feminina, considero uma vitória do eleitorado de classes baixas, que é tido sem cultura, sem estudos, e por isso incapaz de votar. Vi pessoas analfabetas com discursos muito mais lúcidos que jovens universitários ao defenderem seus candidatos nesta eleição. O Brasil está começando a sair da escuridão política.

São ultrajantes afirmações do tipo "o Brasil vendeu seu voto pelo bolsa-esmola". Penso que quem é capaz de elaborar uma afirmação tão difamatória sobre o povo brasileiro não respeita o Brasil, e não considera a sua população e não tem o mínimo preparo para participar da evolução do país. Finalmente, o Brasil vota pelo Brasil, e não pelo interesse pessoal de uma minoria.

sábado, 30 de outubro de 2010

Top Cinco - Como Morrer de Preguiça dos Homens em 5 Parágrafos

Ultimamente estou falando o que penso, doa a quem doer. Essa vai doer em alguns marmanjos, mas se alguma mulher discordar, que atire a primeira pedra! Comportamentos masculinos que me dão preguiça:



Comportamento 1 -  A necessidade da carreira: Outro dia conheci um moço que nem se formou ainda na faculdade e já tem a vida profissional inteira planejada: do programa de treinee até a aposentadoria. Esse desespero por ser o melhor na carreira significa muito estresse, muitas horas extras, muitas esposas, namoradas e filhos negligenciados e muita gordura localizada na região do abdômem e nem sempre mais dinheiro na conta. Não conheço uma mulher, bem sucedida ou não, que prefira fazer cerão a dar assitência a alguém querido. Se os homens se empenhassem dessa forma em TODAS as áreas de suas vidas, o mundo seria mais Humano. Mas é como se diz, um homem não é capaz de mais de uma coisa ao mesmo tempo.

Comportamento 2 - O tal do futebol. Gente, palavra, não existe alguém que ame mais futebol do que eu,e que seja mais fanática por seu time. Mas sinceramente, acho deprimente quando um homem chega em casa, abre uma cerveja e fica zapeando pelos canais à procura de uma bola rolando. Aí, acha um jogo da terceira rodada do campeonato da quinta divisão da Várzea e fica lá, delirando, como se fosse Real Madrid x Milan na final da Liga dos Campeões... Mais deprimente ainda é falar que falta ao enterro da mãe para ir ver seu time jogar. Homens podem e devem gostar de futebol, mas de forma alguma precisam ser alienados do resto do mundo e tão patéticos quanto a isso... Tão mais interessante ler um bom livro ou assistir a um bom filme...

Comportamento 3 - Mania de paquerar. A neim... Morro de vergonha alheia quando vejo um homem dando aquela espiadinha na mulher dos outros, na moça que atravessa a rua, na vizinha, na namorada do amigo... Gente, o mundo está tão evoluído em termos de comunicação, todo mundo tem acessoa peito e bunda na hora quer, por que um marmanjo ainda precisa sair na rua chamando as mulheres de gostosas como se fossem neandertais? Aí quando chega na boate e tem aquele tanto de mulherão semi-vestida dando mole, fica lá igual pastel, sem fazer nada... Vai entender!

Comportamento 4 - Homem adora dizer que não é consumista. E adora criticar nossas comprinhas tão básicas... Mas vocês já perceberam o tanto de tranqueira que um homem é capaz de amontoar? É aparelho disso, aparelho daquilo, coisas que eles nunca vão usar, parece que compra só para ter o gosto de ler o manual (mais uma vez indico um bom livro no lugar).

Comportamento 5 - Criticar Sexy and the City. Os homens odeiam e nós amamos. Por que? Por que é a vida que a gente (num fundo iluminado bem oculto da nossa alma) gostaria de ter: ser bem sucedida, linda, solteira e bem vestida em NY. Então, é a velha história, odeie o que você não consegue compreender. Mas nenhuma mulher precisa e deseja a companhia de um homem para curtir seu seriado preferido. Aliás, na hora que elas estiverem assistindo, arrumem um futebol de várzea para acompanhar e desapareça!



domingo, 24 de outubro de 2010

Para minhas amigas...

Hoje eu quero falar para as mulheres. Principalmente para as jovens. Quero dizer a elas o que é importante para suas próprias vidas, se é que elas ainda não descobriram. Mas acho que sim, pois estamos diante da mais incrível geração de mulheres que a humanidade já produziu. As idependentes.
Quero falar para minhas amigas, minhas primas, minhas conhecidas e minhas desconhecidas.

Quero dizer que espero que vocês concentrem todos os seus esforços, que são ilimitados, em estudar e acumular seus próprios bens, materiais e espirituais. Pesquisas demonstram que 60% da população idosa e miserável do planeta é composta por mulheres. Isso por que durante tempo demais, as mulheres se preocuparam com suas famílias, com seus filhos, seus maridos, mas nunca se preocuparam em garantir suas próprias vidas sem eles. E o que acontece é que os filhos vão cuidar de suas vidas, os maridos morrem ou pedem o divórcio e as mulheres que dedicaram suas vidas àquele núcleo não podem mais contar com ele.


Quero dizer que anseio por vê-las presidentes, diretoras, supervisoras. Isso é muito mais importante do que manter a casa limpa, o jantar na mesa e a roupa passada. E dá muito mais prazer. Mas quero que sejam atentas aos seus filhos, pois uma vez que decidirem tê-los, aí sim, vale o esforço do sacrifício da carreira. Por que ter um filho é o ponto máximo da vida de uma mulher. E se você tem talento para ser mãe, explore esse talento. Goste de criança e esforce-se em educá-la com todo o amor possível. Pois eles crescerão e se tornaram boas pessoas. Cuide do caráter dos seus filhos, pois isso é mais importante que fazer a vida fácil e segura para eles.


Entendam de uma vez por todas que vocês não precisam dos homens. Libertem-se da idéia opressora do romantismo com que vocês cresceram. Parem de valorizar as comédias romanticas e sejam mais objetivas nos seus relacionamentos, sabendo o que querem e o que esperam de alguém. Sejam menos infantis ao avaliar um pretendente. Descubram de uma vez por todas que o que vale a pena em um homem é a capacidade dele de cuidar de você, de te amar, de ser altruísta e leal. E pelo amor de deus, parem de esperar que aquele galã que você ta cansada de saber que é o maior galinha ligue, pois ele vai até ligar, mas quando não tiver ninguém para transar. Homens não mudam. Não queiram "produzir" um homem.


Entendam também que esse não é um manifesto feminista. Não é uma disputa com os homens. É apenas um trabalho de conscientização para que vocês sejam mais felizes. Por que nada melhor que poder comprar uma dúzia de sapatos com seu próprio dinheiro (ou seu carro novo, ou seu apartamento). Nada como  ver seu filho crescer saudável e inteligente. Nada como sair com os amigos para dançar no lugar de ficar sentada esperando um babaca que não te valoriza te ligar.


E meu último desejo, mulheres, parem de competir entre si e unam-se. Todas as mulheres são irmãs diante da Deusa!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sex Shop????

Ontem fiz um programa diferente.
Fui com uma amiga a uma sex shop. Ela quer ter um encontro inesquecível com seu namorado e pensou em abusar de alguns brinquedinhos. Lá fui eu de companhia.
Nunca tinha entrado em uma sex shop na vida... Tinha aquela curiosidade...
Marcamos na porta, e cheguei primeiro. Não entrei. Fiquei esperando por ela, toda sem-graça. Quando ela finalmente chega, vai toda cheia de desenvoltura subir as escadinhas que levam à entrada principal. Eu olhei para os lados e quando achei que ninguém estava olhando, entrei. Assim, como se estivesse fazendo alguma coisa errada... Senti que estavam todos os passantes olhando para mim e pensando alguma sacanagem a meu respeito...
Lá dentro, mais sem-gracês. As vendedoras agem com tanta naturalidade, até mesmo com certo tédio, que chega a ser desconcertante. Somos bombardeadas com uma infinidade de lingeries absurdas, plumas, paetês... Pênis de borracha de todos os tamanhos, kits eróticos, vibradores, fantasias de dominatrix... Tudo como a gente vê nos filmes mesmo.
Amadoras que somos, pedimos para que a vendedora sugerisse um gel de massagem, ou algo assim. E lá vem aquele tanto de potinho colorido, prometendo os maiores orgasmos do mundo! Fico meio desconfiada. Será?
Então entra na loja um moço muito bem vestido, de terno e gravata. Não pude deixar de olhar para ele com curiosidade. Foi tanto que ele ficou um pouco sem-graça também. Meus deus, um bando de adultos extremamente sem-graças de desejar dar uma garibada na sua vida sexual! Me senti uma pervertida...
O moço escolheu um preservativo com bolinhas texturizadas. Achei interessante por que era impossível que ele sentisse prazer com aquilo. Deve ser encomenda da namorada, claro.
Os vibradores... Tantos modelos, tantas opções... Particularmente acho vibrador uma coisa meio triste. Fico imaginando uma mulher extremamente solitária, com síndrome de pânico, passando seus sábados à noite com seu vibrador de velocidade regulável... Quase chorei só de pensar... Também, um vibrador custa tão caro que só de pensar no preço me deprimo. Mas a vendedora dá um sorriso maroto e diz: Queridas, o prazer custa caro...
Para não passar batida, comprei um gelzinho e uma lâmina de menta para sexo oral.  Não ia sair de uma Sex Shop de mãos abanando, certo?
Na saída eu estava mais relaxada. Saí numa boa, com minha sacolinha, para a noite quente e úmida de Belo Horizonte.
Até que foi divertido!

sábado, 16 de outubro de 2010

Ao Mestre com carinho...

Ao longo da vida tive muitos professores marcantes. Muitos. Alguns se tornaram inesquecíveis pelo apego aos ideais, por sua luta diária com o ensino público no Brasil, pelas dificuldades enfrentadas e vencidas com muita criatividade. Outros serão lembrados pelo seu jeito inusitado de ensinar, e muitas vezes bateram de frente com o sistema, com as regras, com a sociedade e sua concepção engessada da educação, com nossos próprios preconceitos. Ainda haverão os que se fizeram recordar pela antipatia, pelo rigor desnecessário, pelo relacionamento ruim que tive com eles. Porém, cada um deles conseguiu me ensinar muito mais que somente o programa escolar sugerido. É impossível que um professor, ainda que mal formado, incompetente ou insatisfeito, não dê algo de si mesmo numa sala de aula, além dos seus conhecimentos.

Lembro-me de um professor no colégio, meio doidão, da cadeira de Filosofia. Eu estudava numa escola municipal, uma das pouquíssimas de alto padrão existentes no país. O professor, nem lembro mais o nome. Magrelo, barbudo, daqueles intelectuais pré-Lula, esquerdistas ferrenhos. Os discursos inflamados dele eram inspiradores, e ele colocava lenha na turma inteira!

Havia um trabalho em grupo cujo tema era Liberdade de Expressão. A apresentação também era livre: a gente podia escolher como abordar o tema da forma que quisesse, com um ensaio, uma dissertação, uma peça de teatro, enfim...Obviamente que a turma ficou eufórica querendo apresentar o melhor trabalho. Meu grupo eram uns 5 meninos e eu, e eles todos tocavam algum instrumento e curtiam rock. Resolvemos explorar o talento dos meus colegas e anunciamos que nossa apresentação seria no auditório. Os caras montaram uma banda no palco, e escolhemos direitinho a música: Sexo - do Ultraje a Rigor. Quando os meninos começaram a tocar  no auditório que era somente uma sala muito grande com cadeiras, sem nenhum isolamento acústico, a música alcançou a escola inteira, e de repente o auditório foi ficando cheio, cheio, cheio, e todo mundo abandonou as salas de aula para protestar com a gente:

E só porque
Aparecia uma coisa
Que todo mundo conhece
Se não conhece
Ainda vai conhecer
E não tem nada de mais
Se a gente nasceu
Com uma vontade
Que nunca se satisfaz
Verdadeiro perigo
Na mente dos boçais...

A confusão gerou uma proporção incontrolável... Como controlar uma multidão de adolescentes decididos a valer seu direito à liberdade de expressão? Só lembro que o professor malucão era o que mais se divertia e cantava e pulava, de pé sobre uma das cadeiras... Foi um momento glorioso!

Claro que a história não acabou bem para ele. Tomou uma ferrada do Diretor, obviamente. O que só fez valorizar o caso, pois no dia seguinte, lá estávamos todos, nós alunos, empunhando cartazes de protesto e usando um esparadrapo na boca. Usamos o esparadrapo uma semana, uns mil jovens, e a coisa cresceu tanto que o conselho estudantil foi assediado pelo Estado de Minas e pelo MG TV. Aparecemos em primeira capa: Alunos da rede pública fazem valer seu direito à Liberdade.

Sei que muitos colegas meus daquela época são hoje médicos, advogados, publicitários, engenheiros... Não posso deixar de pensar que um pouquinho do que somos hoje devemos à mente livre daquele professor meio maluco e meio maconheiro.

domingo, 10 de outubro de 2010

Porque o aborto precisa ser legalizado

Assuntos polêmicos como o debate do aborto e mais uma necessária reforma da previdência devem, por regra, serem evitados em época de eleição. Dilma Roussef por exemplo, está amargando a perda de alguns importantes votos por conta de seu posicionamento em favor do retorno do debate em torno do aborto. Isso demonstra mais uma vez a imaturidade do eleitor brasileiro, é a consequência lamentável de um país que não prima por investimentos na educação.

Ser contra ou a favor do aborto é muito diferente de ter uma legalização do aborto. Ser contra ou a favor do aborto é uma questão pessoal, que deve ser baseada na experiência de vida, na religião e na consciência de cada um. Eu, particularmente, sou contra. Não faria em hipótese alguma. Mas penso assim hoje, que sou uma mulher adulta, madura, independente e que tem as decisões baseadas na minha própria consciência. Porém sou a favor da legalização do aborto sim, e penso que é um absurdo e uma falta imperdoável de colhões da câmara brasileira manter o projeto parado há tantos anos (19, para ser precisa).

A questão não é levada a sério no Brasil pelo mesmo motivo que uma mulher não pode tocar um homem estranho nem acidentalmente na Arábia Saudita. Naquele país, a mulher é considerada inferior ao homem, e portanto, um ser impuro. Aqui, os direitos de todos prevalescem sobre os direitos das mulheres. Tudo é questionado no debate sobre o aborto: o direito à vida do feto, a posição dos padres, a opinião dos médicos - menos o direito da mulher sobre o próprio corpo.

Só por que eu sou contra o aborto, devo negar a milhares de mulheres o direito a um atendimento adequado, quando por algum motivo que para elas faz muito sentido, decidirem interromper uma gravidez? Por que os padres (que são todos homens), tem tanto a dizer a respeito, quando não fazem a menor idéia do que significa não aceitar estar grávida sem ter desejado estar? Não deveria ser uma decisão pessoal chegar ao ponto de fazer o aborto, e não uma proibição e um crime? Será que por ser ilícito, algum aborto deixa de se realizar no Brasil? Nos países onde é legalizado, se realizam mais abortos que aqui? Será que saber que poderia optar por um aborto legal não daria mais tranquilidade a uma mulher numa situação difícil de decidir manter a gravidez, pois é sabido que muitas vezes o aborto acaba sendo um ato de desespero?

Bom, se a Dilma vai restaurar o projeto sobre a legalização do aborto e levá-lo ao plenário, mais um motivo para merecer meu voto. Só uma mulher poderia viabilizar essa importante questão no Brasil. Sem discursos religiosos e demagogos. Aliás, quanto mais a religião estiver fora da política, melhor para todos nós. Anseio por um país maduro, e não por um país governado pela ignorância e pelo pseudo-moralismo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Deus das Pequenas Coisas

Para finalizar a série Meus Dez Livros Preferidos, O Deus das Pequenas Coisas, livro de estréia da roteirista, ativista e escritora indiana Arundathy Roy.

A delícia de ler esse livro começa pelo título. Raramente se pode julgar um livro pela capa, ou pelo título, mas tenho um apego especial pelos títulos. Minha vontade de ler um livro passa pelo título, e também pela capa. Hoje em dia, com tantas mídias brigando por nossa atenção, tenho que dar o mérito a todos os produtores editoriais e designers que tornam o prazer de ler um bom livro ainda maior: elaborando a programação visual atrativa para nós, leitores, saborearmos.

Depois, o prazer de ler o livro só acaba mesmo com o fim dele. E mesmo assim, ainda fica aquele suspiro final, quando a autora, numa sacada de mestre, termina a história profundamente triste com um capítulo belíssimo, narrando uma cena de amor como eu raramente vejo ser contada: pura prosa poética...Ou seja, o livro é permeado de flashes, e a narrativa não é linear, com idas e vindas pela história.

O Deus das Pequenas Coisas se passa na Índia, e conta a história de como a vida de duas crianças, irmãos e gêmeos, é alterada drasticamente, e definida pela força de pequenos acontecimentos presentes e passados. Uma simples decisão, uma partida, uma carta escrita, a visita de uma prima, palavras e mal pensadas ditas do outro lado de uma porta, coisas que parecem insignificantes, mas influenciam com grande peso os acontecimentos da vida, fazem com que os pequenos Rahel e Estha sejam atirados ao destino.

Além de uma bela história, O Deus das Pequenas Coisas nos deleita com uma literatura permeada de poesia, cenas singelas, que parecem terem sido retiradas com um pincel da mente de uma criança...

Arundathy Roy nos apresenta, apaixonadamente, as leis do amor, que determinam quem deve ser amado... e como... e quanto.

" - Rahel, você sabe o que acontece quando magoa alguém? Essa pessoa passa a gostar de você um pouco menos."



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sem perder a ternura jamais...



A crítica política no Brasil está longe de ser coerente... As pessoas ou generalizam tudo ou se alienam completamente dos fatos no nosso país.


Frases como “todos os políticos são corruptos” e “nada no Brasil vai pra frente” são de uso fácil, principalmente em época de eleição. Mas os brasileiros não querem tomar partido de nada que concerne à administração do país, nem em uma esfera menor, em suas cidades, por exemplo. É muito fácil criticar quando não se participa de nada. É muito fácil condenar e repetir frases prontas e gastas. A verdade é que o brasileiro ainda se faz de vítima, se posiciona como coitadinho colonizado, sem ânimo para nenhum tipo de protesto ou revolução, vai aceitando a robalheira, e tirando proveito quando pode do que pode...

Todo povo merece o governo que tem: isso se aplica ao nosso país. Porém, penso, toda vez que me mobilizo junto com o país para participar de uma eleição, que há tempo e espaço de transformarmos nossa história. Fomos formados como um povo corrupto e sem ética (fama internacionalizada do nosso país), mas não precisamos seguir com esse péssimo estigma pelo resto dos nossos dias. Mesmo porque, não somos somente corruptos, mas também criativos, batalhadores, temos tecnologia de ponta em várias áreas, temos uma cultura riquíssima, temos a nossa respeitadíssima vanguarda musical, temos talentosa gente, o melhor futebol , o melhor vôlei, a melhor natação... Temos riquezas naturais infinitas, temos combustível sustentável e não poluente, temos petróleo também, temos tanto mais para nos orgulhar do que para nos envergonhar.

Ontem, quando fui às urnas dar meu voto, tinha levantado o currículo dos meus candidatos, tinha pesquisado a vida deles, tinha analisado suas propostas e pensado muito: o que eu quero para meu país? Tinha me recordado dos governos anteriores e puxado das minhas aulas de história os passos que rumamos até alcançarmos o terceiro milênio como um dos países emergentes mais prósperos do mundo. Tudo o que eu fiz pode ser visto pela maioria dos brasileiros como uma chatice... Mas me orgulha saber que entre os três melhores colocados à candidatura à presidência da república, dois deles eram mulheres.

Orgulho de ser brasileira. Orgulho de ser mulher...

Só de pensar que em alguns lugares do mundo às mulheres não é permitido exercer um cargo público e muito menos participar de um processo democrático, senti-me imensamente privilegiada. Emocionei-me ao apertar a tecla CONFIRMA. Lembro de o meu pai ter chorado nas primeiras eleições diretas para presidência da república. Só quem viveu numa época de opressão sabe o que vale viver num país democrático. Onde um Tiririca pode ser Deputado Federal. Onde um operário pode mudar a história de um país que caminhava para a falência moral, levando níveis vergonhosos de analfabetismo e miséria...

Sim, orgulho de ser brasileira. Mas só um brasileiro que ama seu país tem o direito de se orgulhar. Os outros seguem reclamando de tudo e não agindo em nada...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dez vantagens do melhor amigo sobre o namorado

1 - Quando você está na fossa o seu melhor amigo te leva para a balada. ( Se você está na fossa, provavelmente a culpa é do seu namorado, então é melhor que ele nem saiba...)
2 - Se o seu melhor amigo lhe diz que você está gorda, você pede a ele conselhos para otimizar seu treino de musculação. ( Se o seu namorado tiver amor aos próprios dentes ele nunca irá lhe dizer isso...)
3 - Você não vai ter um ataque de ciúmes se seu melhor amigo deixar de sair com você para sair com outra garota. 
4 - Você não precisa depilar até o útero para sair com seu melhor amigo.
5 - Se você chama seu melhor amigo por apelidinhos ridículos na frente de todo mundo ele não vai ficar emburrado com você. ( Se você fizer isso com seu namorado, não espere que ele responda...)
6 - Você não precisa se preocupar se seu melhor amigo é tatuado, usa brincos e tem uma carreira de sucesso para apresentá-lo a sua mãe.
7 - Você não pira se seu melhor amigo ficar uma semana sem te telefonar.
8 - Você pode contar tudo ao seu melhor amigo. (Não tente fazer isso com seu namorado...)
9 - Você pode sair com seu melhor amigo para ficar horas olhando vitrines no shopping, ele vai compreender. ( Pode ser que seu namorado compreenda, mas ele vai estar querendo te matar no final do dia e se odiando por ter aceitado um disparate desses!)
10 - Você pode discutir algo polêmico com seu melhor amigo, sem que a discussão se torne uma briga no final. (Com o namorado, geralmente a briga vai rolar...)

E para finalizar, a única desvantagem do seu melhor amigo sobre seu namorado é que ele não vai estar disponível para transar com você. (Pode ser que seu namorado também não esteja, então... não chega a ser exatamente uma desvantagem...)

=P

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um homem precisa viajar...



Um dos meus maiores dilemas é ser apaixonada por viagens e não poder bancar todas as que eu gostaria de fazer, ou por falta de tempo, ou por falta de dinheiro. Quando eu tinha bastante tempo para viajar e conhecer o mundo, na adolescência, por exemplo, antes de começar a trabalhar, eu poderia ter me tornado uma mochileira, essas pessoas que colocam um cobertor nas costas e conhecem o mundo pegando carona, se hospedando em albergues e usando de muita política e sensibilidade para cultura diversa. Mas eu não era intrépida, nem ousada, e também sempre tive o intestino preso, o que se agrava quando estou fora de casa, pois nada inibe mais meu intestino que um banheiro desconhecido, sujo ou a ausência completa de um banheiro.

As poucas vezes em que fui acampar serviram para me mostrar que não nasci para acampar. Uma vez, após montar minha linda barraca numa encosta, de frente para um vale verdejante, desabou um temporal e minha casa temporária ficou no meio de uma correnteza, com todas as minhas calcinhas dentro... Quando cheguei, e vi tudo o que eu tinha encharcado, tive uma atitude muito filosófica: Eu sentei e chorei...

Mochilar é um mistério para mim... Como as pessoas conseguem "mochilar"? Levar numa mochila tudo o que precisam para sobreviver alguns dias? Sobretudo, sendo mulher! Como viajar sem xampu, condicionador, hidratante, filtro solar, escova de dentes, repelente de insetos, fio dental, enxaguante bucal, aspirina, plasil, dorflex, ponstan, maquiagem, secador de cabelos, chapinha, caixa de OB...E isso só para falar de alguns pouco ítens necessários à sobrevivencia feminina... Não tem como tudo isso caber numa mochila, e não tem como um ser humano rodar toda a Europa com tudo isso nas costas...

As pessoas vêm me falar que se eu não me livrar do pânico de Hostel eu não vou conhecer lugar nenhum, pois é pouco provável, para mim, ir para Paris e ficar no Ritz (de preferência na suíte Elton Jonh). Mas uma das coisas que me move a viajar são os Hotéis. Eu amo um Hotel! A idéia de sair para conhecer um lugar e na volta ver que minha cama esta arrumadinha, toalhas perfumadas no banheiro e aquele frigobar cheio de quitutes me fascina. Sem falar em ligar no room service e pedir um lanchinho. Quase choro só de imaginar!

Eu não penso: "vou passar férias no Rio!" Geralmente eu penso: "Vou passar Férias no Copacabana Palace". Isso é pedir muito?

Outra dificuldade de viagens internacionais é que o mundo odeia quem fala português, e geralmente odeia também quem fala inglês... como vou sentar num restaurante e pedir um filé grelhado em polonês? Também detesto "programa de turista". Sabe assim, trinta japoneses de boné fotografando cada peido que os nativos dão e um guia explicando que "il Fontana di Trevi il mio sogno è tutto d'or, sento in me la speranza credo soltanto nell'amor"... Não dá né...

Bom... Espero programar muitas viagens baratas (já que não tem outro jeito), e conto com meus leitores e amigos para me darem boas dicas... Fui intimada a conhecer o mundo. E vou finalizar com uma citação de Almir Klink que simplesmente acho que cola:

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Aperitivo 6/9




E por que haverias de querer minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.



Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?



Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me.
(Hilda Hilst - Do Desejo - 1992)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"nada é pior que ser comum..."




A maioria das pessoas vive tentando se convencer de que suas vidas são perfeitamente satisfatórias, e gastam muito tempo tentando nos provar isso. Elas discursam sobre como suas viagens são emocionantes, como seus empregos são o máximo e como seus amores são os ideais... Essas pessoas colocam fotos sensacionais em suas redes de relacionamento e só expõe o que pode ser admirável...

Porém eu acredito piamente que quem quer provar alguma coisa para alguém, geralmente está tentando convencer a si mesmo.
Vejo que a maioria de nós vive uma vida sem maiores emoções. Sai para trabalhar todos os dias, vive algumas frustrações, chora, ri, e jamais pisou em Paris, ou jamais fez safári na Africa. De repente, ser normal é surpreendentemente chato...
Hoje em dia, o ideal de felicidade está tão sofisticado que ser feliz com pouco é quase um absurdo! Só que nos esquecemos que o extraordinário é para poucas pessoas... E não a regra. A regra é ser comum mesmo!

Quando a personagem de Mena Suvari declara, no filme Beleza Americana (drama de 1999, dirigido por Sam Mendes) que "não existe nada pior do ser comum", uma adolescente que vive uma realidade projetada por ela para parecer algo que não é, o extremo esforço do ser humano em representar a pantomima da felicidade se descortina. Por que não existe nada pior do que ser comum? Viver de aparências não seria um pouco pior que isso?

Pessoas comuns: rejubilem-se! Parem de sofrer com a pressão imposta pela mídia e pela sociedade e pelo Facebook! Sua vida não precisa ser um filme hollywoodiano com trilha sonora, efeitos especiais e performance de galã. Você é um ser-humano, não uma personagem com roteiro a representar. Filme no sofá em pleno Sete de Setembro? E dai? Passar as férias com a avó no interior? E daí? Ter um emprego que você odeia e viver apertado de grana? E daí? Você não tem idéia de quantas pessoas no mundo são felizes vivendo dessa maneira.

Existe uma felicidade que está dentro de nós. Li isso num dos livros do Dalai Lama, acho que A busca da Felicidade. Valeu, Dalai Lama... Você me mostrou algo que meus olhos acostumados ao espetáculo não conseguiam ver... No backstage, a vida comum... E feliz!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Fernanda no Limite da Razão


Algumas pessoas não acreditam em Deus.

Não estou aqui para criticá-las, não sou nenhuma beata de porta de igreja, na verdade detesto gente que vem pregar no meu ouvido e tentar me convencer de que sua crença é a mais certa. Não acredito que existe "crença certa". Acredito em Deus. Acredito no bem que ele causa em minha vida, e acredito que Ele seja uma fonte infinita de poder e amor. Vejo belíssimos ensinamentos filosóficos em diversas religiões, e colho um pouco de espiritualidade em todas elas. Acho que a fé é um pilar sem o qual seria difícil manter a sanidade num mundo tão cheio de dificuldades, sendo que essas dificuldades existem por diversos fatores muito complexos para que eu possa divagar sobre eles aqui.

Mas o fato é que sinto uma certa pena dos agnósticos, dos céticos e dos ateus. Obviamente que a ciência e a razão são os propulsores do desenvolvimento do mundo e da qualidade de vida do ser humano. Sem a razão, valores como igualdade, fraternidade e liberdade para todos os seres humanos não seriam perseguidos pelos homens. Sem a ciência, não compreenderíamos os fenômenos da natureza e não saberíamos como tirar proveito deles. Mas, como já dizia o filósofo, a razão sem a fé beira a loucura, assim como a fé sem a razão é cega.

Prova é que os grandes cientistas acreditavam em Deus. Quanto mais próximos eles ficavam da compreensão da natureza, mais eles se davam conta de que nada sabiam e nada poderiam compreender. Mas gênios que eram, vislumbravam que sua ignorância era ilimitada, e que a perfeição do universo só poderia ser explicada por uma força criadora. A que chamamos de Deus. E para qual cada um pode inventar seu próprio nome.

Há muitas razões para a fé. E muitas razões para a falta dela. Porém, quando não acreditamos em nada, penso que a vida se torna vazia e sem sentido. Imaginem que tudo o que criamos, sentimos e vivemos em nossa existência não tenha razão ou significado algum! E que tudo o que somos vai se tornar pó de estrelas... Cada pensamento nosso... cada alegria... cada pessoa que amamos... cada pôr do sol que assistimos...Imaginem que não exista nada em que se apoiar num momento extremo de dor e de desespero...

Sinto pena das pessoas que não podem contar com o consolo da fé... Sinto pena dos que não vêem quão sobrenatural é a beleza do mundo... e sobretudo tenho pena, muita pena, das pessoas que acham que podem alcançar todo conhecimento e que são autosuficientes... sem perceber quão frágil e maravilhoso é o simples ato de estar vivo...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Design de Ambientes - Móveis Pesonalizados

Cozinha planejada
Todo mundo sabe que investir num projeto de ambiente para deixar a casa ou o trabalho bonitos e funcionais só traz benefícios. Além de proporcionar bem estar e qualidade na convivência, ambientes projetados são mais produtivos.

Móveis planejados são mais acessíveis e hoje em dia se pode contar com empresas que fornecem produtos de boa qualidade. Porém, investir em móveis personalizados ainda é a melhor proposta para quem deseja aproveitar cada pequeno espaço em seu ambiente, além da maior gama de opções em materiais, acabamentos e ferragens. O custo ainda é maior, uma vez que cada móvel e montagem são únicos. O projeto de ambientes ainda tem a vantagem de corrigir pequenos contratempos da arquitetura, como vigas aparentes, pilares, desníveis e aproveitamento de nichos e "espaços mortos".

Se você deseja e pode contratar uma marcenaria personalizada para instalar seus móveis e executar seu projeto de ambiente, tenha em mente que o sucesso do seu investimento depente dos profissionais contatados para realizá-los. Comece contratando um designer que vai respeitar suas necessidades inclusive de custo. O designer é o profissional que vai avaliar seu espaço, suas preferências de estilo e sua capacidade de investir, e vai elaborar o projeto especialmente para atender a essas necessidades. Depois, a escolha do profissional que irá executar o projeto deve ser criteriosa, mas geralmente quando o projeto é bem elaborado e orientado, um bom marceneiro será capaz de realizá-lo sem maiores problemas.

Para exemplificar a complexidade de um projeto de ambientes, o que vejo de bem complicado é a execução de móveis para Home Theather, devido à necessidade de coordenar o projeto com a aquisição de aparelhos eletrônicos que estão cada vez mais sofisticados. O ideal é que a elaboração do projeto tenha a participação do profissional que vai executar a automação do Home. É preciso prever passagem e acesso de uma infinidade de cabos e fios, e é preciso que nada disso fique aparente. É preciso também personalizar a medida do móvel e seu lay out para cada aparelho, e também é necessário que o móvel não interfira em seu funcionamento. Até a cor de um móvel pode interferir na otimidade do Home, pois na interface com aparelhos que produzam imagem, pode prejudicar a perfeição e pureza da mesma.

Em minha experiência observo que os mínimos detalhes são justamente os pontos problemáticos depois. Uma simples caixa de eletricidade mal alocada pode gerar um grande transtorno na instalação de um móvel, e é aí que o designer entra para trazer a solução.

Outra opção é contratar uma empresa que já possua profissionais que dêem assistência ao projeto, como a empresa em que trabalho, a Hermes Ebanesteria. O projeto é avaliado em seus mínimos detalhes antes da execução, pontos críticos são corrigidos e soluções são apresentadas ao cliente a ao profissional que elaborou o projeto. Designers (como eu, rsrsrs), especializados em projetos de marcenaria, apresentam soluções técnicas e supervisão da montagem, além de cuidarem para que o acabamento final seja excelente.

Algumas pessoas acreditam que o custo desse serviço é alto, mas se avaliarmos os benefícios, é um investimento em qualidade de vida e otimização de espaços que vale muito a pena para o cliente e os profissionais envolvidos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Homens que odeiam as mulheres

Uma amiga minha me disse: "Fê, tem tempo que não leio o seu blog... Você ainda odeia os homens?"
Isso deveras me preocupou... Eu não odeio os homens! Se alguma vez eu escrevi algo que desse a entender isso, vão aqui minhas desculpas públicas... Na verdade, eu amo os homens... Eles é que não me amam muito...

Realmente, existe sim um tipo específico de homem que eu odeio... É aquele tipo que se apaixona perdidamente... Faz todas as loucuras para atrair nossa atenção... E quando a gente cai na teia dele... Ele começa a se desinteressar da gente na exata proporção em que começamos a nos interessar por ele.

Ca-ra-lho!!! Não faz sentido esse tipo de homem!!! Ok, acredito que possa existir mulher assim também... Mas como elas não me afetam, não tenho o que dizer a respeito... O que posso fazer é ser solidária com o homem que foi o centro das atenções de uma mulher pelo tempo que ela achou conveniente, e quando se viu apaixonado, a mulher pulou fora e fugiu como o diabo da cruz.

Esse tipo de pessoa tem um jeito muito honesto de dar o fora em alguém, por isso fiquem atentos: a pessoa começa simplesmente a negligenciar a outra. Para de ligar, de dar atenção, de dar carinho... Nunca tem tempo... Para ela, está muito claro que ela está dizendo que não quer mais... Mas para nós, que estamos apaixonados e acostumados com todo aquele excesso de atenção, isso dá um nó na cabeça... E começamos a justificar a pessoa de todos as formas... Ela está muito ocupada... Ela está com outras preocupações... Ela não tem dinheiro para sair com você... Até que você está totalmente perdido, deprimido e atordoado, então, cansado de tanta desconsideração, nós é que damos o fora na pessoa! Ela não tem coragem e nos obriga a fazer o trabalho sujo. É nojento!

É um pouco como o traficante faz com o drogado... Uma dose pequena para você experiementar, você prova, gosta... E as doses vão aumentando, e sua necessidade vai aumentando... Até que um dia ele simplesmente diz que se você quiser mais, vai ter que pagar (e caro) para ter... Então você dá a vida por aquilo, já que está totalmente viciado...

Bom, como vocês podem perceber, não é saudável... Então, para não cair nesse tipo de relação, descarte alguns mitos da sua cabeça: amor à primeira vista, é um deles... Pessoas que dizem eu te amo, ou eu te adoro no segundo encontro? No mínimo desconfiem. Ninguém ama tão rápido. Ninguém se apaixona à primeira vista. Isso só pode ser uma cilada que vai acabar com alguém chorando... Aí eu recomendo a cama, que é sempre um lugar tão bom para amar quanto para afogar as mágoas...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Top 5 - As 5 prioridades que espero dos próximos governantes

Gostaria de ser uma engajada política. Levantar bandeira, ir para a praça pública protestar, defender meus ideais avidamente... Porém, assim como nenhuma religião responde completamente às minhas questões espirituais, nenhum partido político me seduz cem por cento. Prefiro acreditar em um candidato com vontade de melhorar o país do que em rivalidades exacerbadas.

Dia 15 de outubro lá vamos nós para mais uma maratona eleitoral. Se estaremos preparados para a batalha? Espero que sim... Não acredito que a missão esteja cumprida nesse dia e após as apurações. Penso que como cidadãos responsáveis, devemos acompanhar nossos eleitos e pressionar para que eles trabalhem honestamente.

Então o top 5 de hoje é sobre as 5 prioridades que vejo que devem ser atacadas com muita garra pelos novos eleitos. Quando eu for às urnas votar no dia 15, é isso que eu espero deles, sejam quem forem.

1) Educação e Cultura:  acho que os políticos e a sociedade num geral devem olhar com mais carinho para as crianças do Brasil, que são o futuro desse país, e andam tão mal cuidadas por todos nós. Começando pelo estatuto da Criança e do Adolescente, que eu gostaria que fosse levado mais à sério por todos os governantes e por todos os cidadãos. Se toda criança tem direito à saúde e educação, então que a gente encontre um jeito de colocar todos esses pirralhos na escola, e de assegurar que tenham uma educação de qualidade. E também quero que essas crianças sejam vacinadas e atendidas gratuitamente, com qualidade, nos Postos de Saúde e hospitais públicos. Quero que tenham acesso aos medicamentos e que não precisem morrer de doenças simples, perfeitamente tratáveis. Seria ótimo também que seus pais pudessem lhe dar alimento saudável para garantir sua energia para brincar e para criar.

2) Honestidade: Quero que os políticos sejam vigiados de perto. Porque já sabemos que a ocasião faz o ladrão, e num meio onde é fácil desviar dinheiro público, até um carinha certinho pode se corromper. Quero transparência na política. Quero saber o que esse pessoal faz com o dinheiro dos nossos impostos, centavo por centavo. E quero mais honestidade da polícia, dos funcionários públicos e de todos os que trabalham pelo país.

3) Reforma tributária: Somos um dos povos que mais pagam impostos no mundo! E quem mais paga imposto no Brasil é quem tem menos grana... Por que isso não foi distribuído proporcionalmente até hoje? Isso sem falar nas pequenas e médias empresas, que hoje são a grandes geradoras de empregos. Gostaria que a barra fosse aliviada para os pequenos empreendedores, para que eles possam crescer e produzir mais. Quero que a renda seja melhor distribuída no país. Não sou socialista, nem acredito nessas coisas. Mas acredito que a classe miserável do Brasil pode ser menos miserável. Isso também amenizaria o problema da criminalidade e da violência urbana.

4) O bom exemplo do orçamento participativo ampliado para o Brasil: em minha cidade os cidadãos escolhem periodicamente, entre duas obras sugeridas pela prefeitura, qual deve ser executada. Há uma eleição entre os moradores de cada região, e nós escolhemos o que queremos que seja feito, e que achamos mais importante para nossa vida. Isso funciona, retirando poder de uma elite burocrática e ampliando-o para a sociedade. No Brasil, vejo grande esperdício do patrimônio público em obras faraônicas que só servem para lavar dinheiro e enriquecer políticos. Chega disso!

5)  O Brasil é nosso: o brasileiro precisa acordar para uma realidade inquestionável: cada povo tem o governo que merece. Se é assim, por que tanta robalheira no poder público? Por que ela começa no nosso dia a dia, no nosso trabalho, às vezes dentro de nossas casas. Quem é cem por cento honesto a ponto de poder jogar uma pedra no plenário? Quem não tem "gato" de eletricidade ou internet em casa? Quem não usa o "tio poderoso" para furar uma fila ou para ser indicado num emprego de confiança? Quem não joga guimba de cigarro no chão? Quem não estaciona em fila dupla? Quem não acha que tem mais direito que os outros e respeita o seu próximo? Quem não corta uma árvore sem autorização da prefeitura? Quem não usa e abusa do infame "jeitinho brasileiro"?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

30 coisas para se fazer antes dos 30

1) Formar-se no terceiro grau (qualquer faculdade que você odiou fazer, mas que compensou pelas farras, os porres, os amigos e o diploma que vai te sustentar pro resto da vida).
2) Assistir a Forrest Gump (aquele filme com o Tom Hanks e uma trilha sonora fantástica).
3) Viajar barato e ficar hospedado em Hostel, mochilar, acampar, etc etc (acredite, depois dos trinta você não vai suportar fazer isso mais).
4) Ter vários namorados ao mesmo tempo (é algo que só é possível quando você é totalmente inconsequente... Depois dos 30 os sentimentos dos outros se tornam tão importantes quando os seus).
5) Fazer alguns amigos verdadeiros (se você passar dos 30 sem nenhum, corte os pulsos...)
6) Conhecer o carnaval de Salvador ( supõe-se que o de Diamantina você tenha conhecido antes dos 20)
7) Tomar quantos porres você achar necessário (Depois dos 30 o corpo fica odiosamente pouco resistente ao álcool e propenso à ressaca)
8) Parar de fumar (Se você não conseguir apagar esse mal hábito, depois fica mais difícil).
9) Aprender a dirigir (Acredite, depois dos 30 é bem difícil também).
10) Aprender uma segunda e se puder, terceira língua (Você vai precisar!)
11) Amar seus pais (Quanto antes você fizer isso, mais tempo vai poder curtir os velhos).
12) Tocar algum instrumento (Ah, absolutamente necessário não é, mas é tão bom)...
13) Carimbar seu passaporte (Lembra dos Hostels?)
14) Beijar na chuva (deve ser fantástico)
15) Ficar bêbada e fazer um streap tease (imagina lembrar isso 10 anos depois? pior, imagina ver a filmagem que seus amigos fizeram disso 10 anos depois!!!)
16) Sofrer por amor (sofrer profundamente, ridiculamente, desesperadamente...)
17) Sofrer de novo por amor (quando você acha que já chorou tudo o que tinha que chorar...)
18) Se entregar sem pensar (sabe quando você mergulha de cabeça em alguma coisa muito profunda, sem pensar que o fundo é de azuleijo?)
19) Aprender a gostar de criança (mas deixe os filhos para depois dos 30)
20) Conhecer seus inimigos ( Conhece a ti mesmo, o autoconhecimento é a maior defesa do ser humano)
21) Aprender a gostar de praticar atividade física (antes dos 30 ninguém acha que precisa... até chegar aos 40 e se arrepender de todas as abdominais que você não fez)
22) Ter cabelão na cintura (A data limite para essa cafonice são os 29... Depois disso você corta, repica, vira moderna e pareça uma mulher, não uma mulher que quer ser uma adolescente!)
23) Aprender a economizar (depois dos 30 você descobre que todas as cervejas a menos que tomou e todos os sapatos de grife que deixou de comprar poderiam ser convertidos numa aposentadoria mais cedo)
24) Tenha um caso com um homem muito mais velho que você (na casa dos vinte, isso significa que você vai sair com um quarentão interessantíssimo e isso pode ser muito revelador)
25) Faça as pazes com o espelho (por que você vai desejar a bunda que tinha ao vinte cinco quando cruzar a linha dos 30... ah se vai!)
26) Segure seu grande amor (algumas pessoas tem a sorte de encontrar um grande amor, mas por acreditar que são jovens demais para vivê-lo, pois ainda tem que curtir outras coisas, o deixam escapar... e aquela podia ter sido a última oportunidade...)
27) Usar roupas escandalosas (abuse da piriguetagem... enquanto pode)
28) Cometa todos os erros possíveis (por que vai chegar uma hora que você vai estar cansada de bater a cabeça e vai caprichar mais para fazer melhor... geralmente a ficha cai perto dos 30)
29) Não diga não ( A juventude é para ser vivida e acumular experiências. Não tenha medo de viver as aventuras que a vida lhe oferecer. Depois dos 30 não fica nada bem ser hippie na praia com um namorado pescador).
30) Não se case!!! (Espere os 30... não custa, né?)

domingo, 1 de agosto de 2010

Coisas que Cinderela me ensinou!

Li um livro sobre psicologia que dizia que os contos de fadas eram uma forma que os educadores medievais usavam para transmitir conhecimento para as crianças, numa linguagem que elas tivessem condições de absorver em seu imaginário. Eles tratam de assuntos complicados, porém pertinentes à vida de todo ser humano: a descoberta da sexualidade, a necessidade de amadurecer e evitar riscos e perigos, a relação difícil com a família, a maldade, a morte...

O meu conto de fadas preferido é Cinderela. Sei que vocês estão rindo... O que uma feminista tem a ver com Cinderela...?

Para começo de conversa, o Complexo de Cinderela, desvio psicológico observado em mulheres pós feminismo e assim nomeado por Colette Dowlling, trata da relação de dependência da mulher de forças masculinas. É como se a mulher esperasse, nem sempre tão paciente como as princesas dos contos de fadas, a chegada do homem que a libertará de todos os seus problemas.

Porém, o fenômeno que pode acometer a mulher em qualquer fase da vida, mesmo ciente de que as pessoas são simplesmente humanas e que nenhum homem pode subistituir a realização pessoal da mulher, pode ser erroneamente nomeado. Cinderela não era uma princesa, e muito menos ficou sentada esperando o príncipe encantado. A moça do mais celebrado conto de fadas de todos os tempos era pró ativa, e definiu seu futuro por meio de suas próprias decisões.

Fadada à pobreza e à servidão na casa de sua madrastra, Cinderela deu um jeito de mudar seu destino. Se no conto de fadas ela contou com a ajuda de uma fada Madrinha, podemos traduzir isso como uma moça usando seu network para conseguir o que deseja. Ela não ficou sentada à beira do borralho enquanto suas meio-irmãs iam para o baile da alta sociedade. Ela sabia que ali, no seu mundo restrito, nada iria acontecer para ela e que não teria chance nenhuma de mudar de vida. Então ela sai do seu lugar comum e ousa. Ela vai ao baile. Quantas de nós não ousamos encarar uma universidade, mesmo com todas as dificuldades, quantas não mudamos de cidade em busca de um emprego melhor, quantas não lutamos mesmo contra muitas adversidades para sair do nosso mundinho?

Outro ponto para Cinderela: além de esperta, ela soube valorizar seus atributos femininos. Estrategista, ela lançou mão do seu anonimato para criar um clima de mistério em torno de si mesma, e esse foi o anzol que pescou o príncipe. Cansado da mesmice e das mulheres que se lançavam aos seus pés, o príncipe olhou para Cinderela, por que ela era diferente. No mercado de trabalho e na vida pessoal, quantas vezes ter um diferencial nos faz sobressair? Essa é uma lição especialmente básica que Cinderela nos passa, e muito anterior às teorias de Marketing de Phillip Kotler.

Cinderela mostra seu potencial, mas quando o príncipe pensa que ela está conquistada, ela lhe foge. Ao bater da meia noite, bem quando seu vestido de festa se transformaria num tapo inútil, Cinderela vira as costas e parte. Não é a mais singela das metáforas? Não queria demonstrar nossa heroína a mais simples das regras de conquista? Uma mulher precisa ter coisas mais importantes para ela mesma que um homem e todas as suas necessidades. Ao fugir, Cinderela explicita ao príncipe que o tempo dele acabou, e agora ela ia cuidar de assuntos mais importantes para ela mesma. O que qualquer mulher independente conhece perfeitamente.

Vamos imaginar um mundo sem internet, em que a comunicação não é facilitada por tantos veículos como os que temos hoje. Cinderela não podia trocar número do celular com o príncipe, muito menos poderia seguí-lo no twitter ou mandar-lhe um email. Nem mesmo podia deixar um cartão de visita... O que ela faz? Deixa uma mensagem, poética e sutil, mas facilmente decodificada: gato, me siga! E como ela conseguiu ser tão explícita e tão sutil ao mesmo tempo? "Esquecendo" seu sapatinho de cristal. Aquele que possibilitou ao príncipe encontrá-la depois. Sim, por que depois de todo o trabalho de Cinderela, e depois que ela deu uma forcinha para seu destino, nada mais justo que o "prêmio" fosse até ela.

A lição que a heroína mais independente dos contos de fadas nos transmite é a seguinte. Saia do lugar. Vá em frente. Encontre seu destino. Seja ele um príncipe ou algo muito, muito melhor...